VW Amarok XXL: como é a versão esticada da picape que não tivemos no Brasil
A nova VW Amarok será lançada neste mês e, como você deve saber, o Brasil não receberá a segunda geração da picape da Volkswagen que é vendida na Europa, restando para cá uma reestilização da atual picape. Uma das curiosidades ao longo da trajetória de 14 anos da picape é a Amarok XXL, uma versão esticada que nunca tivemos.
Presente desde 2010 no Brasil, a VW Amarok atualmente é comercializada apenas em versões com cabine dupla e motor V6 3.0 turbodiesel, mas lá no começo contou também com configurações de cabine simples. Como é de se imaginar, na Europa a picape média da Volkswagen teve mais opções de configuração, à exemplo da Amarok XXL, versão de cabine dupla com caçamba maior e chassi esticado.
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No geral a Amarok XXL era 13 centímetros mais comprida que a original da época, contando com nada menos do que 5,90 metros de comprimento ante os 5,25 cm da versão cabine dupla original. A esticada foi realizada no entre-eixos da picape. Com essas alterações a caçamba passou a ter generosos 2,21 m de comprimento, o que permitia a picape a levar duas motocicletas, um quadriciclo ou uma pessoa deitada numa maca sem que a tampa da caçamba precisasse ficar aberta.
A ideia da marca na época foi comercializar na Europa uma versão para quem precisasse uma caçamba maior, mas sem abrir mão da cabine dupla – configuração que por padrão geralmente tem o compartimento menor do que as versões cabine simples. Assim a caminhonete tinha como objetivo atender principalmente órgãos do governo com veículos de emergência, por exemplo, ou mesmo fazendeiros.
O visual era praticamente o mesmo das demais versões da primeira fase da VW Amarok, que ainda contava com faróis de iluminação halógena, rodas de liga-leve raiadas nada grandes e para-choques sem pintura, em plástico preto. Além do estilo nitidamente esticado no entre-eixos, a única alteração de estilo da Amarok XXL ficava por conta do vinco logo à frente das rodas na traseira.
Debaixo do capô nada do aclamado motor V6 3.0 turbodiesel de 258 cv e 59,1 kgfm de torque, mas sim o antigo (e não bem falado) motor 2.0 TDI, sim aquele famoso propulsor quatro cilindros turbodiesel que esteve envolvido no escândalo de emissões do “dieselgate” no passado.
O tal motor 2.0 TDI equipava a VW Amarok XXL, com duas opções de força e câmbio: a variante com 140 cv era combinada à transmissão manual de seis marchas, enquanto a versão de 180 cv trabalhava com um câmbio automático de oito velocidades. A tração era a integral automática 4Motion.
Vale lembrar que a Amarok XXL acabou sendo a versão de produção da Amarok Maxi Concept, um conceito alongado da caminhonete que havia sido apresentada no Salão de Buenos Aires dois anos antes. No final, a Amarok XXL foi uma exclusiva configuração ofertada apenas na Alemanha.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.