Exclusivo: VW Tarok terá suspensão de Strada para levar mais carga

Nova picape da Volkswagen substituirá a Saveiro e assumirá briga com a Strada
Renan Bandeira
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20.03.2024 às 21:00 • Atualizado em 29.05.2024
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Nova picape da Volkswagen substituirá a Saveiro e assumirá briga com a Strada

A Volkswagen já anunciou que fabricará uma nova picape no Brasil, mais precisamente em São José dos Pinhais (PR) - como a Mobiauto contou com bastante antecedência. Ela deve usar boa parte da estrutura do T-Cross para chegar ao mercado, tendo uma relação bem parecida com a que vemos entre os Chevrolet Tracker e Montana.

A grande novidade apurada por Mobiauto agora é que a Tarok terá suspensão em eixo rígido na traseira, assim como as picapes médias oferecem. Sim, o mesmo sistema pode ser encontrado em Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. A própria Fiat Strada tem o conjunto assim, e conta com uma lâmina parabólica para chegar aos números de capacidade de carga.

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Afinal, esse tipo de suspensão é bem mais parrudo para esse tipo de serviço, e garante números melhores de capacidade de carga para uma picape. Atualmente, a Strada leva até 720 kg na caçamba, nas versões 1.3 cabine simples com câmbio manual. Com cabine dupla e mesmo conjunto motriz, o número cai para 650 kg.

Atualmente, a Volkswagen Saveiro nas versões de entrada oferece uma capacidade boa para carga: 712 kg. Mobiauto já revelou que a picape não sobreviverá até a chegada da nova Tarok, que internamente já é tida como a substituta da picape do Gol. E a marca alemã já projeta um veículo para levar o mesmo peso ou mais na caçamba.

A justificativa é simples: hoje o maior público da VW Saveiro é a venda direta, onde as picapes são usadas para trabalhos diversos, em que geralmente são colocadas para levar bastante carga. A fabricante não quer perder essa clientela para a Strada, que já domina o mercado, e então projeta a Tarok para ser uma picape de serviço, além de um modelo urbano.

A dúvida agora é se todas as versões da picape terão esse mesmo tipo de suspensão, ou se a Volkswagen vai variar de acordo com a proposta da configuração. A aposta da Mobiauto é que a Tarok terá apenas eixo rígido e feixe de molas à disposição. Dessa forma, resta saber se será aplicado uma, duas, três lâminas no conjunto.

Bem diferente do conceito

Saber sobre o cojunto de suspensão traseiro da Tarok, mostra que estaremos diante de uma picape bem diferente do conceito apresentado no Salão do Automóvel de 2018. Na época, o produto foi mostrado com plataforma MQB de Tiguan e Golf, suspensões independentes nos dois eixos e havia até a promessa do uso do motor 1.4 turbo flex, presente hoje do VW Taos.

A realidade é que a Tarok, como é chamada internamente, já que não tem nome definido ainda, será construída sobre a base MQB-A0. Ela é uma derivação da citada acima, e é usada no momento como base para a família Polo, Virtus, T-Cross, Nivus, e servirá o novo SUV compacto fabricado em Taubaté (SP).

Do T-Cross é que a nova picape deve compartilhar peças, já ela será produzida na mesma fábrica em que o SUV compacto é feito hoje. Dessa forma, podemos esperar até por um visual parecido entre os veículos, já tendo como base a gama de carros da Volkswagen hoje no Brasil, em que todos se parecem – e nas históricas famílias de modelos que a fabricante montou em seus anos instalada aqui.

Resta saber se será usado o motor 1.0 TSI nela, que hoje está aplicado no T-Cross, e que rende até 128 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque. Ou se a picape chegará aqui já com o novo motor 1.5 TSI Evo 2, de 150 cv e 25,5 kgfm.

Quanto a eletrificação, a primeira usina deve ter um sistema leve por aqui, com o alternador e motor de partida sendo trocados por um motor elétrico alimentado por uma bateria de 48V. O mesmo sistema poderá ser aplicado ao 1.5 TSI, que chegará no Brasil pronto para trabalhar com motores elétricos e baterias mais robustas e entregar um conjunto híbrido plug-in.

Projeções: Kleber SIlva/KDesignAG

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