Nova Kia Tasman é picape polêmica prevista para o Brasil
A Kia Tasman deverá ser mais uma concorrente no disputado mercado de picapes médias no Brasil. A informação, que havia sido antecipada por Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, foi confirmada pelo presidente da Kia, José Luiz Gandini, em entrevista ao jornalista João Anacleto, no canal A Roda.
A primeira picape média da Kia deverá ser produzida no Uruguai para que seja exportada para o restante da América do Sul. Dentro do continente, o mercado mais forte é justamente o brasileiro, o que ajudaria a justificar o investimento.
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Esse caminho é facilitado pelo Kia Bongo, uma vez que os dois produtos compartilham o mesmo chassi e seriam montados na fábrica da Nordex. Curiosamente, a Fiat Titano também terá relação com essa decisão, uma vez que deixará de ser feita na planta citada para ser produzida na fábrica da Fiat na Argentina.
Como é Kia Tasman
A Kia Tasman chama a atenção graças ao desenho pouco tradicional para o segmento de picapes – diríamos até de gosto duvidoso. Os faróis, que são verticais, estão posicionados nas extremidades da dianteira, mais especificamente nos para-lamas, que não são pintados e lembram “bigodes” – algo que promete bastante polêmica a julgar pelos comentários nas redes sociais.
A grade dianteira da nova Kia Tasman traz cinco filetes verticais, enquanto o capô é bastante elevado e alto, lembrando picapes mais antigas. O para-choque frontal, por sua vez, remete um pouco a modelos da Jeep, idem para a cabine com para-brisa mais reto. As rodas podem ser de 17 a 18 polegadas.
Quando reparamos na traseira, não tem como deixam de lembrar da Jeep Gladiator – a picape derivada do jipão Wrangler. As lanternas são quadradas e ficam alocadas nos para-lamas. Já a tampa traseira da caçamba traz um logotipo da Kia gigante em baixo relevo, que vem acompanhado do nome Tasman logo abaixo.
Baseado em chassi de longarina, a nova Kia Tasman tem 5,41 m de comprimento, 1,93 m de largura, 1,89 m de altura e 3,27 m de entre-eixos. Na caçamba, a picape leva 1.173 litros, enquanto a capacidade de carga varia de 1.000 kg a 1.190 kg. A capacidade de reboque é 3.500 kg.
Enquanto a carroceria traz um visual pouco usual, a cabine da Kia Tasman aposta em um estilo minimalista e mais convencional. Temos um painel mais chapado e horizontal, que destaca o painel de instrumentos de 12,3 polegadas e uma central multimídia do mesmo tamanho. As saídas de ar ficam escondidas no desenho do painel, que traz uma abertura ao redor de toda a peça.
A boa notícia é que a marca não abriu mão dos botões para os comandos utilizados mais vezes, principalmente para climatização. No imenso console central a Kia Tasman traz os comandos para a operação da tração 4x4 e reduzida, bem como o acionamento do bloqueio de diferencial, câmeras, sensores de estacionamento, entre outros. Fator positivo da cabine, que pelas imagens divulgadas aparenta trazer um amplo espaço, é que o encosto do banco traseiro pode ser reclinado de 22 a 30 graus.
Embaixo do capô, há duas opções: a primeira é um 2.5 a gasolina de 281 cv e 43 kgfm de torque. Nesse caso, a aceleração de 0 a 100 km/h chama a atenção por ser cumprida em apenas 8,5 segundos, mesmo tempo da segunda opção, que é um 2.2 turbodiesel de 210 cv e 45 kgfm de torque. O câmbio pode ser manual de seis marchas e automático de oito velocidades, com opções com tração 4x2 e 4x4.
Editor de conteúdo
Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.