Novo Citroën C3 Aircross 2024 terá motor que faz 18,3 km/l
Enquanto a Citroën ainda faz mistério sobre a versão nacional do C3 Aircross, os dados técnicos do modelo destinado ao mercado indiano começam a aparecer. E, seguindo o padrão de medição local, o SUV de sete lugares será mais econômico que o nosso Toyota Corolla Cross Hybrid.
De acordo com a Automotive Research Association of India (ARAI) – órgão do governo local -, o Citroën C3 Aircross 2024 equipado com motor 1.2 turbo e câmbio manual de seis marchas é capaz de fazer 18,5 km/l com gasolina. Para se ter uma ideia, o consumo declarado pelo Inmetro para oToyota Corolla Cross Hybrid é de 17,8 km/l.
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Se considerarmos modelos exclusivamente com motor a combustão, o Citroën C3 Aircross ocuparia o posto de veículo mais econômico do Brasil, superando o Renault Kwid, que usa o motor 1.0 de 71 cv de potência e 10 kgfm de torque associado a um câmbio manual de cinco marchas, para chegar aos 15,3 km/l.
Vale ressaltar que o teste promovido pelo governo indiano é consideravelmente mais otimista que o realizado pelo Inmetro. Além disso, considere que a gasolina indiana tem apenas 10% de etanol, enquanto o combustível nacional leva até 27%.
Esse motor será usado no Brasil?
A Citroën ainda não confirmou quais as motorizações estarão disponíveis no Brasil, mas é improvável que o motor 1.2 turbo seja oferecido para o nosso mercado. Em seu lugar, a marca apostará no 1.0 GSE turbo usado no Pulse, por exemplo. Esse propulsor rende 125/130 cv (G/E) e 20,4 kgfm (G/E).
No entanto, o conhecido 1.6 EC5 aspirado flex que, atualmente, rende 113 cv de potência e 15,4 kgfm de torque com gasolina, sendo 120 cv e 15,7 kgfm com etanol, deverá marcar presença ao menos para as versões de entrada.
Como é o Citroën C3 Aircross
A Stellantis posicionou a Citroën como uma marca de entrada em seu portfólio, mas é indiscutível que o SUV de 7 lugares será um produto de tíquete mais elevado, com preços iniciando já acima dos R$ 100 mil.
E é por isso que a marca tentou deixar, visualmente, o C3 Aircross mais requintado que seu irmão menor, o C3. Na dianteira, o para-choque é exclusivo e deixa o modelo mais robusto, mesmo que seus faróis sigam a linha do hatch, que emita uma divisão em dois com a maior parte alojada no para-choque. A peça conta com assinatura de LED integrada.
A lateral mostra o formato caixote, como é comum em veículos desse segmento, por isso vemos o teto sem quedas até o fim da carroceria. Comparando com o C3, o SUV é 32 cm mais comprido que o hatch e tem 13 cm a mais de entre-eixos. Chamam atenção as portas grandes.
Para fechar a parte externa, a traseira esboça mais personalidade com lanternas em formato de "C" interligadas por uma faixa horizontal, tampa do porta-malas com vincos bem-marcados e para-choque em dois tons.
O interior recebe muito do C3, como bancos dianteiros, volante, console central e multimídia, porém com soluções um pouco mais sofisticadas de acabamento, além de um quadro de instrumentos mais completo (incluindo conta-giros) e chave canivete.
Além disso, os passageiros contarão com cinco portas USB para carga lenta dentro da cabine.
O que esperar do Citroën C3 Aircross
A movimentação da Stellantis é muito clara: abrir mais ainda o caminho para o Fiat Pulse dominar o segmento de entrada dos SUVs compactos. Além disso, aproveitar a sinergia das marcas do grupo para propor uma concorrência forte contra a Chevrolet Spin, já que terá a opção de sete lugares.
A ideia é basicamente a mesma apresentada no novo C3. Um projeto simples, focado no custo-benefício, só que, desta vez, destinado à família e com um pouco mais de sofisticação, seja para levar sete ocupantes ou ter um porta-malas mais vantajoso, no caso da configuração de cinco assentos.
Editor de conteúdo
Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.