Volkswagen x Seleção da Alemanha: quem fez mais Gols no Brasil em 2014?
Há exatos dez anos, no dia 8 de julho de 2014, o mundo assistia incrédulo ao maior vexame da história do futebol brasileiro. Jogando em casa, por ser a anfitriã da Copa do Mundo daquele ano, a Seleção Brasileira foi goleada na semifinal por 7 a 1 pela Alemanha, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Além de ter deixado traumas nos torcedores brasileiros e encaminhar a Alemanha para o seu quarto título mundial, a pior derrota da Seleção em Copas do Mundo também ficou marcada pela sequência de gols mais rápida da história da competição. Os alemães precisaram de apenas seis minutos para anotar quatro tentos (aos 23, 24, 26 e 29 minutos do primeiro tempo), após o atacante Thomas Müller abrir o placar aos 10 minutos da primeira etapa.
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O meia Toni Kross também entrou para a história por marcar dois gols em um intervalo de apenas 69 segundos entre eles (aos 24 e 26 minutos do primeiro tempo), a sequência mais rápida das Copas.
O placar foi definido no segundo tempo por Schürrle, marcando mais duas vezes pelos alemães, aos 23 e 33 minutos. Oscar deu números finais, anotando o gol de honra do Brasil aos 44 minutos.
A Alemanha fez mesmo mais gols no Brasil que a Volkswagen?
O "passeio" dos alemães em pleno Mineirão gerou muitas piadas na época. Entre elas, uma que dizia que a "seleção alemã fez mais gols no Brasil que a Volkswagen", comparando o desempenho do ataque dos nossos algozes com o ritmo de produção do carro mais vendido da história da indústria brasileira. Embora tenha sido uma brincadeira feita por algum torcedor mais espirituoso, a reportagem da Mobiauto conferiu com a própria Volkswagen se essa frase faz sentido.
De acordo com a Volkswagen, em 2014, a fábrica de Taubaté (SP) produzia cerca de 162 Gols por dia, equivalente a 6,75 carros fabricados a cada 60 minutos - considerando a linha de produção operando ininterruptamente durante 24 horas.
A seleção da Alemanha, por sua vez, precisou de 68 minutos para marcar o sexto gol (desconsiderando o intervalo de 15 minutos entre as etapas do jogo). O sétimo foi anotado após 10 minutos, totalizando 78 minutos para construir o elástico placar contra a Seleção Brasileira. Apesar da eficiência dos seus jogadores, a equipe comandada pelo técnico Joachim Low não "fez mais gols no Brasil que a Volkswagen".
No entanto, os alemães precisaram de menos de meia hora (mais precisamente 28 minutos) para "fazer" os seus primeiros cinco gols. Na época, a Volkswagen produzia, em média, 3,37 Gols a cada 30 minutos.
Alemanha tetracampeã; Volkswagen Gol vice
Dias depois do fatídico 7 a 1 (para nós brasileiros), a Alemanha se consagraria tetracampeã mundial ao bater a Argentina na final por 1 a 0, no Maracanã, no Rio de Janeiro. O gol "chorado" foi marcado pelo atacante Mario Götze, aos 7 sete minutos do segundo tempo da prorrogação.
Já o Gol terminou 2014 na segunda posição do ranking de vendas de automóveis e comerciais leves (183.355 emplacamentos), perdendo o posto de carro mais vendido do Brasil naquele ano para o Fiat Palio (183.736 emplacamentos) por uma diferença de apenas 381 carros. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
Provocação argentina
No dia seguinte à final, a Volkswagen da Argentina divulgou nos jornais locais uma peça publicitária agradecendo o empenho da seleção argentina na Copa do Mundo. Porém, os usuários das redes sociais identificaram uma provocação à goleada sofrida pela Seleção Brasileira na semana anterior.
A placa "LTA 701" do Volkswagen Gol da foto esconderia a mensagem "La Tenés Adentro 7 x 1" (a tradução em português é impublicável), uma alfinetada para acirrar ainda mais a rivalidade entre brasileiros e argentinos. A Volkswagen não chegou a se pronunciar sobre a publicidade, que foi amplamente replicada pelos torcedores argentinos.
Campeão de vendas já pendurou as chuteiras
Parte dos jogadores que participaram da Copa do Mundo de 2014 já se aposentou, assim como o Volkswagen Gol, que "pendurou as chuteiras" no dia 23 de dezembro de 2022. O hatch teve a sua trajetória encerrada após 42 anos de produção ininterrupta e mais de 8,5 milhões de unidades comercializadas. O Gol foi líder de vendas no Brasil durante 27 anos, entre 1987 e 2014, antes de perder o posto para o Fiat Palio.
O modelo foi substituído pelo Polo Track, atual carro de entrada da Volkswagen no mercado brasileiro. Contabilizando todas as suas versões, o Polo lidera desde 2023 as vendas de automóveis de passeio no país, indicando que o Gol encontrou um sucessor à sua altura.