VW Amarok 2025: o que ela manteve que é bom e o que deveria melhorar

Picape recebeu atualizações visuais e manteve o famoso V6 turbodiesel, mas também continua com alguns vacilos
Diego Dias
Por
18.08.2024 às 14:24
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Picape recebeu atualizações visuais e manteve o famoso V6 turbodiesel, mas também continua com alguns vacilos

Apresentada nesta semana no Brasil, a nova Volkswagen Amarok 2025 ganhou uma reestilização principalmente na dianteira, além de algumas novidades no interior e manteve seu preço antigo. Mas como você já deve saber, ela é baseada no modelo antigo que já tem 14 anos nas costas, dito isso, vamos apontar o que a nova Amarok manteve de bom e o que devia melhorar.

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Produzida na fábrica Volkswagen em Pacheco, na Argentina, a nova Amarok 2025 se trata de uma reestilização da primeira geração, que é vendida desde 2010 no Brasil. Basicamente, a montadora pegou sua linguagem de design atual, com inspirações no Nivus e Saveiro, e aplicou na sua picape média, que certamente continuará não tendo vida fácil no segmento, vide a nova geração da Ford Ranger, que se tornou referência, e a recém-lançada Chevrolet S10 2025.

Confira abaixo como a nova VW Amarok 2025 se manteve em seus pontos fortes e o que a marca poderia ter melhorado em sua picape média.

VW Amarok 2025 – O que manteve

Motor V6 de Audi

Equipada com motor V6 3.0 turbodiesel, a nova Amarok 2025 manteve o propulsor usado no modelo antigo, e que teve sua última atualização em 2020, quando saltou de 224 cv de potência para 258 cv. Atualmente a picape média ainda tem seus 258 cv, que no modo boost em velocidades a partir de 50 km/h alcança os 272 cv de potência, enquanto o torque é de 59,1 kgfm.

Para quem não se lembra, esse era o mesmo propulsor utilizado pelo Audi Q7 (um dos maiores SUVs da marca) até pouco tempo. Continua rendendo bem, tanto que a VW divulga aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 8 segundos, tempo abaixo dos 9,2 segundos da Ford Ranger – a única rival com motor V6 turbodiesel, enquanto a velocidade máxima é de 190 (limitada eletronicamente).

Câmbio

Assim como a motorização V6 3.0 turbodiesel, a nova Amarok 2025 permaneceu com a transmissão automática de oito marchas. As informações com impressões ao dirigir da nova picape reestilizada ainda estão sob embargo, mas caso a Volkswagen mantenha a calibração anterior, teremos ainda uma picape com engates suaves e com rapidez nas trocas de marchas, principalmente nas retomadas.

Bancos

A posição de dirigir em picapes médias geralmente não é das mais confortáveis, pois acaba sendo um desafio para as fabricantes encontrar um equilíbrio para melhor posição, já que a picape média é baseada em chassi. Consequentemente, o chassi é mais alto, com isso quem for de maior estatura terá uma maior dificuldade para ficar melhor acomodado. No caso da Amarok, seus bancos continuaram os mesmos, ganhando apenas costuras verdes e o nome Amarok nos encostos. Além disso, possuem boas abas laterais e ajuste elétrico (bancos dianteiros), que no caso do assento do motorista permite encontrar uma boa posição.

Capacidade de carga

A capacidade de carga da Amarok segue como um dos chamarizes da caminhonete, que segundo a Volkswagen pode levar até 1.104 kg na caçamba. Para efeito de comparação, a Chevrolet S10 tem capacidade de carga de 1.049 kg, enquanto a Ford Ranger V6 leva até 1.023 kg na caçamba – isso sempre considerando as versões topo de linha de cada uma delas.

VW Amarok 2025 – O que devia melhorar

Painel de instrumentos

Não foi dessa vez que a VW Amarok produzida pelos hermanos e vendida no Brasil ganhou um painel de instrumentos digital configurável tal qual como um VW Polo Sense, hatch de entrada da marca que já traz display digital de 8 polegadas. Na Amarok segue o tradicional quadro de instrumentos analógico, que traz somente uma tela de TFT na parte central e que exibe informações de condução em uma tela monocromática. Na Europa, a segunda geração da Amarok tem opções de painel com 8 ou 12 polegadas. Para cá quem sabe em uma próxima.

Acabamento

A Volkswagen até que tentou, mas o acabamento da nova Amarok 2025 praticamente segue como antes. A qualidade do plástico remete ainda a carros mais baratos da marca, apesar de agora tentar trazer um toque mais refinado para a cabine com uma nova faixa de couro na parte inferior do painel. Na Europa, a segunda geração com base compartilhada com a Ford Ranger evoluiu neste aspecto e traz até a parte superior do painel e das portas macios ao toque.

Espaço interno

O espaço interno da Amarok nunca foi referência, principalmente pela área para as pernas dos passageiros que vão sentados no banco traseiro. Digamos que o aproveitamento da cabine não é o mais exemplar, sem contar que os bancos dianteiros também são largos – o que acaba tomando espaço de quem vai atrás. Mas vale dizer que a atual Amarok 2025 tem entre-eixos de 3,09 metros, enquanto a nova geração vendida na Europa ganhou 173 mm no entre-eixos, agora medindo generosos 3,27 m. Sabemos que não teria como a picape daqui ter algum ganho nesse sentido, mas fica a inveja da versão vendida lá fora que melhorou neste aspecto.

Tração 4x4

A VW Amarok é a única picape média que não tem tração 4x4 convencional dotada de reduzida ou com bloqueio do diferencial traseiro, pois a marca tem seu sistema 4Motion com tração integral sob demanda, que utiliza a primeira marcha como uma espécie de reduzida. No exterior, a segunda geração já conta com oferta de tração 4x4 automática, tal qual como a nova Ranger.

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