BMW troca diesel por óleo de cozinha para abastecer seus carros; entenda
Os veículos a diesel fabricados pela BMW em Munique, Dingolfing, Regensburg e Leipzig, na Alemanha, vão trocar o combustível fóssil por óleo vegetal. Isso mesmo, o primeiro combustível a entrar no tanque dos modelos será renovável, com um dos seus componentes sendo óleo de cozinha usado.
A BMW está usando o HVO100 (Óleo Vegetal Hidrotratado em tração livre). O combustível renovável é fornecido pela Neste, finlandesa especialista em soluções renováveis para combustíveis. Já o 100 representa que o combustível não possui adição de óleo diesel. Sendo assim, constituído a partir de resíduos, gorduras e até o óleo de cozinha.
Você também pode se interessar por:
- BMW confirma X5 como 1º híbrido plug-in nacional e investirá R$ 1,1 bilhão no Brasil
- Avaliação: novo BMW i5 M60 voa baixo e tem até realidade aumentada
- Flagra: novo BMW X2 aparece sem nenhum disfarce antes do lançamento
- Novo BMW X2 chega ao Brasil e é tudo aquilo que queríamos do Fiat Fastback
Dessa forma, cada veículo sai da linha de montagem com cinco a oito litros de combustível renovável no tanque.
Só a título de comparação, o HVO100 representa uma redução de até 90% nas emissões de poluentes durante o uso em comparação com o diesel comum. O uso do combustível renovável também ajuda na vida útil de filtros e injetores por permaneceram limpos por mais tempo.
Vale lembrar que o HVO 100 não é uma novidade nos modelos da BMW. Já em março de 2023, os caminhões que atuam na logística da montadora alemã já utilizam o combustível vegetal na unidade fabril de Munique, na Alemanha.
Usado pela BMW, o HVO 100 já pode ser vendido em postos de combustível na Alemanha desde 2023. No Brasil, um estudo publicado pela Mobiauto mostrou o tamanho da desvalorização entre SUVs e Diesel.
Além disso, a Confederação Nacional de Transporte (CNT) mostrou que 1,139 bilhão de litros de diesel são desperdiçados por conta do “custo Brasil”. Nesse caso, o estado ruim da malha ferroviária no Brasil prejudica o setor de transportes, sem falar dos 3,01 milhões de toneladas de gases nocivos na atmosfera.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.