Chery projeta elétricos com 1.500 km de autonomia contra BYD

Com maior densidade de energia, as baterias de estado sólido são a aposta da Chery para seus elétricos
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22.10.2024 às 14:43
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Com maior densidade de energia, as baterias de estado sólido são a aposta da Chery para seus elétricos

O alcance elétrico ainda é um tópico polêmico ao se discutir veículos movidos a bateria, mas ao que parece a Chery quer acabar com essa história. Isso porque a fabricante chinesa quer que seus elétricos cheguem aos 1.500 km de autonomia para brigar com a BYD.

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A marca informou que trabalha para alcançar esse número durante a conferência Chery Global Innovation Conference, na semana passada. Mas como? A resposta está nas baterias de estado sólido.

 

A Chery informou que já trabalha em protótipos de energizadores com 400 KWh. A expectativa é que esse número suba para 600 KWh em 2025, para que essas baterias já estejam prontas para serem instaladas nos elétricos da montadora a partir de 2026 e a produção de larga escala comece em 2027.

Segundo a montadora, esses energizadores devem permitir que seus veículos alcancem 1.500 km de autonomia. Mas o que é uma bateria de estado sólido? O que significam esses números?

Baterias de estado sólido e densidade de energia

A principal diferença entre uma bateria convencional e uma de estado sólido está na composição de seu eletrólito, isto é, no que transporta a energia. Ao invés das substâncias líquidas (geralmente de íons de lítio) que geralmente são usadas, esses energizadores usam materiais sólidos em suas composições.

A partir dessa constituição sólida, essas baterias contam com uma transferência de elétrons mais eficiente, pois elementos sólidos são melhores condutores que líquidos, o que permite uma maior densidade de energia.

 

A densidade de energia diz respeito àqueles números de 400 KWh e 600 KWh mencionados pela Chery. A unidade de medida em questão trata-se da Watt-hora por quilograma, a qual refere-se à capacidade de uma bateria para armazenar energia em um determinado espaço.

Assim, se uma bateria sólida e uma de íon-lítio tiverem o mesmo peso, será a sólida que armazenará mais energia e, por conseguinte, terá maior autonomia elétrica. É por esse caminho que a Chery pretende chegar ao número de 1.500 km de autonomia.

 

Além do alcance, esses energizadores permitem tempo de recarga reduzido, ciclo de vida maior e mais segurança para operar em condições climáticas extremas de calor ou frio, pois eliminam o risco de vazamento e superaquecimento. 

Por fim, espera-se que seu uso não encareça o produto final, leia-se qualquer veículo que as usar, pelo contrário, pode ser até que o valor fique mais barato. Isso porque seu material de produção é mais facilmente encontrado e seu processo de fabricação é mais simples, o que resulta em um custo de produção em conta.

 

Vale ressaltar que a Chery não é a primeira montadora a investir em baterias desse tipo. A Toyota planeja fabricar carros com esse tipo de energizador já em 2025. Além disso, modelos chineses como Nio ET7 e IM L6 já estrearam neste ano com baterias do tipo semissólido.

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