Como escolher a moto certa?
Como escolher a moto certa? Apesar de a maioria das motos circulantes no Brasil serem da Honda e da Yamaha é interessante saber que existem mais de 30 marcas disponíveis no país, portanto, escolher uma motocicleta com a sua cara não é algo tão fácil assim.
O primeiro passo é dividir o emocional da razão. Use o bom-senso para a escolha e analise qual será a real utilização do veículo. Por exemplo, se for para o uso urbano, para pequenos trajetos, para economizar tempo e combustível, nada melhor que as motonetas ou scooters. Agora e se for para todos os dias e com algumas esticadas nos finais de semana?
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Nesse caso, uma trail ou estradeira básica talvez seja a melhor solução. Mas se for só para lazer? Aí depende se você quer aventura na terra ou no asfalto. Porém, se for novato de carta, não se empolgue com a potência, busque ir aumentando a ‘cavalaria’ gradativamente.
De acordo com Andreta Jr., presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o mercado de motocicletas está aquecido e os números só não estão melhores por conta da seca que atingiu a Zona Franca de Manaus, dificultando o escoamento de produtos. “Devemos superar o volume de 1,6 milhão de modelos em 2023, superando a marca histórica conquistada há 10 anos”.
Com o mercado aquecido, é natural ocorrerem mais promoções, tanto em concessionárias como em lojas, com isso, é importante também considerar a escolha por um modelo novo ou usado. A usada pode ser uma boa opção para o bolso, mas é extremamente importante verificar a procedência e o estado de conservação. Estima-se que a moto perca, logo no primeiro ano de vida, em média, 20% do valor de mercado.
De acordo com Geraldo Tite Simões, instrutor do curso Abtrans de pilotagem, é muito importante que a pessoa entenda a necessidade do veículo. Ele reforça que uma scooter de baixa capacidade volumétrica é excelente para os centros urbanos, econômico e ágil, mas muito arriscado para circular em rodovias ou estradas, uma vez que dificilmente o modelo atinja a velocidade necessária para realizar uma ultrapassagem, por exemplo.
A mesma regra serve para motos de até 160 cm³, pois elas dificilmente conseguem se manter em uma velocidade acima de 100 km/h. “Por isso, sempre faço um alerta durante as minhas aulas de pilotagem. Às vezes, velocidade é segurança”.
Outra pergunta que os alunos fazem ao instrutor é sobre qual modelo oferece maior facilidade de aprender a pilotar: scooter ou moto? “Depende, se a pessoa for iniciante, ela deve começar pela motocicleta, pois o manete da embreagem no guidão ajuda o aprendiz a controlar a força do motor. No caso dos ciclomotores, a acelerador não oferece um ‘dosador’, permitindo que, eventualmente, a motoneta ‘fuja’ do controle em algumas situações”, finaliza.
Veja outras dicas que podem contribuir com a escolha
Nível de Experiência
Não adianta querer sair acelerando logo depois que sair da loja. Considere seu nível de experiência como piloto. Motos de alta cilindrada e com maior potência podem ser desafiadoras para iniciantes, enquanto motos de menor cilindrada podem ser mais adequadas para quem está começando. Veja uma potência que atenda às suas necessidades.
Segmento e versão
Escolha um estilo que combine com seu gosto. As principais categorias são: cruisers, chopper, custom, esportivas, touring, naked, trail, entre outras, cada uma com características distintas. Certifique-se de que a moto oferece uma posição de pilotagem confortável para você, inclusive conferindo a altura do assento para o chão. Considere também o alcance dos guidões e a posição dos pedais.
Elabore uma cesta básica de peças
Afinal, manutenção e custos de peças de reposição impactam no pós-venda. Algumas motos podem ser mais acessíveis para manter do que outras, dependendo da marca e modelo. Consulte os custos de seguro. Algumas motos podem ter prêmios de seguro mais altos devido à potência e ao alto índice de assaltos.
A maioria das motos de baixa capacidade volumétrica usa corrente de transmissão. O conjunto fica exposto e acumula sujeira, perdendo a lubrificação e aumentando o atrito até quebrar. Com isso, é necessário seguir uma rotina de manutenção eficaz com cronograma correto de lubrificação. Uma vez por semana ou a cada 15 dias é o aconselhável.
O teste ride é a prova final
Não adianta fugir, antes de levar para casa, monte no veículo. Veja a posição de pilotagem, confira a altura do assento para o chão (detalhe muito importante, pois ao parar a moto em um semáforo ou cruzamento, o pé de apoio é essencial). Considere ainda o alcance dos guidões e a posição dos pedais. A forma correta de conduzir produz menos desgaste físico e aumenta a segurança. Veja, por exemplo, se os braços e pernas estão ligeiramente dobrados, evitando tensões, e se a posição permite que se enxergue bem as informações do painel.
Jornalista Automotivo