Fechamento de fábricas da Ford matou SUV cupê rival do Nivus e novo Corcel

Modelos em avançado estágio de desenvolvimento no Brasil tiveram o lançamento cancelado com o fim das plantas na Bahia e São Paulo
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02.10.2024 às 13:34
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Modelos em avançado estágio de desenvolvimento no Brasil tiveram o lançamento cancelado com o fim das plantas na Bahia e São Paulo

Há três anos, a Ford anunciou o fechamento de suas fábricas em Camaçari (BA), São Bernardo do Campo e Taubaté (ambas no estado de São Paulo), além da planta da Troller em Horizonte (CE), para encerrar a produção de veículos no Brasil após mais de 50 anos e se dedicar exclusivamente à venda de modelos importados (e mais caros).

A decisão acabou “sacrificando” projetos locais com potencial de alavancar as vendas da Ford no mercado nacional e na América do Sul. Vale lembrar que a estratégia também fechou fábricas em outros continentes para viabilizar o desenvolvimento e a comercialização de veículos com maior margem de lucro, como SUVs, picapes e eletrificados.

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Uma fonte que esteve envolvida na criação desses carros confirmou à reportagem da Mobiauto que “quatro modelos inéditos estavam em estágio muito avançado de desenvolvimento no Brasil”.

A Mobiauto chegou a noticiar há alguns anos que a Ford já vinha trabalhando na terceira geração do EcoSport, na segunda geração do Territory e no misterioso SUV cupê, considerado pela fonte o mais promissor de todos. "Esse carro ficou perfeito [em design e acabamento], certamente daria muita dor de cabeça ao [Volkswagen] Nivus”.

“Há dois protótipos desse carro guardados em um galpão [da Ford] em Camaçari. Esse modelo foi desenvolvido com muito capricho pelos times de engenharia e design, uma pena não ter sido lançado, pois mexeria demais com o mercado”, disse.

O informante detalha que esse modelo era ligeiramente maior que o Volkswagen Nivus, informação que vai de encontro aos detalhes revelados pela Mobiauto sobre o Projeto Maya, o SUV cupê de aproximadamente 4,50 metros de comprimento e 2,65 m de entre-eixos que estava prestes a “sair do forno” se não fosse o fechamento das fábricas da Ford no país.

Esse carro seria baseado em uma variante aprimorada da plataforma do EcoSport. O desenho da carroceria já estava em conformidade com a atual identidade visual da Ford na Ásia: grade hexagonal e conjunto óptico formado por luzes de rodagem diurna afiliadas instaladas na borda do capô e elementos dos faróis mais abaixo, nas extremidades do para-choque.

A traseira seguiria o estilo do Evos, lançado na China, com o caimento do teto nas colunas C e lanternas interligadas por um elemento luminoso atravessando a tampa do porta-malas.

Nome Corcel foi cogitado

Nossa fonte afirmou também que houve uma votação dentro da Ford para batizar de Corcel outro modelo inédito, cujo segmento não foi divulgado. O nome foi prontamente recusado, diferentemente de outros modelos recentes da marca, que “ressuscitaram” as alcunhas de clássicos, como Capri e Maverick.

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