Flagra: VW Saveiro 2024 queria ser um Nivus com caçamba
A Mobiauto cantou a bola em outubro do ano passado: a Volkswagen já estava produzindo protótipos da Saveiro renovada, um projeto que vinha sendo aventado desde a metade do ano de 2021, mas atrasou e ficou para a meados deste ano.
O foco da atualização será manter a Saveiro em linha por mais tempo na briga com a Fiat Strada, em um momento no qual seus dois irmãos de plataforma, Gol e Voyage, deixaram o mercado. Por isso, a picape compacta não tem mais qualquer tipo de amarra visual com eles.
Neste primeiro flagra da Saveiro 2024 em público, feito pelo consultor automotivo Walther Nucci, do @vwrfn, na Rodovia Anchieta, e gentilmente cedidas à nossa reportagem, é possível ver como as mudanças no balanço dianteiro são até menos sutis do que esperávamos.
Os faróis, por exemplo, terão um novo recorte com a base inferior afinada e posicionada na diagonal. É a mesma solução visual de outros modelos recentes da marca, como Nivus, Polo Track e, em breve, novo Virtus. Porém, no protótipo flagrado o conjunto continua a ser halógeno, devendo ganhar apenas luzes diurnas de LED.
Com isso, a grade passa a invadir o nicho dos faróis como no Nivus, com direito a três divisórias horizontais bem proeminentes. O para-choque está mais bicudo, ostentando novos recortes inspirados no Taos e uma tomada de ar inferior mais agressiva. Com isso, a nova Saveiro deve ganhar alguns centímetros em comprimento.
O aspecto, num geral, é de um design inspirado no Nivus, que deve ser completado com uma faixa preta interligando as duas lanternas na tampa da caçamba, ao estilo do Gol Last Edition. Falado em lanternas, os arranjos internos de iluminação também vão mudar. Já o nome Saveiro pode ser inserido através de adesivos.
O protótipo é de configuração cabine dupla e, confirmando nossas previsões, ainda não será desta vez que a Saveiro ganhará duas portas traseiras. Afinal, a carroceria monobloco seguirá a mesma. Já as rodas de liga leve aparentam ter desenho inédito.
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Internamente, a picape deve adotar um padrão mais moderno de acabamento, com mudanças em volante, quadro de instrumentos e painel, além da adoção de uma central multimídia como equipamento de fábrica.
Controles eletrônicos de estabilidade e tração, ar-condicionado, assistente de partida em rampas, travas e vidros elétricos, chave canivete e direção elétrica devem passar a vir de série em todas ou boa parte das versões.
O motor será o já conhecido 1.6 MSI quatro-cilindros aspirado flex de 16 válvulas. Recalibrado no início deste ano para atender às regras mais exigentes de emissão do Proconve L7, ele teve sua potência reduzida de 110/120 cv (gasolina/etanol) para 106/116 cv, enquanto o torque passou de 15,8/16,8 kgfm para 15,4/16,1 kgfm.
A grande expectativa é quanto ao possível casamento dessa usina ao câmbio automático de seis marchas AQ160, da Aisin, a fim de encarar as versões Volcano e Ranch CVT da Fiat Strada. Nas opções mais básicas, o conjunto deve seguir sendo completado pela caixa MQ200, manual de cinco velocidades.
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Jornalista Automotivo