Honda CG 125: tudo sobre a moto mais popular e querida do Brasil
Explicar como comprar a moto mais querida do país talvez seja desafiador. Afinal, para elaborar o Guia de Compra da Honda CG, modelo consagrado, foi necessário resgatar a história da motocicleta e entender o porquê ela vendeu bem mais, cerca de 80% dentro da categoria, que a concorrência.
Para tanto, o Guia de Compra da Honda CG 125 começa em 2019, época em que a Honda CG 125 foi descontinuada mesmo acumulando mais de 7 milhões de unidades. Um dos motivos do encerramento foi à obrigatoriedade da adoção de freios ABS ou CBS (freios combinados) em todas as motos zero-quilômetro.
A Honda também entendeu que não valeria fazer esforços para encaixar o sistema obrigatório de segurança na 125, uma vez que a “irmã maior”, CG 160, já ia muito bem (obrigado) nos emplacamentos. Ou seja, a substituição foi uma questão de tempo.
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Algo mínimo se comparado aos 42 anos de hegemonia do modelo, com motor de 125 cm³ e 10,4 cv de potência, que inaugurou a fábrica da Honda em Manaus (AM). Na época, o Rei Pelé foi convocado para ser o garoto-propaganda do lançamento. Um sucesso em todos os campos!
Considerada um “tanque de guerra” por conta da robustez e por topar qualquer tipo de trabalho, a Honda CG 125 é uma moto conhecida por todos os mecânicos e com oferta abundante de peças.
Outra vantagem da motocicleta é a versatilidade, pois pode rodar tanto na cidade quanto nas estradas vicinais de diferentes pisos. Só não é aconselhável usar o veículo em rodovias, pois a velocidade máxima é de 100 km/h, detalhe que pode comprometer a segurança.
A maneabilidade é outro ponto alto. Por pesar pouco mais de 100 kg, a CG é leve e fácil de pilotar, sendo ideal para iniciantes ou para quem busca praticidade no dia a dia. O consumo é um dos melhores do país no mercado: entre 35 km/l e 50 km/l, dependendo da condição de uso e do tipo de alimentação do modelo, carburador ou injeção.
Pontos negativos da Honda CG 125
A questão que mais “pesa” na Honda CG 125 é o alto índice de furtos e assaltos. Como foi e continua sendo, de forma disparada, a motocicleta mais vendida em nosso mercado de usados, a CG sofre pela sinistralidade. Muitos usuários optam por outras motos, de marcas diferentes, para estarem mais tranquilo com relação à segurança.
A maioria das motos roubadas acaba abastecendo o mercado clandestino de reposição de componentes, uma vez que a CG 125 tem um conjunto mecânico defasado, de fácil manutenção e que é fácil de recuperar em caso de avarias.
A injeção eletrônica só está disponível a partir de 2016, quando a Honda entrou na corrida para atender às novas normas antipoluição da segunda fase do Promot 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
Os modelos de anos anteriores, alimentados por carburador, exigem regulagens no sistema de alimentação com maior frequência, pois perdem a aceleração na marcha lenta ou a força. Outra questão das motos sem injeção é a ausência de um sistema de limitador do giro do motor, sem esse inibidor, o propulsor pode travar as válvulas.
Outro ponto de atenção na CG 125 fabricada antes de 2000 é o vazamento de óleo. Ele é comum devido ao desgaste de anéis ou da vedação inadequada do cárter. O acúmulo de resíduos também pode contribuir.
Para solucionar, é recomendável uma inspeção detalhada do motor, substituindo ou reparando as peças desgastadas. Antes de levar o modelo para casa descubra se o proprietário anterior manteve a regularidade das trocas de óleo e os cuidados preventivos.
Vibrações em excesso são comuns
Os motores a vareta, como os da CG, são de tecnologia mais antiga. Muitos dedicam o excesso de vibração à estrutura do conjunto. No entanto, essa diferença não se deve apenas ao uso de varetas, mas sim a uma combinação de vários fatores.
Os propulsores mais modernos, especialmente aqueles com tecnologias avançadas, são projetados para reduzir as vibrações e melhorar o conforto do motociclista. Isso inclui o uso de sistemas de balanceamento, materiais mais leves, ajustes precisos e outras tecnologias que visam minimizar as vibrações.
Se você perceber que um motor a vareta está vibrando mais do que o esperado, pode ser devido a problemas específicos nesse motor, como desequilíbrios, desgaste excessivo ou outros problemas mecânicos.
Comprar ou não comprar? Eis a questão
Se você precisa de uma moto prática, de fácil dirigibilidade e tem um baixo custo de manutenção, uma CG 125 é uma boa saída. Porém, como muitas foram fabricadas, é importante você verificar a versão que mais te atende.
Opções com partida a pedal exigem menos das baterias e são mais baratas. Já as com partida elétrica são mais práticas e precisam mais da elétrica em dia, além de serem mais caras. Modelos carburados são mais fáceis de regular, mas a frequência de ajuste é maior, bem como o consumo do combustível. Se possível, opte pelas versões injetadas.
A CG 125 tem como concorrentes motos mais potentes, confortáveis e equipadas, com preços semelhantes ou até menores. Algumas delas são Yamaha YBR 125, Suzuki EN 125, Dafra Riva 150 e a Haojue Chopper 150. Se você vai circular bastante com a moto, pense no preço do seguro.
Recalls da Honda CG 125
Em março de 2009, todas as versões da CG Fan, com partida elétrica e partida a pedal, foram convocadas por risco de incêndio no sistema de combustível. Conforme a campanha, marcas ou fissuras no tubo de combustível, resultantes do contato de material rígido com a borracha do tubo, ocorridas durante a montagem da moto, poderiam ocasionar o vazamento de combustível. Mais de 10 mil modelos estiveram envolvidos na convocação.
No mesmo ano, em abril, a Honda fez outra chamada para a CG 125 Fan versão KS. Dessa vez, mais de 31 mil motocicletas estavam com possibilidade de travamento da roda traseira de modo involuntário.
Jornalista Automotivo