Nova Yamaha XMax é a melhor scooter de média cc? Comparamos com Dafra e Zontes
A Yamaha atualizou recentemente a scooter XMax para a linha 2025. Com novo painel duplo e mais equipamentos, a scooter, mais vendida entre as de média cilindrada, parte de R$ 34.990, porém, ainda é a menos potente entre as rivais de porte similar. Será que o modelo da Yamaha vale mais a pena mesmo assim?
As scooters correspondem a mais de 35% do mercado de motocicletas atualmente, segundo a Fenabrave (associação das concessionárias). Obviamente, a maior parte delas diz respeito aos modelos de menor cilindrada, como opções práticas para o dia a dia no deslocamento entre casa e trabalho. Contudo, aquelas que oferecem motores maiores aliam a mesma praticidade à capacidade de fazerem pequenas viagens com mais conforto.
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Para respondermos se a XMax é o modelo ideal para trazer esses dois benefícios ao usuário, comparamos a scooter da marca japonesa com a sua rival mais tradicional, a Dafra Cruisym 300, e com a novata chinesa Zontes 350 E, que desembarcou no Brasil no meio deste ano. As duas têm preços muito próximos ao da nova XMax, sendo que a Cruisym é até um pouco mais barata, partindo de R$ 34.490, enquanto a Zontes é mais cara, por R$ 36.800 (nenhum preço considera frete e outras taxas).
Motorização
Embora já seja considerada de média cilindrada, a scooter da Yamaha fica atrás das suas rivais no quesito motor. O seu propulsor monocilíndrico é o menor das três, com 250 cc, capaz de gerar 22,8 cv a 7.000 rpm e 2,5 kgfm a 5.500 rpm. A Dafra Cruisym 300 arredonda generosamente o volume do motor no nome, mas, de qualquer forma, ele é maior que o da XMax: são 278,3 cm³ gerando 26 cv a 7.500 rpm e 2,67 kgfm a 6.750 rpm. Mas quem se destaca nesse quesito mesmo é a Zontes 350 E. Ela possui motor de 349 cm³ que rende ótimos 39 cv a 7.500 rpm e 3,9 kgfm a 6.000 rpm, ou seja, é consideravelmente mais potente que as outras duas.
Os motores das três scooters são refrigerados a líquido e possuem câmbio CVT.
O único porém da 350 E é o seu peso, de 211 kg em ordem de marcha. São 30 kg a mais que os 181 kg da XMax e cerca de 20 kg a mais que a Cruisym, cujo peso seco é de 179 kg.
Ao menos a XMax compensa a menor potência com maior eficiência energética, já que das três ela é a mais capaz de obter médias ao redor de 30 km/l, com tanque de combustível com capacidade para receber 13,2 litros. Tanto a Dafra quanto a Zontes orbitam entre 25 km/l e 28 km/l e seus tanques recebem até 12 litros e 16 litros, respectivamente.
Características
A suspensão dianteira de garfo telescópico convencional é comum às três, mas na XMax são 110 mm de curso, mais generoso que os 88 mm da Cruisym (a Zontes não divulga os cursos de suspensão da 350 E). Atrás, as três também contam com duplo amortecimento na suspensão, além da balança fazer parte do conjunto do motor, porém, neste caso, XMax e Cruisym empatam com 92 mm de curso.
Tanto a XMax quanto a 350 E são equipadas com rodas de liga leve de 15’’ na frente e 14’’ atrás, enquanto na Cruisym essas medidas são de 14’’ e 13’’, respectivamente. Ou seja, as que possuem rodas maiores tendem a passar por buracos de maneira mais segura, uma vez que quanto menor a roda da scooter maior é a proporção do buraco a ser superado.
Embora a Zontes não divulgue os cursos de suspensão da 350 E, a scooter tem uma altura de 15,5 cm do solo, o que, em conjunto com as rodas maiores já citadas, significam mais capacidade para superar as imperfeições da via. A altura do solo da XMax é de 13,5 m, enquanto a da Dafra é de 13 cm.
Uma dificuldade para quem for mais baixo é a altura do assento da XMax, de 79,5 cm. Nesta atualização da linha 2025 da scooter, a Yamaha até estreitou o assento da motocicleta, justamente para facilitar a acomodação dos pés no chão com a scooter parada. A Dafra é a mais baixa das três, com 70,5 cm, enquanto a 350 E fica no meio do caminho, com 77 cm.
Outra característica comum às três scooters é a presença de freios a disco nas duas rodas e ABS de dois canais (ou seja, na frente e atrás). Além do ABS, as três também contam com controle de tração de série.
Equipamentos e pós-vendas
Quanto à praticidade, as três rivais abrigam dois capacetes fechados no compartimento sob o assento e possuem ganchos e porta-objetos na coluna do guidão. Todas também contam com iluminação de LED para farol, lanterna e piscas e entradas USB (são duas, no caso da 350 E). Elas também têm painel digital, mas cada uma de um tipo. Na Dafra a tela é de LCD colorida, enquanto na 350 E o tipo é TFT.
A XMax tem uma tela de cada tipo. A de LCD serve para mostrar as informações básicas da moto (como velocímetro, conta-giros e indicadores de combustível e de marcha), enquanto a de TFT, colorida, abriga toda a conectividade da scooter. A XMax pode ser pareada com smartphone e a tela de TFT é compatível com aplicativos de mensagem como o whatsapp, além de contar com GPS integrado. Conectividade, aliás, é um dos destaques da XMax por meio do aplicativo Y-Connect, que permite que o proprietário veja informações da moto de maneira remota no celular.
A Zontes 350 E tem como destaques sobre as outras duas o ajuste elétrico da bolha, a chave presencial e dois modos de condução, um Eco e outro Sport.
Com relação à manutenção, a Dafra não possui um programa de revisões a preço fixo. No caso da XMax e da 350 E, os preços totais dos serviços até os dois anos de uso são parecidos, com a diferença de que os intervalos propostos pela Yamaha são de 5.000 km, enquanto na Zontes são de 6.000 km (com exceção do primeiro serviço, de 1.000 km, presente nas duas marcas).
No total, até os 24 meses, os serviços da XMax custam R$ 3.378 e os da 350 E, R$ 3.415.