Os 3 cuidados que você precisa ter com a corrente da moto

Item do conjunto da transmissão exige manutenção preventiva para manter o bom funcionamento
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04.04.2024 às 10:50 • Atualizado em 12.11.2024
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Item do conjunto da transmissão exige manutenção preventiva para manter o bom funcionamento

Não é surpresa que um dos componentes mais importantes para o funcionamento da motocicleta também seja um dos que mais exigem atenção à manutenção preventiva para evitar maiores problemas mecânicos. Estamos falando da corrente. Ela é responsável por transmitir a energia do motor à roda traseira, com o auxílio do pinhão e da coroa (as três peças juntas compõem o chamado kit relação).

Além da corrente estar sujeita ao seu próprio desgaste natural devido ao uso, a sua vulnerabilidade é ainda maior quando consideramos que ela fica, de maneira geral (sobretudo em motos de baixa e média cilindradas), totalmente exposta às condições do clima e características do ambiente em que a moto está trafegando. Por isso, é preciso que o proprietário respeite uma rotina periódica de verificação da condição da corrente e, claro, adote os três passos principais de cuidados com o componente para garantir o seu bom funcionamento e durabilidade.

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Passo 1: limpeza

A corrente da moto costuma acumular bastante sujeira. Especialmente, se o motociclista tem o costume de andar em estradas de terra, onde há muita poeira no ar, ou se pega muita chuva e passa em poças de água com frequência. A sujeira que se instala na corrente aumenta o atrito entre as peças de contato da corrente com pinhão e coroa. Isso acontece por ação direta do contato dos resíduos com os componentes ou porque eles diminuem a lubrificação da transmissão. Seja como for, quanto maior o atrito, maior o desgaste do conjunto.

Para fazer a limpeza da corrente, além de água para tirar excessos de sujeira, o proprietário precisará de um desengordurante específico para esta função. Há diversas opções para isso no mercado e o manual do proprietário pode ajudar a descobrir a melhor escolha para a sua moto. A aplicação do produto deve ser feita diretamente na corrente com a ajuda de uma escova. Vale ressaltar que é preciso passar a escova com o produto nos quatro lados da corrente (laterais, em cima e embaixo) para uma limpeza detalhada e eficaz.

Importante: não passe produtos de limpeza que possam ter ação corrosiva, como querosene. Eles vão diminuir a vida útil da corrente no médio a longo prazo.

Passo 2: lubrificação

Sempre depois de realizar a limpeza da corrente, lavar a moto ou passar por alguma situação climática extrema (atravessar uma enchente, sabendo que não é o recomendado, pegar muita poeira, lama ou uma chuva muito forte), é imprescindível renovar a lubrificação da corrente da moto. Ela deve estar sempre muito bem lubrificada para evitar o que falamos no parágrafo anterior: prejudicar o funcionamento do conjunto por conta do excesso de atrito.

Existem diversos lubrificantes de corrente de moto no mercado, que são desenvolvidos especificamente para este componente. Mais uma vez, o manual da moto pode ajudar nesta escolha. A aplicação do produto deve ser feita, preferencialmente, com o auxílio do tubo direcional (aquele “canudinho” instalado no bico da lata do lubrificante) para aumentar a precisão da aplicação e, mais importante, evitar que haja o espalhamento do produto no pneu ou outros componentes do câmbio. É preciso ter esse cuidado em mente e a mesma dica de antes vale aqui também: lembre-se de lubrificar a corrente por completo, laterais, cima e embaixo.

A lubrificação também deve acontecer de maneira periódica, independentemente de ter havido algum desses eventos que citamos. Esta periodicidade varia muito de acordo com o modelo da motocicleta e o uso do proprietário. O importante é criar o hábito de verificar visualmente se o aspecto da corrente está “seco” (ou seja, sem aquele brilho da lubrificação) a cada 15 dias ou pelo menos mensalmente. Caso esteja, é melhor lubrificá-la.

Uma dica muito importante para este passo é evitar ao máximo lubrificar a corrente usando graxa ou óleos que não sejam recomendados para a corrente. Cada tipo de óleo possui uma função específica por conta da sua viscosidade, densidade, entre outras características. Óleos que não sejam para correntes e, especialmente, graxa, vão prejudicar a durabilidade e funcionamento da moto, pois podem ser mais aderentes às sujeiras e terem maior risco de espalharem para outros componentes, incluindo o pneu, conforme o uso da moto, devido ao seu acúmulo nos elos da corrente. 

Passo 3: ajuste

O último ponto crucial do cuidado com a corrente é em relação ao seu ajuste no conjunto. A corrente da moto deve funcionar de maneira suave, porém firme. Isto é, ela não deve estar nem muito rígida (muito reta e esticada) a ponto de estressar os dentes do pinhão e da coroa, tampouco deve estar muito folgada (com aquela “barriga” na parte debaixo), com risco de escapar da sua fixação aos eixos do câmbio e da roda traseira.

A verificação do ajuste da corrente também varia bastante de acordo com a indicação do manual da moto e da sua utilização, mas é prudente realizá-la a cada 300 km a 500 km rodados com a moto. Se a corrente estiver com o aspecto muito folgado, é hora de levar a moto até uma oficina para que o ajuste seja feito e, nesta hora, certificar-se de que ela não ficou esticada demais para o uso. Aqui, o equilíbrio do ajuste é o imperativo.

Pronto, ao respeitar estes três cuidados periódicos com a corrente da sua moto, você garantirá que o conjunto de transmissão funcione sempre da melhor maneira possível. E, assim, a troca do kit relação (que deve sempre ser substituído como um todo, ou seja, trocando pinhão, corrente e coroa de uma vez) respeitará sempre o limite máximo da durabilidade indicada no manual do proprietário (que pode ocorrer a cada 20 mil km ou até 40 mil km, dependendo da motocicleta). 

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