Renault Sandero: os principais problemas, segundo os donos

Hatch tem causado aborrecimentos por defeitos no câmbio automatizado e consumo elevado de óleo
GS
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02.08.2024 às 22:43
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Hatch tem causado aborrecimentos por defeitos no câmbio automatizado e consumo elevado de óleo

O Renault Sandero de segunda geração foi lançado no mercado brasileiro em 2014 com visual atualizado e mais equipado, mas ainda construído sobre a antiga plataforma B0 da primeira geração e apostando no custo-benefício para rivalizar principalmente contra Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Fox.

O hatchback foi produzido em São José dos Pinhais (PR) até 2023, após a Renault anunciar o seu plano de reestruturação voltado ao desenvolvimento de modelos mais refinados e, consequentemente, mais caros, como SUVs, picapes e modelos eletrificados.

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Apesar de as demais versões terem saído de linha no ano passado, a variante aventureira Stepway ainda é vendida por R$ 84.470 como se fosse um modelo separado do Sandero.

Como é a segunda geração do Renault Sandero

O Sandero é invariavelmente conhecido pelo bom aproveitamento da cabine. Mesmo com dimensões de compacto (4,06 m de comprimento, 1,53 m de altura, 1,73 m de largura e porta-malas de 320 litros), o hatch conta com o entre-eixos de 2,59 m para garantir espaço acima da média para os passageiros.

A robustez mecânica também é elogiada. As versões de maior volume de vendas do Renault Sandero foram comercializadas com os mesmos motores flex aspirados de quatro cilindros da primeira geração, sempre combinados ao câmbio manual de cinco marchas. As configurações de entrada levavam sob o capô o propulsor 1.0 flex de 80 cv de potência e 10,5 kgfm de torque. As versões mais caras eram equipadas com o 1.6 flex de 106 cv e 15,5 kgfm.

O câmbio automatizado Easy-R, também de cinco marchas, foi vendido como opcional durante um breve período, mas deixou de ser oferecido devido à baixa procura.

Destaque da segunda geração do Sandero, a versão esportiva RS se destaca pelo visual exclusivo combinado à mecânica preparada de fábrica, que contempla o hatch com motor mais potente, câmbio manual de seis marchas, além de direção elétrica e suspensão recalibrada. Os freios a disco nas quatro rodas foram incorporados para ajudar a conter o ímpeto do motor F4R 2.0 aspirado de 150 cv e 20 kgfm. O Sandero RS acelera de 0 a 100 km/h na casa dos 8 segundos e atinge a velocidade máxima de 200 km/h.

Reestilização e novos motores

Em 2019, o Renault Sandero passou por uma reestilização de meia vida com para-choques redesenhados e faróis com luzes diurnas em LED. A cabine ganhou melhorias no acabamento interno e central multimídia com interface atualizada. Todas as versões passaram a ser equipadas de série com airbags laterais, enquanto as configurações com motor 1.6 ganharam controles de estabilidade e tração.

Mas a grande novidade da linha 2020 foi a adoção dos novos e modernos motores da família SCe: o 1.0 aspirado de três cilindros de 82 cv e 10,5 kgfm e o 1.6 16V e 118 cv e 16 kgfm combinado a um câmbio automático CVT.

Apesar da fama de carro robusto, o Renault Sandero não está imune a críticas. O motor 1.0 de três cilindros e o câmbio automatizado Easy-R são os maiores motivos de críticas por parte dos donos do hatch. Confira abaixo:

Motor 3 cilindros baixando óleo

O motor SCe 1.0 de três cilindros do Sandero é uma versão melhorada do propulsor que equipa o subcompacto Kwid. Lançado com a promessa de “beber” 19% menos combustível que o antigo 1.0 de quatro cilindros, esse propulsor tem gerado queixas pelo consumo anormal de óleo. Alguns proprietários do hatch relatam vazamento do lubrificante em carros com baixa quilometragem e ainda cobertos pela garantia de fábrica.

Relatos: caso 1, caso 2, caso 3

Defeito no câmbio Easy-R  

A transmissão automatizada deixou de ser oferecida há mais de cinco anos, mas está entre as principais reclamações feitas pelos donos do Sandero no Reclame Aqui. Os consumidores relatam casos de mau funcionamento do câmbio a ponto de o carro ficar imobilizado em alguns casos.

Relatos: caso 1, caso 2, caso 3

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