VW renovará velha Amarok em Brasil e Argentina. Terá desistido da Tarok?

Picape terá destino diferente da segunda geração global, derivada da nova Ford Ranger. Anúncio de US$ 250 milhões inclui ainda o SUV Taos e motos da Ducati
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04.05.2022 às 21:59 • Atualizado em 29.05.2024
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Picape terá destino diferente da segunda geração global, derivada da nova Ford Ranger. Anúncio de US$ 250 milhões inclui ainda o SUV Taos e motos da Ducati

Duramente afetada pela crise de fornecimento de peças a matérias-primas, a Volkswagen vem revendo completamente seus ciclos de investimento para a América do Sul. Uma das surpresas foi anunciada nesta quarta-feira (4). 

Em vez de divulgar um plano na Argentina para fabricar a picape compacta-média Tarok, derivada do Taos, ou algum para uma segunda geração da Amarok, que globalmente será derivada da nova Ford Ranger, a fabricante revelou que investirá US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão), em partes, para renovar a atual Amarok no país.

“Graças a este novo investimento, a Amarok apresentará alterações no design, segurança e tecnologia da icônica picape que a Volkswagen produz há mais de dez anos no Centro Industrial Pacheco”, diz o comunicado.

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Picape terá destino diferente da segunda geração global, derivada da nova Ford Ranger. Anúncio de US$ 250 milhões inclui ainda o SUV Taos e motos da Ducati

Na prática, significa que a primeira geração da picape média, lançada na América do Sul em 2010, terá sobrevida de mais algumas boas primaveras por aqui, mesmo estando em linha há pouco mais de uma dúzia de anos.

Outra fatia desse valor será destinada e um projeto de localização de peças do Taos, SUV compacto-médio construído a partir da plataforma MQB-A e que também é fabricado pelos hermanos em General Pacheco. 

Por fim, a VW revelou que montará motocicletas da Ducati no Centro Industrial de Córdoba, segundo complexo da empresa no país. A primeira será o modelo Scrambler Icon, já a partir deste ano. De Córdoba também saem componentes como o câmbio manual de seis marchas MQ281.

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E a Tarok?

Picape terá destino diferente da segunda geração global, derivada da nova Ford Ranger. Anúncio de US$ 250 milhões inclui ainda o SUV Taos e motos da Ducati

Ainda de acordo com a Volkswagen, o ciclo de US$ 250 milhões terá validade até 2026. Ou seja, se a companhia não anunciar nenhum outro plano, é muito difícil que a picape compacta-média Tarok, que chegou a ter documentos vazados prevendo sua produção em solo argentino a partir de 2025, saia mesmo do papel.

A não ser que a própria Volkswagen faça um novo anúncio para a Argentina – cenário que parece muito difícil –, ou que tenha decidido produzir a Tarok no Brasil, em São José dos Pinhais (PR), junto do T-Cross. Vale lembrar que, enquanto o SUV utiliza a plataforma MQB A0, a picape teria a base MQB A, com dimensões maiores, o que demandaria ajustes na linha.

Para toda a América do Sul, a Volkswagen anunciou recentemente um ciclo de investimentos de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,9 bilhões), que servirão para o lançamento de quatro novos produtos derivados da matriz MQB entre os anos de 2023 e 26. 

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Entre eles estão o Polo Track, previsto para o início de 2023, o projeto VW246 (um SUV pequeno, similar ao Fiat Pulse), previsto para 2024, e o VW247 (uma picape compacta para o lugar da Saveiro), que chegaria até 2026. O quarto produto, teoricamente, seria a Tarok, em 2025.

O dinheiro também será usado para lançar produtos com uma motorização híbrida leve flex que se chamará eTSI, e quem vem sendo recentemente testada usando como mula uma unidade do Golf de oitava geração. 

Os futuros híbridos leves flex da VW devem ser compostos por um motor 1.5 TSI de ciclo Miller mais uma bateria elétrica de 48 Volts. Talvez pinte ainda uma derivação 1.0 TSI. Ao todo, serão seis produtos com essa tecnologia lançados também até 2026.

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