BYD vai investir em baterias para motos elétricas na China
A BYD, segunda maior marca de carros elétricos do mundo em vendas, vai começar a produzir baterias para motos elétricas na China. O anúncio foi feito dias após uma tragédia envolvendo incêndio em scooters elétricos matar 15 pessoas no país na última semana.
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De acordo com o site Car News China, uma garagem de um prédio residencial no distrito de Yuhuatai, em Nanking, pegou fogo próximo à área dedicada aos scooters elétricos, matando 15 pessoas e ferindo outras 44. Embora não haja uma conclusão sobre o que causou o incêndio, o episódio desencadeou uma ferrenha repercussão negativa quanto à segurança das motos elétricas, incluindo a proibição de estacioná-las em garagens de edifícios em certas cidades chinesas.
A relação desta tragédia com a BYD é a promessa da FinDreams, a subsidiária da marca responsável pela produção das baterias, desenvolver baterias de fosfato de ferro de lítio (LFP, na sigla, em inglês) para motos. A tecnologia é a mesma que compõe as baterias do tipo Blade, usada nos carros da marca, que promete maior resistência termal e estrutural, diminuindo o risco de acidentes quando comparada com as baterias mais comuns encontradas sobretudo em scooter elétricos, feitas com base em chumbo ácido.
Na mensagem divulgada no aplicativo WeChat, a FinDreams se comprometeu a aumentar o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento para o mercado de duas rodas, sem especificar valores, apenas citando que almeja “permitir que as pessoas utilizem baterias sem preocupações”. A ideia é que a subsidiária da BYD trabalhe diretamente com outras fabricantes de motocicletas para desenvolver as baterias, em vez da BYD lançar suas próprias motos.
Apesar de não vender motos, a BYD já possui uma participação neste mercado montando o modelo X1 da Scorpio Electric, uma marca de motos de Singapura, em sua fábrica em Shenzhen para atender o mercado chinês. O modelo, contudo, não conta com uma bateria da BYD, mas sim da sul-coreana Samsung.
De acordo com veículos de mídia que acompanham o mercado chinês, o país asiático vende cerca de 17 milhões de motos por ano. Deste total, estima-se que por volta de 7 a 8 milhões de unidades correspondam a motos elétricas, sendo a vasta maioria composta por scooters.