Citroën C3 Exclusive chegou há 21 anos cheio de tecnologia e carisma
Lançado na França em 2001, o Citroën C3 chegou em nosso mercado a 21 anos, em 2003, como um compacto premium, esbanjando tecnologia e carisma. Tratava-se de um modelo muito bem equipado, sobretudo se considerarmos as opções concorrentes da época.
Focando em equipamentos, desempenho e estilo, o modelo agradou em cheio um mercado ainda carente de tecnologias. Tinha seu público-alvo jovens de classe média e alta entre 20 e 35 anos, solteiros ou recém-casados, mas encantou logo o público feminino que o via como um modelo versátil e bonito. Sua posição de dirigir elevada, direção extremamente leve, assistida eletricamente, e sua suspensão macia fizeram dele o queridinho das mamães de família. Agradava também o público masculino, que nas versões mais completas, tinham um veículo potente e, opcionalmente, com teto solar.
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A versão Exclusive, então a mais completa da gama, trazia como itens de série, trazia ar-condicionado, direção elétrica, painel digital, vidros elétricos, travas elétricas, retrovisores elétricos, limpador e desembaçador do vidro traseiro, brake-light, relógio digital com data e hora, coluna de direção com regulagem de altura e distância, banco do motorista com regulagem de altura, regulagem de altura dos cintos dianteiros, Airbags laterais, freios ABS com EBD e BAS (sistema auxiliar de frenagem que mantém a pressão na pinça de freio constante), tomada 12 volts, rodas aro 15, mesinhas no banco traseiro, entre outros detalhes. Como opcionais, o modelo ainda oferecia Duplo Airbag, rádio com CD player e comandos satélite, teto solar e rodas de liga-leve.
O motor era o bom 1.6 16V EC5, disponível até hoje na linha C3, C4 Cactus e Peugeot 208. Apenas à gasolina, fornecia 110 cv a 5.800 rpm e 15 kgfm de torque a 4.000 rpm, capaz de levar o compacto-premium a 196 km/h de velocidade máxima e fazer de 0 a 100 km/h em 9,8 s, números expressivos até hoje. Seu consumo médio era de 8 km/l de gasolina na cidade e 13,5 km/l na estrada.
Sua suspensão era 14 mm mais alta em relação à versão Francesa, e mesmo assim, o modelo tinha excelente estabilidade. Mesmo com uma tropicalização extensa com o uso de 50 protótipos e mais de 500.000 km. a baixa durabilidade dos componentes da suspensão incomodava, com barulhos constantes de metal contra metal e baixa durabilidade de seus batentes. Em alguns casos, era necessário substituir os tais batentes de 30.000 em 30.000 km.
O painel digital agradava, com velocímetro, hodômetro total e parcial ao centro, conta-giros analógico acima, e marcadores de combustível e temperatura, também digitais, dispostos em barrinhas. Com a iluminação em tom laranja, era um charme. Já a posição dos acionadores dos vidros elétricos, que não eram iluminados, era bastante incomoda, dispostos no console de marchas.
Completo, custava caro: R$ 36.590,00, equivalentes hoje a R$ 140.077,19, de acordo com o índice IGP-M (FGV) de 05/2024.
Uma versão mais simples chegou meses depois, a GLX. Oferecia o mesmo conforto geral do projeto com menos itens de série, fosse com motor 1.6 16V ou 1.4, este com 75 cv a 5.400 rpm e 12,5 kgfm de torque a 3.400 rpm, que levava o C3 a 168 km/h de velocidade máxima e de 0 a 100 km/h em 12,4 s. O desempenho menor se traduzia em menor consumo, com médias de 10,5 kml de gasolina na cidade e 12,6 km/l na estrada. Na prática, andava bem e não sacrificava tanto o bolso. Desta versão eu falarei em outra oportunidade com mais detalhes.
Em 2005 o motor 1.6 virou flex, e fornecia os mesmos 110 cv, porém a 5.750 rpm e tinha agora 14,5 kgfm de torque a 4.000 rpm. Seu consumo médio era de 9 km/l de gasolina na cidade e 15,5 km/l na estrada. Quando abastecido com etanol, eram 113 cv à disposição do motorista a 5.750 rpm e tinha 15,8 kgfm de torque a 4.000 rpm, capaz de levar o compacto-premium a 198 km/h de velocidade máxima e fazer de 0 a 100 km/h em 9,6 s. Seu consumo médio era de 7 km/l de gasolina na cidade e 10,5 km/l na estrada.
Em 2006 o C3 1.4 teve seu motor nacionalizado e virou flex, e passou a ser oferecido à versão Exclusive. Em 2008, toda a linha sofreu seu primeiro facelift, com nova grade, para-choques novos e novas rodas (opcionais), além de outras mudanças menores.
Em 2010 atingiu o recorde de vendas no país, com 39.930 emplacamentos. Em 2011, chega o câmbio automático de 4 marchas (AL4) para o modelo Exclusive, então topo de linha, acoplado exclusivamente ao motor 1.6 16V.
Em 2012 foi apresentada a linha 2013 e a segunda geração do modelo, usando a mesma plataforma PF1 do modelo anterior. Com o design totalmente reformulado, era 940 mm mais cumprido e 410 mm mais largo do que a geração anterior, mantendo a distância entre eixos, mas deste e de demais versões, eu falarei mais para frente.
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.
Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência. Atua como BPO, e há 20 anos, ajuda pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação.