Como a VW Amarok vai poluir menos em 2025 mesmo com motor V6 turbodiesel

Montadora encontrou uma alternativa para a picape média diminuir as emissões de gases poluentes no ar
Vinicius Moreira
Por
06.01.2025 às 18:42
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Montadora encontrou uma alternativa para a picape média diminuir as emissões de gases poluentes no ar

Atualizada em 2024, a Volkswagen Amarok manteve embaixo do capô o motor 3.0 V6, que entrega 258 cv de potência e 59,1 kgfm de torque. O propulsor turbodiesel é alimentado por combustível fóssil, que polui mais e poderia ser um dos entraves para a VW em 2025. Isso porque já está valendo o PL8, nova fase do Proconve, com regras mais rigorosas para emissões de poluentes.

Mas o verbo está no passado porque a montadora alemã encontrou uma solução para manter o V6, que é um dos diferenciais da picape, sem ter que mexer no conjunto mecânico. Trata-se do Arla 32, uma substância líquida que é usada basicamente para converter gases nocivos para atmosfera em vapores de água e gás nitrogênio.

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O que é Arla 32?

Para entender seu nome, “ARLA” é a sigla para Agente Redutor Líquido Automotivo, enquanto o “32” faz referência aos 32,5 % de nível de concentração de ureia. Essa substância química misturada com água desmineralizada fica presente em um pequeno tanque ligado ao sistema de escape.

Não é uma novidade por aqui e já está presente há um bom tempo em veículos pesados. Agora, na Amarok, os gases expelidos durante a queima do combustível entrarão em contato com o Arla 32 para que a picape polua menos.

Vale ressaltar que o Arla 32 não é um aditivo, mas sim uma solução injetada no sistema de exaustão. O líquido é armazenado em um reservatório próprio e entra em contato com os gases no catalizador, que pode reduzir até 98% das emissões de óxidos de nitrogênio formados após processo de queima do diesel.

Arla 32 é uma solução viável?

Sim! Pois, com a medida, a VW consegue poluir menos com a Amarok e ajudar na conta final das regras do programa.

Antes de explicar, vale ressaltar que o PL8 não mede exclusivamente a emissão de cada carro, mas sim um somatório de todos os modelos vendidos por cada marca. Assim, cada montadora não pode ultrapassar o limite de 50 mg/Km de NMOG+Nox (gases nocivos) neste ano.

Por isso, soluções como a combinação de um sistema híbrido leve, como de Fiat Pulse e Fastback será mais recorrentes a partir de agora.

Por ser uma solução já conhecida, o Arla 32 não gera grandes mudanças para a VW. Com isso, além de não demandar lá muito gasto, o sistema ainda pode contribuir para uma espécie de crédito com o governo brasileiro.

Entre direitos e deveres, o Proconve também premia a montadora que poluir menos. Funciona assim, cada marca deverá enviar um relatório anual com dados de emissões dos veículos. Quem estiver abaixo do limite previsto, ganha crédito, já quem poluir mais sai em débito.

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