Fiat veta novo reajuste do Pulse de pré-venda por medo de multa milionária

Após ingresso de clientes na Justiça e notificação do Procon, fabricante decidiu não repassar os aumentos de preços de janeiro a quem já comprou o SUV
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12.01.2022 às 14:55 • Atualizado em 29.05.2024
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Após ingresso de clientes na Justiça e notificação do Procon, fabricante decidiu não repassar os aumentos de preços de janeiro a quem já comprou o SUV

A prática já tinha virado comum: fabricantes iniciavam a pré-venda de algum modelo divulgando um determinado preço, mas reajustavam os valores antes mesmo de os carros serem entregues aos clientes, obrigando esses compradores a pagarem a diferença.

Embora haja controvérsias sobre se a ação é ilegal ou não, a Fiat foi pega de surpresa em dezembro quando um grupo de compradores do Pulse decidiu processá-la. Segundo eles, não houve comunicado prévio e transparente de que teriam de arcar com um valor adicional no momento da entrega do produto.

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Após ingresso de clientes na Justiça e notificação do Procon, fabricante decidiu não repassar os aumentos de preços de janeiro a quem já comprou o SUV

O caso foi revelado pelos colegas da Quatro Rodas. Depois disso, o Procon-SP notificou a fabricante, pedindo esclarecimentos a respeito desses reajustes. A empresa deverá explicar quantos consumidores foram afetados por esses aumentos praticados entre o momento da compra e da entrega do carro, e quanto cada um pagou a mais.

Terá, ainda, de apontar em quais Estados a prática foi adotada, como os clientes foram informados acerca da possibilidade dos reajustes e de que forma isso estava previsto nos contratos. Por fim, deverá responder como os consumidores serão compensados em caso de desistência da compra por causa dos reajustes.

Após ingresso de clientes na Justiça e notificação do Procon, fabricante decidiu não repassar os aumentos de preços de janeiro a quem já comprou o SUV

A empresa tem até esta quinta-feira (13) para encaminhar os esclarecimentos. Ainda assim, pelos cálculos do órgão de defesa do consumidor, a Stellantis poderá ser multada em até R$ 11,6 milhões por conta da prática.

Todo esse imbróglio fez a fabricante dar um passo atrás e ser mais comedida não na aplicação de reajustes de preços em janeiro (eles vão de 1,6% a 3,8% ou, em valores absolutos, de R$ 1.500 a R$ 7.000), mas sim ao decidir não repassar o custo extra a quem já comprou um Pulse e está aguardando para receber o veículo.

Leia também: Os carros que ainda custam até R$ 100.000

Após ingresso de clientes na Justiça e notificação do Procon, fabricante decidiu não repassar os aumentos de preços de janeiro a quem já comprou o SUV

É o que mostra uma normativa interna repassada a concessionários na última terça-feira (11), à qual a Mobiauto teve acesso (imagem logo acima). No rodapé de uma das páginas, veio o aviso: “Em atenção aos primeiros compradores do Novo Fiat Pulse, excepcionalmente para a carteira remanescente da pré-venda, será mantido o preço de Dezembro”.

“Enviaremos posteriormente uma correspondência específica com os procedimentos de manutenção de preço”, completa a nota de rodapé. Agora, quem ainda não adquiriu o SUV que se prepare: suas etiquetas ficaram entre R$ 2.500 e R$ 4.000 mais caras. Confira a nova tabela, válida para quase todo o Brasil, menos Estados de SP e PB:

Pulse Drive 1.3 manual – sobe de R$ 83.990 para R$ 87.990
Pulse Drive 1.3 CVT – sobe de R$ 93.990 para R$ 97.990
Pulse Drive Turbo 200 CVT – sobe de R$ 101.990 para R$ 104.990
Pulse Audace Turbo 200 CVT – sobe de R$ 109.990 para R$ 112.490
Pulse Impetus Turbo 200 CVT – sobe de R$ 119.990 para R$ 123.490

Leia também: Avaliação: Fiat Pulse Turbo 200, o que é ótimo e o que poderia ser melhor

Outros reajustes

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Nas duas imagens acima, é possível conferir todos os reajustes praticados pela marca em janeiro. Somente as Fiat Strada Volcano e Ranch automáticas, lançadas recentemente em dezembro, escaparam da lista.

Lembrando que todos são válidos para 25 das 27 Unidades Federativas do país. São Paulo e Paraíba possuem valores diferentes, devido às alíquotas de ICMS praticadas.

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