Ford Fiesta 1.3 era espanhol de vida curta no Brasil

Hatch desembarcou no Brasil em 1995 importado e em sua terceira geração
LA
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01.05.2024 às 23:40 • Atualizado em 12.11.2024
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Hatch desembarcou no Brasil em 1995 importado e em sua terceira geração

Lançado no exterior em 1976, o Ford Fiesta é um sucesso pelo mundo todo, bastante elogiado por sua dirigibilidade e eficiência. No Brasil, desembarcou ainda importado em 1995 em sua terceira geração, e a partir de 1996, passou a ser fabricado no país, já em sua quarta geração.

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A terceira geração (Mk3), codinome BE-13, foi lançada em 1989 e aumentou ainda mais sua popularidade, em grande parte graças a adoção da versão 5 portas. Essa geração teve o maior tempo de produção do modelo, e foi um dos mais vendidos no começo dos anos 1990.

O carro teve diferentes versões, sendo a Popular, Popular Plus, L, LX, Ghia, 1.6S, XR2i, RS Turbo, RS1800, LA, DL, SX, Azura, Si, Classic, Classic Quartz, Classic Cabaret, C, CL, CLX, sem contar na versão picape, a Courier lançada em 1991 e que também desembarcou por aqui anos mais tarde.

O carburador deu Adeus em 1991, ano que foi incorporada a injeção eletrônica à linha. Em 1994, chegaram os airbags no volante como item de série, além de melhorias estruturais e um novo imobilizador para as versões a gasolina. Neste mesmo ano, a gama de versões no Reino Unido foi simplificada para apenas: Fiesta, LX, Si (que ganhou novos para-choques e bancos) e Ghia, com novos retrovisores e novas rodas.

 

A geração 4 foi lançada (Mk4) foi lançada em 1995 no exterior, e o modelo coexistiu na linha de produção com o seu sucessor como "Fiesta Classic" até 1997. No mesmo ano, o modelo desembarcava no Brasil como importado, a fim de concorrer com GM Corsa, VW Gol e Fiat Uno Mille ELX (link).

O modelo chegou nas versões 3 e 5 portas, com motor Endura-E 1.3L de 60 cv a 5.000 rpm e 10,3 kgfm de torque a 2.500 rpm, injeção eletrônica monoponto com módulo eletrônico EEC-IV, e um acabamento bom comparado aos seus concorrentes. O torque de seu motor era acima da média diante os concorrentes, e tornava sua condução bastante agradável, além de econômico, com médias de gasolina de 12,7 km/l na cidade e 16,4 km/l na estrada.

 

Confortável, o modelo oferecia como itens de série desembaçador traseiro, retrovisores com comando interno, calotas, aquecedor, luz de neblina traseira, relógio digital, vidros verdes, cintos de segurança de 3 pontos traseiros, ajuste de altura dos cintos dianteiros e barras de proteção no porta-malas. Como opcionais, o modelo oferecia banco traseiro bipartido, rádio toca-fitas, ar-condicionado, direção hidráulica, limpador e desembaçador do vidro traseiro, além das 5 portas.

Seu porta-malas era o maior do segmento até então, com 240 litros de capacidade, e sua grande área envidraçada fazia dele o queridinho das manobras de estacionamento. Pecava no design já ultrapassado, de linhas retilíneas e pesadas, posição de dirigir bastante baixa, direção muito direta, as vezes se comparando inclusive a um kart, além do estepe posicionado embaixo do carro, ocasionando uma manobra muito incômoda quando seu proprietário precisasse utilizá-lo.

 

Com 417 concessionárias em todo o país e socorro mecânico Ford Assistence, tinha 1 ano de garantia sem limite de quilometragem, ao custo de R$ 12.095,00 em abril de 1995, equivalente hoje a R$ 119.799,44 conforme correção pelo IGPM/FGV. A estimativa da marca era vender 7000 unidades no primeiro ano, e temos registrados em 2023 exatas 22.466 unidades do modelo de lançamento.

No Brasil, a nova geração chegou junto com a produção nacional em 1996, dando fim a vida do espanhol vindo de Valência e aumentando ainda mais a participação no mercado nacional.

 

Após um facelift em 1999, o modelo ganhou de vez o coração dos brasileiros, que o viam como uma opção bastante interessante ante a seus concorrentes, como VW Gol, GM Corsa, Fiat Palio, Peugeot 206 e Renault Clio, mas esta é outra história.

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Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.

Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência.  Atua como BPO, e há 20 anos, ajuda pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação.

https://www.instagram.com/autosoriginais

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