Mini-Wankel que gira como motor de F1 será extensor de autonomia da Mazda
Como alternativa aos motores a combustão, nasceu na década de 50 o motor Wankel. Uma ideia original que foi colocada à prova em 1961 pela Mazda. O motor foi desenvolvido pelo engenheiro Felix Wankel, mas só se tornou realmente conhecido depois de patenteado pela marca japonesa.
Mas não é do seu nascimento que vamos discorrer nos próximos parágrafos, e sim do seu renascimento, acho que podemos chamar assim. Tão pequeno que cabe na palma da mão, o “mini-Wankel” parece uma experiência bem-sucedida elaborada pelo canal no YouTube JhonnyQ90.
O melhor é que é possível acompanhar cada etapa (inclusive os imprevistos, falhas e soluções) da contribuição do minimotor. Sem dúvidas, fazendo uma analogia um pouco grosseira, poderíamos dizer que a concepção desse pequenino motor foi quase um parto a fórceps.
Para a alegria dos fãs de experimentos excêntricos automotivos, tanto o engenheiro quanto o motor rotativo estão em perfeito estado. Inclusive, o recém-nascido dará as caras ainda este ano, não como principal propulsor, mas sim como um gerador de energia.
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Seu retorno acontecerá no novo Mazda MX-30. Como um extensor de autonomia, o pequeno Wankel atuará recarregando as baterias do SUV elétrico. Ou seja, não será usado para tirar o carro da inércia, visto que um motor elétrico de maior potência, que já equipa o modelo, continuará sendo o responsável pela tração.
Ainda não foi revelado o quanto o Wankel poderá aumentar a autonomia do Mazda MX-30. Atualmente, o SUV tem um alcance de 200 km (ciclo WLTP), podendo chegar a 260 km na cidade.
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A solução deve ser apresentada futuramente para outros mercados e não se prenderá apenas ao modelo da fabricante japonesa. No vídeo abaixo é possível ver o motor funcionando em marcha lenta a 4.000 rpm e alçando até 14.000 rpm em um curto intervalo. É quase o pico de giros (15.000 rpm) de um motor da Fórmula 1.
Imagens: JohnnyQ90
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A faculdade me fez jornalista, a vida me fez aficionada por carros esportivos e adrenalina. Unindo paixão e profissão, realizo a missão de conectar pessoas com o universo automotivo, mas confesso que já tentei pilotar um kart e não deu muito certo.