Por que a autonomia de carros elétricos vai cair 30% no Brasil de uma vez

Inmetro adotará “penalidade” na medição de alcance dos veículos eletrificados, que reduzirá drasticamente os números divulgados hoje
LF
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30.01.2023 às 16:00 • Atualizado em 29.05.2024
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Inmetro adotará “penalidade” na medição de alcance dos veículos eletrificados, que reduzirá drasticamente os números divulgados hoje

O mercado dos carros elétricos e híbridos no Brasil está em constante expansão e popularização. Como tudo é novidade, também vem passando por mudanças constantes.

A mais recente delas, revelada pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) ao site Use Elétrico, é uma mudança nos parâmetros para medir a autonomia de veículos elétricos ou híbridos disponíveis em nosso mercado.

Inspirada em instruções do Inmetro, a metodologia valerá para todas as fabricantes de veículos e consiste na aplicação de uma “penalidade” de 30% no alcance obtido em laboratório por todos os modelos leves eletrificados homologados em nosso mercado. 

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Na prática, um carro que originalmente obteve 100 km de alcance das baterias em modo elétrico nos testes do Inmetro terá o alcance oficial reduzido para 70 km. Segundo Maluf, a medida visa forçar as fabricantes a divulgarem dados mais realistas sobre a autonomia de seus veículos.

Mesmo que o PBVE (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) já seja mais rígido do que protocolos como o WLTP, os números ali divulgados representam geralmente o alcance máximo possível, e não o mínimo, o que pode pegar consumidores de surpresa. Com a “penalidade” de 30%, o país passará a divulgar os dados “no pior cenário possível”.

“A tecnologia dos veículos elétricos ainda é nova para a maioria dos consumidores. Assim, muitos ainda não têm a noção exata de qual o melhor modo de acelerar e frear um carro elétrico de modo a conseguir os melhores índices de autonomia, fazendo bom uso do sistema de regeneração, por exemplo”, comentou Maluf ao Use Elétrico.

“Caberá a nós, os fabricantes, explicar ao consumidor que esse número divulgado é o pior cenário possível. E que ele poderá, dependendo do seu modo de condução, obter resultados inclusive bem melhores do que o indicado”, completou.

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