Por que a Fiat Strada pode trocar sua plataforma de Mobi pela do Citroën C3

Picape pode ganhar novas medidas e plataforma no fim desta década
Renan Bandeira
Por
24.06.2024 às 20:36
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Picape pode ganhar novas medidas e plataforma no fim desta década

A Fiat Strada terá uma nova geração, pode ganhar novas medidas, e deixará de ser construída a partir da costela do Fiat Mobi, para ter base de Citroën C3. Você deve estar se perguntando o motivo para que a Stellantis tome tal decisão, e a Mobiauto vai explicar agora.

A criação do conglomerado automotivo Stellantis tinha um objetivo claro: fortalecer as marcas francesas no Brasil e dar nova vida à Fiat na Europa. Para isso, as empresas dentro desse portfólio passaram a compartilhar tecnologias. Estamos falando de motor, câmbio, sistemas de conectividade e... plataformas.

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São quatro dimensões dessas plataformas, que já foram apresentadas globalmente, e a menor delas é a que vamos falar neste artigo. A STLA Smart é uma evolução da CMP, atualmente usada nos Citroën C3 e C3 Aircross, além do Peugeot 208.

Ela será usada para produção do Grande Panda na Europa e para construção do sucessor do Argo, fabricado em Betim (MG). O novo modelo, que responde por F1H, ainda não tem nome definido, mas pode se chamar Argo, Panda e até mesmo Uno, como a Mobiauto já contou em detalhes neste outro artigo.

Mas o que a Fiat Strada tem a ver com isso?

Embora tenha levado quase 20 anos para mudar da primeira para a segunda geração, o salto para a terceira geração da Fiat Strada não deve demorar muito para acontecer. Acompanhando a evolução dos veículos da Stellantis, a picapinha pode mudar de geração a partir de 2026, quando já terá sido lançada na Europa.

E ela deve seguir os passos do sucessor do Argo, abandonando as plataformas da Fiat, para usar a base STLA Smart, justamente a mesma do Grande Panda, e evolução da usada pelo atual Citroën C3.

O motivo é simples. Essa é a menor estrutura que a Stellantis produzirá globalmente para carros a combustão. E a mudança tão veloz, tendo em comparação os 20 anos da primeira geração, se dá por causa do compartilhamento das peças com outros veículos.

O Fiat Mobi não terá vida tão longa do mercado quanto a família C3 e o Peugeot 208. E a Strada não pode perder seu principal trunfo no mercado, que é o custo-benefício. Para manter isso em dia, precisa ter o máximo de sua produção compartilhada com outros produtos.

Com isso, trocar de base é mais interessante que permanecer na mesma do Fiat Mobi. Fora que a picape ganhará uma estrutura mais requintada e tecnológica para oferecer mais comodidade aos brasileiros.

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