Renault Bigster: o SUV de 7 lugares vai virar a chave da marca no Brasil
A Renault vive momentos tensos no mercado brasileiro. Apesar de recentemente ter anunciado um investimento de R$ 1,1 bilhão para renovar cinco produtos e lançar o motor 1.3 TCe até o fim do primeiro semestre de 2022 (confira quais são os modelos da lista neste artigo exclusivo), sua situação no país não é fácil.
Durante muito tempo, direcionada pelo agressivo e controverso Carlos Ghosn, a marca francesa apostou em vender produtos da subsidiária romena Dacia sob a sua insígnia em nosso território. Foi dessa forma que Sandero, Logan e Duster ganharam as nossas ruas e fizeram relativo sucesso.
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O problema é que a Economia brasileira passou por profundas mudanças nos anos 2010, quase todas para pior. Elas transformaram o mercado automotivo e fizeram carros populares perderem volume, espaço e apelo entre os consumidores. No lugar deles, temos hoje SUVs, picapes e modelos de maior valor agregado dominando as ações.
A própria Renault tentou se antecipar a essas movimentações com Captur e Duster Oroch, mas ambos ficaram deslocados no mercado e nenhum teve a aderência que a fabricante francesa esperava. Já o subcompacto Kwid chegou até fazendo barulho, mas justamente num momento em que os carros de entrada já vinham perdendo apelo.
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O que fazer diante deste cenário? Se quiser sobreviver e se manter entre uma das principais marcas de carro atuantes no Brasil, a companhia com fábrica em São José dos Pinhais (PR) não terá outra opção que não seja investir em uma nova plataforma e novos produtos, de maior valor agregado, para se reposicionar no mercado.
A arquitetura modular escolhida é a CMF-B, que já vem sendo prometida para chegar à América do Sul há alguns anos. Mas o produto que vai estreá-la talvez não seja o sedan Taliant (sucessor do Logan) ou o substituto do Sandero, mas sim o Bigster, um SUV de sete lugares apresentado como conceito no ano passado (com emblema da Dacia).
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Bigster: um Duster de próxima geração para levar 7
O Bigster será uma espécie de Duster esticado. Por usar a matriz CMF-B, ele na verdade antecipa o que deve ser a próxima geração do Dacia Duster europeu, porém com entre-eixos e balanço traseiro esticados para receber uma terceira fileira de assentos.
Pouco ainda se sabe sobre o modelo, mas sua versão de produção deve ser apresentada globalmente entre 2023 e 24, ano em que também deve chegar ao Brasil. Por aqui, deve ser produzido na cidade da Região Metropolitana de Curitiba e usar o motor 1.3 turboflex de 170 cv e 27,5 kgfm estreado recentemente pelo Captur.
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Apesar da proposta para sete passageiros, o Bigster não será rival direto do Jeep Commander, porque terá porte substancialmente menor e, assim, deve custar mais barato. Seu principal rival deve ser a Chevrolet Spin, que será renovada pela GM e também ganhará motor turbo no ano que vem.
Saiba mais sobre o novo Bigster em mais um vídeo do quadro O Que Vem Pra Pista:
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Jornalista Automotivo