Os únicos modelos zero-quilômetro que restaram abaixo dos R$ 50.000 são os subcompactos Fiat Mobi e Renault Kwid, e só nas versões de entrada. Sim, carro está caro, muito caro.
Com o cenário atual de alta quase descontrolada no preço de veículos novos, só há duas saídas: aumentar o orçamento ou recorrer ao mercado de usados, que também está em um momento de supervalorização.
Hoje vamos auxiliar quem optou por manter o orçamento na faixa de R$ 50.000, no máximo R$ 60.000. Garimpamos a Tabela Fipe e selecionamos dez modelos que consideramos uma boa opção de compra. Montamos, assim, uma lista diversa o suficiente para atender os mais variados gostos.
Não espere um direcionamento aprofundado sobre cada modelo, mas uma sinopse para te ajudar a selecionar quais carros merecem ser pesquisados um pouco mais. Antes de irmos à lista, vamos a uma dica valiosa.
Na fase de pesquisa no portal de classificados, fique atento à descrição do carro. Priorize automóveis que tiveram um único dono e os que cumpriram rigorosamente o calendário de revisões. Não basta achar o modelo ideal: o carro tem que estar em boas condições para você fazer um bom negócio.
Os melhores carros usados na faixa de R$ 50 mil
*Dados técnicos são de responsabilidade da montadora
*Preços retirados da Tabela Fipe Mobiauto de julho de 2021
1.Hyundai HB20 1.6 Comfort Style MT 2017
Preço: R$ 49.121
Queridinho do mercado há quase dez anos (sim, o HB20 foi lançado em 2012), o hatch só não fez mais sucesso que o rival Chevrolet Onix. O Hyundai HB20 2017 ainda é o da primeira geração, mas nessa altura o modelo já havia passado por um facelift que o deixou ainda mais bonitão.
Não à toa, muitas pessoas preferem o design da geração passada à atual. No geral, os principais atributos que classificam o modelo da Hyundai como um bom carro usado na faixa de R$ 50 mil são: bom desempenho e consumo.
O motor 1.6 conferiu muita agilidade ao HB20, por ser um carro compacto. Outro ponto é que, mesmo sendo esperto, não é tão “gastão” e apresenta bons números tanto na cidade quanto na estrada.
Além de ter 300 litros de porta-malas, tamanho satisfatório para um hatch compacto, ainda é do ano 2017, ou seja, quase um seminovo. Se você dedicar um bom tempo na procura até encontrar uma opção com todo o calendário de manutenção e revisões em dia, além de baixa quilometragem, é só felicidade.
Desempenho: 128 (E) / 122 (G) a 6.000 rpm, e 16,5 / (E) 16 kgfm de torque a 5.000 rpm / 0 a 100 km/h em 9,3 segundos / velocidade máxima 189 km/h
Consumo: 8,1 km/litro na cidade e 9,9 km/litro na estrada com etanol / 11,6 km/litro na cidade e 13,8 km/litro na estrada
Porta-malas: 300 litros
Principais itens de série: alarme, volante multifuncional com ajuste de altura e distância, espelhos elétricos, faróis de neblina, rodas de liga aro 14 e CD com MP3.
2.Toyota Corolla Sedan 1.8 Dual VVT-i XLI Flex MT 2014
Preço: R$ 50.396
Não poderia faltar um Toyota Corolla em uma lista como esta. Entretanto, para que o sedan tão confiável entrasse na lista, viajamos um pouco no tempo e paramos em 2014, último ano-modelo do Corolla de geração 10 (a antepenúltima).
Os primeiros diferenciais de um Toyota são sua segurança e confiança, que atravessam o tempo. Isso faz a marca ter um dos melhores índices de valorização. Não é muito difícil encontrar um Toyota Corolla para comprar ou revender. Difícil é não ter que pagar um preço alto por ele.
Líder do segmento de sedans médios há anos, o Corollinha se tornou uma referência no setor. Entre muitas versões, a 1.8 MT é uma boa pedida para quem quer um carro com fôlego para cidade e para estrada, e que não cobre caro por isso no consumo.
Quem quiser um pouco mais de conforto ao dirigir, pode optar pelo câmbio automático de quatro marchas, pagando a média de R$ 54.000, segundo a Fipe. Ou até mesmo por uma opção mais potente, com motor 2.0, lembrando que o motor 1.8 chega até a 204 km/h.
Desempenho: 144 (E) / 139 (G) cv a 6.000 rpm, e 18,6 (E) / 17,7 (G) kgfm de torque a 4.800 rpm / 0 a 100 km/h em 10,6 segundos / velocidade máxima: 204 km/h
Consumo: 7 km/litro na cidade e 10,2 km/litro na estrada com etanol / 9,6 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 470 litros
Principais itens de série: alarme, ar-condicionado, ajuste do volante em altura e profundidade, direção assistida, faróis com refletores duplos e apoio de braço para o motorista.
Há quem torça o nariz para o Duster, mas essa versão com motor 2.0, tração 4x4 e câmbio manual merece atenção. São 142 cv para se divertir e dá até para se aventurar em trilhas leves e intermediárias.
Há quem goste de um câmbio manual, e este tem seis marchas. Quem preferir a comodidade que o automático de quatro marchas oferece, pode partir para uma versão mais cara.
O consumo é um dos pontos fracos do modelo, mas não é desonesto considerando o seu desempenho. O porta-malas de 475 litros também é justo para a categoria.
Desempenho: 142 (E) / 138 (G) a 5.500 rpm, e 20,9 (E) / 19,7 kgfm de torque a 3.750 rpm / 0 a 100 km/h em 9,9 segundos / velocidade máxima: 180 km/h
Consumo: 6,7 km/litro na cidade e 7,8 km/litro na estrada com etanol / 9,9 km/litro na cidade e 11,2 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 475 litros
Principais itens de série: alarme, faróis com refletores duplos, faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado e rodas de liga leve.
Eis aqui um seminovo. A vantagem é que com apenas três anos de uso é mais fácil encontrar um modelo em excelente estado. Outro ponto importante é que o Argo ainda está em linha, então o design obviamente é de um carro moderno.
O Fiat Argo 1.3 é um pouco menos potente que a maioria dos outros modelos da lista, mas na prática o motor Firefly 8V de 1,3 litro se mostra elástico e com bom torque em baixas rotações, além de ser econômico. Pena que o câmbio manual de cinco marchas tenha relações curtas demais.
Quer mais desempenho? O Argo também tem versões com motor 1.8, basta investir um pouco mais e não ligar tanto para o consumo. Agora, se o objetivo for rodar na cidade, a versão 1.3 faz mais sentido. E, assim como o HB20, o hatch da Fiat tem 300 litros de porta-malas, volume bom para um compacto.
Desempenho: 109 (E) / 101 (G) a 6.250 rpm, e 14,2 (E) / 13,7 (G) kgfm de torque a 3.500 rpm / 0 100 km/h em 10,8 segundos / velocidade máxima: 184 km/h
Consumo: 9,2 km/litro na cidade e 10,2 km/litro na estrada com etanol / 12,9 km/litro na cidade e 14,3 km/litro na estrada
Porta-malas: 300 litros
Principais itens de série: ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro rebatível, direção elétrica progressiva, predisposição para rádio sistema Star&Stop, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, volante com regulagem de altura e computador de bordo. central multimídia Uconnet de 7″ touchscreen com Android Auto e Apple Car Play, Bluetooth, entrada USB e sistema de reconhecimento de voz, sistema de monitoramento de pressão dos pneus e volante multifuncional.
Esse é um verdadeiro achado. Chevrolet, sedan compacto-médio, 2017, motor 1.8 e câmbio automático de seis marchas por menos de R$ 55.000. Em termos de desempenho, o Chevrolet Cobalt é um pouco mais tímido que os outros sedans da lista. Afinal, o propulsor SPE-4 de 1,8 litro é 8V e de projeto antigo.
Ainda assim, não faz feio nos morros íngremes da cidade ou em uma ultrapassagem na estrada. Mas o que mais agrada é o consumo de combustível. Convenhamos: 11,1 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada com gasolina não é nada mau.
E para quem adora colocar o pé na estrada, por ser um modelo com apenas quatro anos de uso, tem menos chances de te deixar na mão. E com 563 litros de porta-malas, não falta espaço para as bagagens da família.
O Chevrolet Cobalt é um carro familiar em todos os sentidos: espaçoso, um tanto econômico, de uma marca querida pelos brasileiros (e com concessionárias espalhadas por quase todo o país) e desempenho honesto.
Difícil é só encontrar uma unidade com quilometragem boa e revisões em dia, visto que o Cobalt sempre foi um carro muito visado por taxistas e motoristas de aplicativo.
Desempenho: 111 (E) / 106 (G) cv a 5.200 rpm, e 17,7 (E) / 16,8 (G) a 2.600 rpm / 0 a 100 km/h em 10,5 segundos / velocidade máxima: 170 km/h
Consumo: 7,6 km/litro na cidade e 10 km/litro na estrada com etanol / 11,1 km/litro na cidade e 14,4 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 563 litros
Principais itens de série: faróis de neblina com moldura cromada, sensor de estacionamento, computador de bordo, volante multifuncional, bancos com revestimento premium, encosto de braço em material “soft touch”, controle de cruzeiro, multimídia MyLink com Android Auto e Apple CarPlay, sistema OnStar e rodas de alumínio aro 16.
Para quem prefere um pouco mais de emoção ao volante, temos aqui o Nissan Sentra com motor 2.0 de 140 cv e 20 kgfm de torque. Dos três sedans japoneses da lista, nenhum decepciona em termos de desempenho.
Apesar de não ser tão econômico quanto o Chevrolet Cobalt citado acima, tem um consumo razoável, tanto que foi classificado com nota ‘B’ na Comparação Relativa da Categoria. Com a vantagem de já ter um câmbio automático tipo CVT, o que significa uma rodagem com mais conforto.
A versão SL também conta com uma lista de equipamentos generosa. Essa é uma das configurações mais caras do Sentra. Se quiser economizar um pouco mais, você pode optar pela versão de entrada, com câmbio manual, por R$ 49.000 segundo a Fipe de julho. O porta-malas é o esperado de um sedan: 503 litros.
Desempenho: 140 cv a 5.100 rpm, e 20 kgfm de torque 4.800 rpm / 0 a 100 km/h em 9,9 segundos / velocidade máxima: 196 km/h
Consumo: 6,6 km/litro na cidade e 9 km/litro na estrada com etanol / 9,8 km/litro na cidade e 13,1 km/litro com gasolina
Porta-malas: 503 litros
Principais itens de série: alarme, acabamento dos bancos em veludo, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro bipartido 60/40, chave presencial para acesso e partida, computador de bordo, controles de áudio e da interface Bluetooth no volante, faróis de neblina, lanternas traseiras em LED, rodas 17 polegadas, volante com regulagem de altura e distância, acendimento automático dos faróis, navegador com Connect, rádio com mostrador de 5,8 polegadas, retrovisor interno fotocrômico e sensores de estacionamento na traseira.
A chegada de muitos outros SUVs ao Brasil contribuiu para que o Ford EcoSport fosse um pouco subestimado, quando na verdade ele é um modelo ainda interessante para o segmento, com exceção do design, que merecia uns bons ajustes.
Devido às proporções, peso, aerodinâmica, e outros fatores, o EcoSport acaba sendo um tanto quanto retardatário na primeira partida, mas depois vai bem. O consumo com gasolina na cidade é outro ponto positivo do modelo. Já o porta-malas realmente deixa a desejarm com limitados 362 litros de capacidade, assim como o espaço interno.
Mas para quem busca um SUV com posição altinha de dirigir nessa faixa, e que não tenha tantos anos de rodagem nas costas, esta é uma das melhores que se pode achar.
Uma observação: a versão que estamos sugerindo é a de câmbio manual com cinco marchas. Se o exemplar encontrado for “1.6 AT”, é dotado do problemático câmbio automatizado PowerShift. Neste caso, melhor fugir para outro SUV automático.
Desempenho: 131 (E) / 126 (G) a 6.000 rpm, e 16,1 (E) / 15,3 (G) kgfm de torque / 0 a 100 km/h em 11,8 segundos / velocidade máxima: 180 km/h
Consumo: 7,2 km/litro na cidade e 8,3 km/litro na estrada com etanol / 10,2 km/litro na cidade e 12,1 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 362 litros
Principais itens de série: ar-condicionado; direção elétrica, rodas de liga leve aro 15"; faróis de neblina; controles de estabilidade e tração; assistente de partida em rampas; piloto automático; espelhos retrovisores com pisca integrado; computador de bordo; sistema multimídia SYNC com App link, Bluetooth, USB, CD, assistência de emergência e comando de voz, My Key e volante multifuncional.
Antes que perguntem: “cadê o Chevrolet Onix ou o Prisma?”, temos aqui uma opção que talvez seja mais negócio: o primo Chevrolet Cruze de primeira geração. Já pertencente ao segmento de sedans médios, o Cruze traz uma lista de itens de série bem generosa por menos de R$ 57.000.
Outra boa notícia é que a caixa automática já é de seis marchas, sendo a mesma usada até hoje por modelos da GM, incluindo os novos Onix, Onix Plus e Tracker.
Outro ponto alto é o motor Ecotec 1.8 16V, mais moderno e potente que o 1.8 8V do Cobalto. Rende 144 cv para competir com outros sedans médios da lista. Mas, verdade seja dita, o Cruze é o modelo de seu segmento nesta lista que mais peca no consumo.
Desempenho: 144 (E) / 140 (G) cv a 6.300 rpm, e 18,9 (E) / 17,8 (G) kgfm de torque a 3.800 rpm / 0 a 100 km/h em 11,4 segundos / velocidade máxima: 197 km/h
Consumo: 6,6 km/litro na cidade e 9,3 km/litro na estrada com etanol / 8,6 km/litro na cidade e 12,1 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 450 litros
Principais itens de série: airbags frontais, laterais e de cortina, alarme, câmera de ré, faróis de neblina, sensores de estacionamento traseiro, faróis com regulagem de altura, direção assistida, rodas de liga leve, ar-condicionado automático, faróis com acendimento automático e volante multifuncional.
Este faz sucesso especialmente com o público feminino e com os que procuram um carro que seja compacto e familiar ao mesmo tempo. Para um modelo dessa proporção, o Fit com motor 1.5 tem até uma boa performance depois que pega embalo.
O consumo é outro destaque. Com o preço atual da gasolina, fazer 12,3 km/l na cidade com gasolina é um bom motivador na hora da compra. E isso já com a comodidade de ter um carro com câmbio automático (CVT) na garagem.
Além disso, o Fit ainda tem o privilégio do berço. Convenhamos, carros da Honda e Toyota já nascem com a vida encaminhada, pois são reconhecidos pela segurança e confiabilidade.
Desempenho: 116 (E) / 115 (G) cv a 6.000 rpm, e 15,3 (E) / 15,2 (G) kgfm de torque a 4.800 rpm / 0 a 100 km/h em 12 segundos / velocidade máxima: 172 km/h
Consumo: 8,3 km/litro na cidade e 9,9 km/litro na estrada com etanol e 12,3 km/litro na cidade e 14,1 km/litro na estrada
Porta-malas: 363 litros
Principais itens de série: alarme, faróis de neblina, câmera de ré, ar-condicionado, rodas de liga leve, volante multifuncional, direção assistida e ajuste elétrico dos retrovisores.
O Honda Civic basicamente se vende sozinho, mas vamos lá. O motor 1.8 de 140 cv confere uma boa dinâmica e dirigibilidade ao sedan médio de nona geração, que é acertado o suficiente para oferecer também um bom consumo.
Não à toa, o Honda Civic é o maior rival do Toyota Corolla no segmento. Ambos têm uma proposta e uma reputação muito alinhadas para despertar o desejo e a confiança do consumidor.
Só que o representante da Honda tem uma vantagem a mais, pois sempre foi um tanto mais jovial que o concorrente. Sendo assim, ele atende ao gosto tanto daquele consumidor mais família como o de uma pessoa ainda solteira.
Desempenho: 140 (E) / 139 (G) a 6.500 rpm, e 17,7 (E) / 17,5 (G) kgfm de torque a 5.000 / 0 a 100 km/h em 10,2 segundos / velocidade máxima: 190 km/h
Consumo: 7,2 km/litro na cidade e 9,2 km/litro na estrada com etanol / 10,9 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada com gasolina
Porta-malas: 449 litros
Principais itens de série: alarme, faróis com refletores duplos, câmera de ré, ar-condicionado automático, controle automático de velocidade e rodas de liga leve.
