Bajaj Dominar 250 vale mais a pena que CB 300F e FZ25?
A Bajaj começou a montar em sua fábrica em Manaus (AM) este mês a nova Dominar 250, sua quarta moto no portfólio vendido no Brasil. Com proposta naked tendendo à esportividade, o modelo bate de frente em preço com nomes de peso no mercado, como a Honda CB 300F Twister e a Yamaha FZ25, partindo de R$ 22.500. Mas será que vale apostar na novata por este preço?
A Honda CB 300F Twister foi lançada no ano passado e trouxe melhorias significativas à antiga Twister. Atualmente, ela é a mais barata das três, mas considerando apenas o valor de tabela do site, que não inclui frete e outras taxas, partindo de R$ 22.370. Já a Yamaha FZ25 custa R$ 2.990, portanto tem o preço público sugerido mais alto das naked de média cilindrada.
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Motorização
Com relação ao que cada uma entrega de motor, que sai na frente deste comparativo é a Dominar 250. Todas elas têm motor monocilíndrico, mas o de 248,7 cm³ da indiana produz 27 cv a 8.500 rpm e 2,39 kgfm de torque a 6.500 rpm, trabalhando com câmbio sequencial de seis marchas, dotado de embreagem assistida e deslizante.
A CB 300F também conta com estas tecnologias para a embreagem e um câmbio de seis marchas, mas o motor de 293,5 cm³ rende no máximo 24,7 cv a 7.500 rpm e 2,67 kgfm a 5.500 rpm. A FZ25 é a menos potente: são 21,5 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgfm a 6.500 rpm. Somente o motor da Dominar 250 é refrigerado a líquido e possui duplo comando de válvulas.
Mas as japonesas têm duas vantagens sobre a Dominar. As duas são flex, enquanto a Dominar 250 roda somente a gasolina, e a indiana também é significativamente mais pesada: são 180 kg, já em ordem de marcha, contra 149 kg da FZ25, também peso líquido, e 139 kg da CB 300F, mas neste caso o peso é o sem contar o tanque cheio. São 14,1 litros de volume no tanque da Honda, 14 litros na Yamaha e 13 litros na Bajaj.
Características
Diferentemente da CB 300F, que não trouxe a suspensão dianteira invertida presente no modelo vendido na Índia, a Dominar 250 conta, sim, com este tipo de suspensão. E no caso dela, são 13,5 cm de curso e 11 cm na traseira. O garfo convencional da Honda, com tubos de 41 mm de espessura, tem 13 cm de curso e 12 cm na traseira. A FZ25 também possui um garfo tradicional na frente e as duas suspensões têm os mesmos cursos da Honda. Todas são monoamortecidas na traseira.
Quanto às rodas, todas trazem modelos de 17’’ e contam com frenagem a disco simples com ABS na frente e atrás. Os diâmetros dos disco da Dominar 250 são maiores: 300 mm na frente e 230 mm atrás. Na Honda, essas medidas são 276 mm e 220 mm, enquanto na Yamaha são 282 mm e 220 mm, respectivamente.
A Dominar 250 traz uma distância entre-eixos maior do que as outras duas, com 1,45 m. Esta medida na CB 300F é de 1,39 m e de 1,36 m na FZ25. A CB 300F é a mais baixa das três, com 11,7 cm de altura do solo, contra 15,7 cm da Dominar e 16 cm da FZ25.
Equipamentos e pós venda
Quanto aos equipamentos, as três são equivalentes. Todas trazem iluminação de LED para farol e lanterna e painel digital, mas só a CB 300F conta com uma entrada USB.
Já no pós-venda é a Honda que fica atrás. As três marcas oferecem revisões a preço fixo para estas motos, mas a Honda é a mais cara delas, por ampla margem, considerando o total dos serviços até os 30.000 km (ou 36 meses). São R$ 4.268 para revisar a CB 300F neste período, com intervalos de 6.000 km. As outras duas marcas trabalham com intervalos de 5.000 km, sendo que a Bajaj possui um serviço aos 1.000 km. Na marca indiana, as revisões até os 30.000 km custam R$ 3.456 para a Dominar 250, enquanto na Yamaha a soma é a menor: R$ 3.072 para o período.