Honda Tornado ou Yamaha Lander? Qual moto oferece mais por menos de R$ 30 mil?
A Honda revelou o preço e a ficha técnica da nova XR 300L Tornado, como você viu aqui na Mobiauto. A moto deve chegar às concessionárias a partir do mês que vem e vai rivalizar diretamente com a Yamaha XTZ Lander 250. Apesar de ainda não ter acontecido o lançamento da Tornado, com todas as informações disponíveis dos dois modelos já é possível comparar em que a novidade da Honda supera a sua concorrente.
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As duas motos partem de uma proposta bastante similar da categoria trail: oferecer bom nível de praticidade e conforto para o dia a dia, aliado à capacidade de enfrentar estradas de terra e trilhas leves sem maiores problemas. Enfrentar a buraqueira da cidade com as duas, portanto, é tarefa fácil para estes modelos.
Características
No caso da Tornado, esta vocação parece ser cumprida com ainda mais naturalidade, já que os cursos das suspensões dela são maiores que os da Lander. Na Honda, são 245 mm de curso na frente e 227 mm atrás, sendo compostas por garfo telescópico e monoamortecimento, respectivamente. Os tipos de suspensão da Lander são os mesmos, porém, o curso da frente é de 220 mm e o de trás, 204 mm. As duas se equivalem nos pneus: ambas contam com rodas raiadas de 21’’ na frente e 18’’, com pneus 80/90 na frente, no caso da Lander, e 90/90 na Tornado e 120/80 na traseira nas ruas.
Para completar a receita off-road, a Lander é apenas 2 mm mais alta em relação ao solo (são 26,8 cm cm contra 27,0 cm) e o assento é um pouco mais baixo: são 87,5 cm de altura, contra 89 cm da Tornado. Neste ponto, a Tornado leva um pouco mais adiante a proposta off-road, já que seu assento é plano entre piloto e garupa, enquanto a Lander propõe mais conforto ao trazer um banco bipartido.
O modelo da Honda leva vantagem nos freios. Os discos são maiores, de 256 mm na frente e 220 mm e ambos contam com recurso ABS. Na Lander, eles medem 245 mm e 203 mm, respectivamente, e apenas o dianteiro dispõe de ABS.
Motorização
Outro quesito em que a Tornado supera a Lander é com relação ao motor. Ambas são impulsionadas por apenas um cilindros, de 293,5 cm³, na Tornado, e 249 cm³, na Lander, arrefecidos a ar. Porém, na Tornado há mais potência: são 24,8 cv a 7.500 rpm e 2,74 kgfm a 5.750 rpm a etanol (a gasolina, são 24,3 cv e 2,7 kgfm). Na Lander, o motor rende 20,9 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgfm a 6.500 rpm a etanol (a gasolina, são 20,7 cv e o torque é o mesmo).
Além de ser mais potente, a moto da Honda ainda traz um câmbio com uma marcha a mais (são seis contra cinco) e a embreagem é assistida e deslizante, enquanto na Lander o sistema é convencional. A vantagem da Yamaha é ser mais leve: são 153 kg de peso em ordem de marcha, contra 143 kg de peso seco, sem combustível, da Honda. Considerando o tanque de 13,8 litros da Tornado, o peso em ordem de marcha dela supera o da Lander (que possui tanque com capacidade para 14 litros).
Preço e pós-venda
O preço da Lander é outro chamariz em relação ao da Tornado, embora a diferença não seja tão grande. O valor disponível no site da Yamaha é de R$ 25.790, já a Tornado parte de R$ 27.690. Nenhum desses preços está acrescido de frete e outras taxas.
Por estes preços, as duas contam com painéis digitais, mas só o da Honda traz indicador de marcha. A Tornado também se destaca pelas luzes de LED no farol, piscas e lanterna, enquanto na Lander apenas farol e lanterna são de LED.
Tanto Honda quanto Yamaha têm um programa de revisões a preço fixo e neste quesito a Lander parece ser mais atraente. A dúvida se dá, porque ainda não há os preços específicos das revisões da Tornado no site da Honda, mas levando em consideração que a sua mecânica (motor e chassi) é compartilhada com a Sahara 300 (com diferenças pontuais entre elas, como a caixa de ar menor da Tornado), o preço total de revisões até os primeiros 24 meses (ou 18 mil km) pode chegar aos R$ 2.900, como é no caso da Sahara.
Enquanto isso, a soma dos serviços dos primeiros dois anos da Lander (até os 15 mil km, no caso dela), não passa de R$ 1.446, de acordo com o site da Yamaha.
Comparando as fichas das duas motos e o que cada uma traz de série, fica nítido que o modelo da Honda compensa a desvantagem de preço e, possivelmente, de manutenção, devido ao seu projeto ser mais moderno em relação ao conjunto de motor e arquitetura para a proposta trail. A Lander precisa ser atualizada para acompanhar a concorrência, embora ainda seja uma boa opção para quem busca uma moto versátil para o dia a dia. Resta saber se, na prática, a Tornado será uma moto gostosa e confortável de guiar, ao que será respondido quando ocorrer seu lançamento oficial.