Jeep Avenger Bio-Hybrid: conhecemos o motor híbrido do novo SUV nacional
Jeep Avenger Bio-Hybrid. Assim devem se chamar as configurações híbridas leves flex do provável novo SUV de entrada da marca da Stellantis no Brasil. Informações sobre sua possível fabricação nacional vêm circulando desde o final do ano passado e, mais recentemente, a KBB noticiou que já há clínicas do modelo com consumidores do País.
De acordo com o Autos Segredos, o Jeep Avenger já vem sendo desenvolvido pelo time brasileiro de engenharia da Stellantis, sob o código de projeto 516. Será lançado em 2025, com direito a ser o primeiro produto fora da marca Fiat montado em Betim (MG). Marcará, ainda, a estreia da plataforma modular global STLA Small (antiga base CMP) naquele complexo.
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Esta última informação parece fortuita, mas tem suma importância para a maior montadora do mercado brasileiro. Ao aplicar a matriz STLA em sua maior fábrica, a Stellantis abrirá um leque de oportunidades para atualizar as gerações de toda a gama compacta da Fiat, a fim de cumprir a meta de ter 80% de sua frota eletrificada até 2030.
Como será o motor híbrido flex do Jeep Avenger
Mas voltemos a falar do Jeep Avenger. A Mobiauto conheceu de perto os dois sistemas híbridos leves que devem compor a gama do futuro SUV de entrada, que será posicionado abaixo do Renegade no portfólio. Estamos falando da tecnologia Bio-Hybrid híbrida leve (MHEV), a mais simples das três apresentadas recentemente pela Stellantis.
Nesse sistema, um motor elétrico único de 3 kW (4 cv) de potência substitui o alternador e o motor de partida. Ele se liga, através de correia dentada, a uma pequena bateria de íons de lítio com menos de 1 kWh de capacidade, localizada abaixo do banco do motorista, e também ao motor a combustão.
Por estar ligado ao alternador, o motor elétrico é pequeno e incapaz de tracionar as rodas, daí o nome “leve”. Apesar disso, ajuda a carregar a bateria de chumbo-ácido que alimenta a arquitetura elétrica do veículo e a transformar a energia elétrica armazenada em energia mecânica, gerando um pequeno torque adicional ao motor térmico.
Desse modo, permite que o veículo gaste menos combustível e emita menos poluentes na chamada fase fria do motor e do catalisador, assim que o automóvel é ligado. Possibilita, ainda, que ele siga funcionando sem perder o embalo, mesmo com o motor desacoplado da transmissão, durante períodos sem aceleração a velocidades de cruzeiro.
É o chamado “modo velejar”, já conhecido em modelos mais recentes da Kia. Por fim, possui um sistema start-stop de geração mais avançada. O sistema Bio-Hybrid MHEV virá aliado ao motor 1.0 GSE T3 turbo flex 12V de três cilindros, com injeção direta de combustível e sistema MultiAir III de variação inteligente das válvulas de admissão e escape.
Antes do Jeep Avenger, o motor T200 Bio-Hybrid fará sua estreia no mercado brasileiro já em 2024, primeiro na nova geração do Peugeot 2008. No fim desse mesmo ano, estará na linha 2025 do Fiat Pulse e, na sequência, em seu irmão cupê Fastback.
Outros produtos já dotados ou que ainda receberão a motorização Turbo 200, como Peugeot 208, Fiat Strada e os novos Citroën C3 Aircross e C3 X, e até mesmo a segunda geração do Fiat Argo, também devem ser contemplados com a tecnologia nos próximos anos.
Há, ainda, a chance de o Jeep Avenger ser equipado com a motorização T270 Bio-Hybrid e-DCT, um híbrido pleno (HEV) com motor elétrico de até 22 cv acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem. Aqui, a bateria é mais robusta, entre 1 e 2 kWh, posicionada no túnel central. As fiações têm até 48 Volts. O motor térmico é o 1.3 GSE T4, turbo flex de quatro cilindros que rende até 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque.
Jornalista Automotivo