O incrível Toyota Corolla Cross com motor turbo movido a hidrogênio

Protótipo do SUV com motor 1.6 turbo do GR Corolla alimentado por gás H2 está em testes no Japão e quer ser uma alternativa ao carro elétrico
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21.03.2023 às 12:36 • Atualizado em 29.05.2024
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Protótipo do SUV com motor 1.6 turbo do GR Corolla alimentado por gás H2 está em testes no Japão e quer ser uma alternativa ao carro elétrico

A Toyota sempre desconfiou da popularização de veículos elétricos com grandes bancos de bateria, conhecidos como BEVs. E é por isso que temos a existência de uma surpreendente variante do SUV Corolla Cross com motor turbo a combustão movido a hidrogênio.

A fabricante japonesa só deu o braço a torcer para carros elétricos com banco de bateria no final da década passada, e ainda assim de modo comedido e com muitas reticências (diferentemente de VW e GM, que mergulharam de cabeça no conceito). 

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Protótipo do SUV com motor 1.6 turbo do GR Corolla alimentado por gás H2 está em testes no Japão e quer ser uma alternativa ao carro elétrico

Para a Toyota, veículos BEV só serão viáveis de verdade com baterias de estado sólido. Ainda assim, para evitar a ofensiva da Tesla em mercados como China e EUA, a montadora nipônica lançou recentemente seus primeiros elétricos a bateria, o sedan bZ3, focado ao mercado chinês, e o SUV bZ4x, este oferecido aos americanos.

É por isso que, ainda hoje, executivos do alto escalão da marca japonesa continuam apostando no hidrogênio como opção mais viável para o futuro. E não, não estamos falando de veículos FCEV, com célula de combustível, como o Mirai, que já se mostrou um fracasso de vendas e muito dificilmente será continuado.

Desde o fim do ano passado, a fabricante estuda formas de usar o hidrogênio como combustível em motores a combustão convencionais, da mesma forma que a Stellantis resolveu apostar suas fichas em um motor turbo de alta eficiência movido apenas a etanol.

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"Queremos que o hidrogênio continue sendo uma opção viável. Precisamos de uma cadeia de abastecimento de produção e transporte. A menos que vejamos evolução ali, não podemos esperar um aumento de volume no uso da energia”.

A análise é de Koji Sato, novo CEO global da companhia.

"Estamos fazendo esforços de pleno direito em tudo. É importante permanecer flexível, a fim de adaptar produtos e energias a diferentes necessidades neutras em carbono em diferentes mercados", conclui.

Protótipo do SUV com motor 1.6 turbo do GR Corolla alimentado por gás H2 está em testes no Japão e quer ser uma alternativa ao carro elétrico

Como funciona o Corolla Cross H2 Concept

É aí que entra o Corolla Cross H2 Concept turbo a hidrogênio. Revelado como conceito no fim do ano passado, ele utiliza o mesmo propulsor 1.6 turbo de três cilindros que equipa os hatches esportivos GR Yaris e GR Corolla. Porém, adaptado para receber hidrogênio no processo de combustão em vez de gasolina.

A Toyota não revela dados oficiais de potência e torque do conceito, mas avisa que o Corolla Cross H2 Concept – H2 é uma referência à fórmula química do hidrogênio – mantém o espaço para cinco passageiros mais porta-malas. 

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Por razões óbvias, o enorme cilindro de armazenagem de hidrogênio de alta pressão, localizado sob o banco traseiro, rouba mais espaço do bagageiro do que um tanque de combustível comum.

Como seria de se esperar, ele vem herdado do próprio Mirai. A grande vantagem é que o hidrogênio não gera poluentes como um combustível fóssil e não demanda a extração de metais raros como lítio, níquel ou manganês. Além disso, o reabastecimento ocorre em cerca de 1 minuto e meio, como qualquer carro a combustão.

Por outro lado, postos de reabastecimento com hidrogênio de alta pressão demandam investimentos altíssimos, ainda inviáveis economicamente para uso em larga escala. Pensando nisso, o Corolla H2 Concept pode ser abastecido com hidrogênio a gás, e não líquido, o que facilita um bocado o processo.

O Toyota Corolla Cross H2 1.6 turbo movido a hidrogênio se encontra em fase de testes e desenvolvimento no Japão, e precisaremos esperar mais algum tempo (provavelmente alguns anos) para descobrir se a tecnologia será viável no mundo real. 

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