Por que o Fiat Mobi vende mais que o Renault Kwid?
Ao se analisar o ranking dos veículos de passeio mais vendidos de maio nota-se algo curioso, o Fiat Mobi vendeu mais do que o dobro em relação ao Renault Kwid. Foram 6.148 emplacamentos para o compacto italiano contra 2.797 do francês. Sem muitas diferenças mecânicas e com preços semelhantes, qual é o motivo da disparidade?
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Apesar de não tão abrupta quanto em maio, a diferença de vendas entre os dois carros mais baratos do Brasil vem de algum tempo. Em março e abril foram 4.658 e 5.420 unidades do Mobi emplacadas contra 3.992 e 5.185 do Kwid, respetivamente. O hatch da Fiat é o 6º veículo mais vendido do ano, já o francês se encontra na 12ª posição. Mas afinal, existe motivo para tal disparidade?
Preços e descontos
A discrepância de vendas entre os dois modelos no mês de maio se deve principalmente a um fator, o preço. Enquanto o Mobi ganhou desconto, o Kwid ficou mais caro e deu o posto de carro mais barato do país ao hatch da Fiat. Essas mudanças certamente fizeram muita diferença, principalmente em um segmento em que as diferenças de valor têm um peso ainda maior, o dos veículos de entrada.
Como noticiado pela Mobiauto, o compacto francês ficou R$ 1.000 mais caro em sua versão mais barata, a Zen, que agora sai a R$ 73.640. A essa altura o Mobi já detinha o posto de veículo mais em conta do Brasil com sua versão Like, mas ainda por cima ganhou um desconto de R$ 7.100, o qual deixou seu valor em $ 65.890, como a Mobiauto também informou.
Consumo
Além do preço de compra, o consumo de combustível dos dois carros também é um fator de compra, mas que deveria pesar em favor do Kwid. Enquanto o Renault Kwid roda na cidade com 15,3/10,8 km/l (G/E) e com 15,7/ 11 km/l (G/E) na estrada, o hatch italiano conta com números mais em conta para o bolso do condutor. O Mobi consome 13,7/9,7 km/l (G/E) na cidade e 15,3/10,7 km/l (G/E) na estrada.
Kwid ganha em custos de manutenção
Pode-se dizer então que os custos de manutenção não foram decisivos na hora de escolher entre Mobi e Kwid, pois aqui a vitória é do francês. A Mobiauto realizou estudos, que apesar de serem datados de 2022, são capazes de elucidar a questão.
O hatch da Renault com 60.000 km rodados tinha preço de revisão de R$ 821,60, já para o da Fiat, com a mesma quilometragem, eram necessários R$ 1.844. Na cesta de peças é a mesma história, R$ 4.193 do Kwid contra 6.946,47 do Mobi à época.
O italiano se igualava ao seu rival em apenas um quesito, a cotação de seguro. Pois enquanto este tinha preço médio das apólices de R$ 4.109,01 e valor médio de franquia de R$ 3.858,63, os números do carro francês eram de R$ 4.172,07 e R$ 3.792,37.