Renault Logan usado é confiável e espaçoso a partir de R$ 17 mil
Embora sejam comuns hoje em dia, sedans compactos com maior espaço interno e preço competitivo eram raros no início do século XXI, sendo o Renault Logan o precursor desse segmento que depois se popularizou no Brasil anos mais tarde. Lançado no final de 2007 no mercado nacional, ele chegou para incomodar na época modelos como Chevrolet Classic e Fiat Siena.
Agora estamos em 2024 e o Renault Logan já tem seus 17 anos nas costas, um modelo já bastante rodado no mercado de usados, é verdade, mas que tem seu valor por contar com um ótimo espaço interno e a famosa robustez dos modelos de projeto Dacia da marca francesa por aqui. Suas dimensões eram interessantes, com 4,24 m de comprimento e 1,74 m de largura, mas é no entre-eixos de 2,63 m que o Logan se garante e oferece seu enorme espaço interno digno de sala de estar.
É possível até encontrá-lo na faixa dos R$ 17.000, preço de tabela Fipe das versões mais simples com motor 1.0 em sua primeira fase. Por falar em motorização, nos primeiros anos o Renault Logan era vendido nas versões, Authentique, Expression e Privilege, sendo as duas primeiras com opção de motor 1.0 e 1.6 e a última apenas com o propulsor de maior litragem. Seja qual era a configuração, o câmbio era sempre manual de cinco marchas.
O Renault Logan é uma boa opção para quem está procurando um carro espaçoso e com porta-malas de grande capacidade, tanto que pode acomodar nada menos do que 510 litros – uma referência até hoje. As versões com preço de no máximo R$ 20 mil são apenas a com o motor menor, o 1.0 16V aspirado flex de até 77 cv a 5.850 rpm e 10,1 kgfm de torque a 4.350 rpm, que inevitavelmente acaba sentindo os mais de 1.000 kg de peso do sedan.
Já as variantes com motor 1.6 dos primeiros anos (2007 a 2008) podem ser encontradas em anúncios da internet com preço pouco acima dos R$ 20 mil. Por falar no motor maior, ele é também quatro cilindros, mas 1.6 8V também flex e que entrega um pouco mais de força: tem no máximo 95 cv a 5.250 rpm e 14,1 kgfm a 2.850 rpm de torque.
Entre os principais itens de série, as variantes intermediárias contam com banco do motorista com regulagem de altura, ar quente, desembaçador do vidro traseiro, luz no porta-malas e porta-trecos no console central traseiro, mas é tranquilo de achar unidades já com ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos – esses últimos já requisitados no chamado “kit dignidade”. O mais curioso é que fica evidente sua origem humilde, pois algumas unidades nem tinha ajuste interno do retrovisor manual e, no caso das versões com vidros elétricos, eles ficavam alocados no painel.
No caso do Logan, vale a pena escalar para buscar a versão Privilege com motorização 1.6, que já aparece com uma lista de itens de série mais interessante, contando com airbag duplo, computador de bordo, rádio e também ar-condicionado – neste caso de série. Nas variantes mais simples com propulsor 1.0 esse item era opcional no início.
O Renault Logan passou por um leve facelift em 2010, quando ganhou uma grade nova com elementos cromados e perdurou até 2013. Foi neste mesmo ano que a marca francesa apresentava a segunda geração, que é comercializada até os dias atuais em duas versões: Logan Life (R$ 97.070) e Logan Zen (R$ 100.500), ambas com motorização 1.0 três cilindros de até 82 cv.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.