Tiger 1200 x R 1300 GS x Africa Twin: Qual é a melhor por menos de R$ 100 mil?

Comparamos as versões mais acessíveis das principais big trail do mercado
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28.03.2024 às 14:20 • Atualizado em 12.11.2024
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Comparamos as versões mais acessíveis das principais big trail do mercado

O segmento de big trail foi agitado neste mês de março com os lançamentos oficiais de duas das principais motos da categoria: a Triumph Tiger 1200 e a BMW R 1300 GS. Enquanto a primeira trouxe apenas modificações pontuais para a linha 2024, a alemã chegou completamente renovada nesta geração. Entre elas, ainda há a Honda CRF 1100L Africa Twin, cuja última atualização aconteceu ainda no final de 2023.

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As motos big trail representam apenas 1,6% do mercado atualmente, mas considerando que elas ficam atrás apenas das categorias compostas por motos mais baratas (como as scooter, street e trail de baixa cilindrada), o desempenho delas não deixa de ser notável. Especialmente, o da BMW R 1250 GS (que agora é R 1300 GS), a líder, que foi emplacada 5.527 vezes ano passado. A segunda colocação, contando somente os modelos acima de 1.000 cm³, foi da Honda Africa Twin, com 1.257 unidades vendidas, enquanto a Triumph Tiger 1200 aparece logo atrás, com 723 unidades.

 

Agora que as três big trail mais vendidas estão em suas condições mais recentes, chegou a hora de vermos qual delas oferece o melhor pacote de motorização e equipamentos em suas versões beirando os R$ 100 mil. No caso da Triumph, há duas versões abaixo deste patamar: a inédita e exclusiva para o Brasil Black Edition, por R$ 88.990, e a GT Pro, por R$ 93.990. A Africa Twin parte de R$ 81.100, na opção com câmbio manual, e vai a R$ 88.100, com o câmbio automatizado de dupla embreagem (DCT). Já a versão mais acessível da BMW R 1300 GS custa R$ 99.900.

Motorização

 

A mais potente das três motos é a Tiger 1200. Ela é equipada com motor 1.160 cm³ de três cilindros, capaz de gerar 150 cv a 9.000 rpm e 13,2 kgfm a 7.000 rpm. Ele trabalha com câmbio de seis marchas com opção de trocas por quickshifter, ou seja, sem a necessidade de acionar a embreagem, que também é assistida e deslizante. A R 1300 GS também traz este tipo de embreagem com essa comodidade, mas o motor bicilíndrico de 1.300 cm³ tem cinco cv a menos de potência: são 145 cv a 7.750 rpm e 15,2 kgfm a 6.500 rpm.

A Honda Africa Twin é a única que dispõe da opção do câmbio DCT (ou seja, nem as marchas você precisaria trocar, a não que escolhesse isso por meio de botões no guidão), mas não há quickshifter na opção manual de 6 marchas (apenas a embreagem assistida e deslizante, tal qual as outras duas). Porém ela é a menos potente. O motor 1.084 cm³ de dois cilindros paralelos gera 99,3 cv a 7.500 rpm e 10,5 kgfm a 6.000 rpm.

 

Apesar de ser mais potente do que as rivais, a Tiger 1200 também é a mais pesada, com 246 kg. A diferença não é tão grande em relação à R 1300 GS, que pesa 237 kg, mas ambas são significativamente mais pesadas os 206 kg da Africa Twin (quando equipada com câmbio manual, no caso da DCT o peso sobe para 216 kg).

Características

 

A versão mais barata da Tiger, a Black Edition, é baseada na configuração Rally, portanto, ela vem com rodas raiadas de 21’’ na frente e 18’’ atrás e curso 22 cm nas duas suspensões. No caso da GT Pro, as rodas são de liga leve de 19’’ e 18’’, respectivamente, e as suspensões têm curso de 20 cm. A R 1300 GS de entrada também vem com rodas de liga leve, de 19’’ na frente e 17’’ atrás e suspensões de 19 cm de curso na dianteira e 20 cm na traseira. A Africa Twin é a mais generosa em curso de suspensão nessa faixa de preço: são 23 cm na frente e 22 cm atrás. A Honda também tem a maior roda dianteira, raiada, com 21’’ e 18’’ na traseira. Todas elas contam com suspensão de garfo invertido na frente e monoamortecidas atrás.

A altura do assento das três é bastante próxima. Tiger 1200 e Africa Twin têm de 85 cm a 87 cm de altura, quando na R 1300 GS são de 82 cm a 85 cm. No caso da versão Black Edition da Tiger, a altura varia de 87,5 cm a 89,5 cm.

 

Uma desvantagem da moto da Honda sobre as alturas é com relação ao freio dianteiro. Enquanto a japonesa traz apenas um disco ali, de 310 mm de diâmetro, BMW e Triumph equipam as suas com disco duplo (310 mm na alemã e 320 mm na britânica). Atrás, as três trazem disco simples de 256 mm (Honda), 285 mm (BMW) e 282 mm (Triumph), todas com ABS na frente e atrás.

A Africa Twin é a que traz o menor tanque de combustível, mas não por uma diferença muito grande. São 18,8 litros de capacidade, contra 19 litros na R 1300 GS e 20 litros na Tiger 1200.

Equipamentos

 

A lista de equipamentos das três é extensa, mesmo em duas versões abaixo de R$ 100 mil. Além de tudo o que já citamos, a Triumph Tiger 1200 na versão Black Edition conta com: cavalete central, controle de tração, ajuste eletrônico de altura da suspensão, piloto automático, assistente de partida em rampa, seis modos de pilotagem, chave presencial, iluminação toda em LED, painel digital de 7’’ e suportes para top box e baús laterais. A única diferença entre a Black Edition e a GT Pro são as manoplas aquecidas, que vêm de série na versão de R$ 93.990.

A R 1300 GS também vem com aquecedor de manoplas por R$ 99.900, além de: cavalete central, ajuste eletrônico de altura da suspensão, controle de tração, assistente de partida, conector USB, piloto automático, farol de LED Matrix, monitor de pressão dos pneus, painel digital, protetores de mão, quatro modos de pilotagem e chave presencial.

 

Já a Africa Twin conta de série com farol e lanterna de LED, controle de tração, painel digital, anti-wheelie, GPS e cinco modos de condução.

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