Toyota Corolla Brad Pitt: ainda vale comprar depois de 20 anos?
Será que vale a pena comprar um carro com 20 anos de uso? E se este carro for o Toyota Corolla de nona geração, mais conhecido como Corolla Brad Pitt? A fama que o precede é alentadora, mas a gente te conta mais detalhes abaixo.
Não parece, mas o Toyota Corolla da nona geração (a 2ª oferecida por aqui) já completou 21 anos no Brasil. O sedan médio, que atualmente é líder em um segmento que tem cada vez menos concorrentes, foi lançado em 2002 em terras tupiniquins e sem dúvidas é um dos mais icônicos da história.
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O famoso Corolla estreou há duas décadas num comercial com o astro de cinema Brad Pitt, fato tão marcante que até os dias de hoje essa geração é lembrada como “Corolla Brad”. Vale lembrar que essa geração durou bastante no mercado nacional, sendo vendida entre 2002 e 2008, permanecendo a venda por seis anos.
Lançado em junho de 2002, vale lembrar que o Corolla Brad Pitt foi apresentado como modelo 2003 naqueles tempos, ou seja, é um modelo com duas décadas de presença em nosso mercado.
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Visual
Visualmente, o sedan médio trouxe um desenho muito mais ousado comparado à geração anterior, já que trazia uma carroceria mais encorpada com perfil mais esguio. Os faróis cresciam junto da grade, dando um aspecto de estilo bem mais moderno do que o modelo antigo, enquanto na traseira a tampa do porta-malas ficava mais alta e ganhava lanternas mais ovaladas.
Por dentro, o desenho era mais conservador, mesmo assim era um salto considerável em relação ao Corolla de oitava geração. O painel passava a contar com linhas horizontais, incluindo um acabamento com a parte de cima mais escura, enquanto abaixo era mais clara. O quadro de instrumentos analógico trazia melhor visualização e iluminação branco com âmbar.
É importante dizer ainda que a nona geração do Corolla se mantém com bom porte até para os padrões atuais, pois ele mede 4,56 m de comprimento (um belo salto de 17 centímetros) e tem bons 2,60 m de entre-eixos – medida pouco abaixo de um VW T-Cross, por exemplo, que tem 2,65 m. Era uma diferença considerável do Corolla antigo, que tinha 2,46 m de entre-eixos. O porta-malas tem bons 437 litros, capacidade que atende muito bem famílias até hoje.
Motores
Como de costume na época, e algo mantido até hoje na Toyota, o Corolla Brad era equipado com motores aspirados. Nas versões mais básicas XLI, o sedan japonês vinha com o motor 1.6 16V de 110 cv a 6.000 rpm e 15,0 kgfm de torque a 4.400 rpm, podendo trabalhar com câmbio manual de cinco ou automático de quatro marchas.
Já as configurações intermediárias e topo de gama, as mais procuradas até hoje, traziam debaixo do capô um motor 1.8 16V com maior força, rendendo aí seus 136 cv a 6.000 rpm e 17,5 kgfm de torque. Boa parte saiu com transmissão automática de quatro posições, mas a marca chegou a oferecer o propulsor combinado com câmbio manual.
Equipamentos
Quem optar por comprar um Corolla, sobretudo nas versões SE-G e XEi, que eram as mais completas nas duas fases do sedan médio, vai ter um carro alinhado ao que o mercado hoje cita popularmente como “kit dignidade”.
Ou seja, ar-condicionado, direção com assistência, vidros e travas elétricas vêm de série, com o sedan também somando itens como vidros com ajustes elétricos, ar-condicionado digital, piloto automático, airbag duplo, travamento automático das portas a 20km/h e até mesmo rádio CD player come disqueteira (mais jovens, pesquisem).
Preços
Como todo carro usado e com bons anos nas costas, o valor encontrado por um Corolla Brad Pitt vai variar razoavelmente, ainda mais com um modelo comercializado por seis anos e que teve um facelift nesse período.
Os preços mais baratos para um arrematar um sedan desses ficam na faixa dos R$ 23.000 a R$ 30.000, enquanto os mais caros são os mais novos, esses encontrados até por R$ 50.000.
O que vale dizer sempre é que, antes de comprar o Corolla que esteja procurando, puxe o histórico e vá ver o carro com seu mecânico de confiança, afinal, estamos falando de um carro de 20 anos. Por outro lado, é uma das gerações mais aclamadas do Corolla e considerada como um “tanque de guerra”, só reparar em quantas unidades vemos ainda rodando por aí.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.