Como a Fiat do Brasil inverteu o jogo e dita o ritmo na Europa

Filial brasileira conseguiu redefinir o fluxo e até servir de inspiração para outros modelos no velho continente
Vinicius Moreira
Por
09.12.2024 às 14:50 • Atualizado em 10.12.2024
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Filial brasileira conseguiu redefinir o fluxo e até servir de inspiração para outros modelos no velho continente

Já tentou convencer algum chefe de que o seu projeto é melhor? Então, a tarefa nada simples foi atingida pela filial brasileira da Fiat, ao mostrar para a matriz na Itália que é capaz não só de desenvolver seus próprios carros para o mercado nacional como também exportar e servir de inspiração para a criação de novos modelos.

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Para quem ainda tem alguma dúvida, geralmente a filial tem pouca autonomia para criar modelos próprios e precisa sempre de alguma aprovação da matriz para dar andamento a algum plano mais elaborado. Tudo normal, mas a capacidade produtiva e de desenvolvimento da fábrica da Fiat em Betim (MG) foi determinante para convencer a matriz e ser protagonista no novo conceito da marca italiana de lançar carros globais.

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Em vez de fazer carros específicos para cada região onde atua, a Fiat decidiu criar modelos globais, ou seja, que serão vendidos por onde a montadora italiana tiver operação. A ideia é ter uma plataforma única, compatível para vários tipos de carroceria, assim como elétricos, híbridos e a combustão. Tudo para baratear os custos.

Em fevereiro deste ano, os carros-conceito foram apresentados. O primeiro é o City Car, apresentado no meio de 2024 como novo Fiat Grande Panda. No Brasil, o hatch com pegada de SUV é esperado, mas para substituir de uma vez só os modelos Argo e Mobi.

O Grande Panda tem a mesma pegada do Citroën C3 vendido no Brasil, e não por acaso, os dois compartilham a mesma plataforma CMP – atualmente chamada de Smart Car – que teve origem na antiga PSA Peugeot e Citroën antes da fusão com a FCA para a formação da Stellantis.

Mas, até esse momento, a matriz continua dando as cartas. É agora que a Fiat brasileira começa mostrar que tem uma “mão forte” para jogar.

O conceito acima, batizado de Pick-up, é inspirado no veículo mais vendido nos últimos três anos no Brasil entre os automóveis e comerciais leves: a Fiat Strada. A própria Fiat já citou que o objetivo é comercializar o modelo para a Europa.

Ainda tem o conceito Fastback. Qualquer semelhança não é mera coincidência, o Fiat Fastback é outra inspiração para criação de um novo SUV.

Além desses, a Fiat mostrou outros dois conceitos: um SUV baseado no Grande Panda, mas com medidas maiores, e o Camper, um modelo mais funcional, com design de SUV, mas com perfil aventureiro.

O pioneirismo da Fiat brasileira já é de conhecimento nacional há tempos. O último projeto inovador da marca foi a estreia da tecnologia híbrida leve flex nos modelos Pulse e Fastback, os primeiros carros fabricados no país com esse auxílio ao motor a combustão.

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