“Completar o óleo” no posto pode ser a sentença de morte do seu motor

Por Fernando Vasconcellos

Verificar regularmente o nível do óleo é um dos procedimentos mais importantes que o motorista deve ter como hábito para manter a vida útil do motor do carro. No entanto, muita gente acaba deixando para conferir as condições do lubrificante apenas quando para em um posto de combustível para abastecer o veículo.

É comum, durante o abastecimento, o frentista perguntar ao dono do carro se pode verificar o nível do óleo. Em muitos casos, o motorista aceita e depois autoriza o funcionário a prestar o interesse por trás da gentileza: completar o lubrificante do motor.

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No entanto, essa prática, se feita incorretamente, pode provocar danos ao veículo e elevado prejuízo financeiro ao bolso do seu proprietário, pois nem sempre os frentistas e os postos de abastecimento possuem capacitação e estrutura adequadas para a execução desse procedimento.

Óleo em excesso pode sobrecarregar o motor

É normal, ao conferir a vareta do motor logo após desligá-lo, observar que o nível do óleo está abaixo da marcação ideal. Isso ocorre porque o propulsor ainda está quente e o lubrificante não escorreu totalmente para o seu reservatório, conhecido como cárter. 

O resultado disso é que tanto o frentista quanto o dono do veículo acabam se confundindo e acreditando que é necessário adicionar mais lubrificante, quando na verdade isso não seria necessário.

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Colocar mais óleo do que o recomendado sobrecarrega o motor, que vai ter de fazer mais esforço para funcionar. Dessa forma, ele consumirá mais combustível e terá a sua eficiência comprometida.

Em casos extremos, o excesso de óleo pode levar à quebra de componentes, acarretando vazamentos que podem derreter peças do motor e provocar danos cujo reparo vai pesar, e muito, no bolso do dono do veículo.

Como verificar o nível do óleo do motor

Para evitar esse tipo de problema, verifique o nível do óleo sempre com o motor frio e desligado. O veículo tem de estar em local plano para evitar que o lubrificante fique acumulado em um único lado do cárter. 

Se o motor ainda estiver quente, aguarde cerca de dez minutos após desligá-lo para conferir o nível indicado na vareta.

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Respeite os prazos de troca do óleo

Além de verificar periodicamente (uma vez por semana) o nível do óleo, é importante saber a hora certa de trocá-lo. Alguns fabricantes recomendam a substituição a cada 5.000 quilômetros, enquanto outros indicam a cada 10.000 km.

Nos veículos usados em condições severas, como congestionamentos frequentes e estradas de terra, a troca pode ser antecipada. O importante é não ultrapassar a quilometragem correta ou o prazo de seis meses, independentemente do quanto o carro rodou nesse período.

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Lembre-se também de substituir o filtro a cada troca de óleo. Dessa forma, as impurezas que ficam retidas no componente não contaminarão o lubrificante novo.

Atente-se ao nível mostrado na vareta

Em alguns casos é necessário completar o nível do óleo, mesmo em motores em boas condições e que respeitam as recomendações de manutenção do fabricante do veículo. Não é incomum um motor, novo ou velho, consumir um pouco de óleo antes do prazo de troca.

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Para saber se o nível do lubrificante está abaixo do ideal, basta conferir se a vareta mostra essa indicação abaixo de sua marcação mínima. Se isso ocorrer, é sinal que o veículo deve ser levado a uma oficina de confiança para se certificar de que não há vazamentos ou algum outro problema no motor.

Se o nível estiver entre as marcações máxima e mínima, é sinal de que o motor ainda tem óleo suficiente para funcionar corretamente.

Não misture óleos com especificações diferentes

É importante lembrar que o lubrificante tem de seguir a especificação indicada pelo fabricante do veículo. Misturar óleos de diferentes composições (mineral ou sintético) e viscosidades também pode comprometer a eficiência e, até mesmo, danificar o motor.

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Combustível de má qualidade pode deteriorar o óleo do motor

O dono do veículo também deve ficar atento à qualidade do combustível. Etanol, diesel ou gasolina adulterados podem contaminar o óleo com substâncias nocivas e solventes, que degradam o lubrificante e, consequentemente, reduzem a vida útil de componentes do motor.

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