Renault Logan (2ª geração): os principais problemas, segundo os donos
O Renault Logan de segunda geração foi lançado no Brasil em 2014 (como linha 2015) com visual atualizado e mais equipado, mas ainda fabricado sobre a antiga plataforma B0 da geração anterior. Apesar da renovação, o sedan manteve a proposta de carro espaçoso e barato para competir contra o Chevrolet Prisma, Fiat Grand Siena, Ford Fiesta Sedan, Hyundai HB20 e Volkswagen Voyage.
O Logan foi comercializado no mercado nacional até a primeira metade de 2023, após a Renault anunciar que a produção seria descontinuada em São José dos Pinhais (PR) para dar início à nova estratégia focada em modelos mais rentáveis, como SUVs – entretanto, o Logan segue disponível no configurador de veículos do site da Renault por haver unidades do sedan nos estoques de concessionárias.
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O Renault Logan sempre foi conhecido pelo espaço interno generoso. Embora tenha dimensões externas de sedan compacto (4,35 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,57 m de altura), o modelo aproveita bem o entre-eixos de 2,63 metros para acomodar os ocupantes com relativo conforto. O porta-malas, por sua vez, tem bons 510 litros de capacidade.
A robustez mecânica é outro atributo lembrado pelos donos do Renault Logan, que elogiam a confiabilidade dos motores de quatro cilindros 1.0 de 80 cv e 1.6 de 106 cv, principalmente quando o sedan é utilizado por motoristas por aplicativo e taxistas.
Principais problemas do Renault Logan
Defeitos no câmbio automatizado Easy-R
O Renault Logan equipado com o motor 1.6 chegou a ser vendido com o câmbio automatizado Easy-R, oferecido como opcional. O sedan equipado com essa transmissão não vendeu muitas unidades, mas ainda gera reclamações por parte dos proprietários, que se queixam de trancos e mau funcionamento do sistema.
“Sou proprietário de um Logan Exclusive Easy-R adquirido 0Km em 2015. Todas as revisões realizadas na rede de Concessionárias Credenciadas. Hoje o carro está com apenas 72.000 Km e passou a apresentar problemas, possivelmente no câmbio automatizado. Segundo uma das Concessionárias seria um problema no módulo atuador da embreagem que ficaria em torno de R$ 15.000,00 para manutenção, entretanto a Concessionária reiniciou o sistema e o veículo ficou alguns meses sem apresentar problemas”, relata o cliente Márcio, de Brasília (DF), no site Reclame Aqui.
Relatos: caso 1, caso 2, caso 3
Mancal do motor 1.0 de três cilindros
Em 2019, o Logan passou por uma reestilização, sendo atualizado com faróis com luzes diurnas em LED, nova grade e para-choque redesenhado. O interior recebeu discretas melhorias no acabamento e uma central multimídia atualizada. Todas as versões do sedan passaram a ser equipadas de série com airbags laterais, enquanto as variantes com motor 1.6 ganharam controles de estabilidade e tração.
Os motores de quatro cilindros foram substituídos por propulsores mais modernos da família SCe. O novo 1.0 de três cilindros passava a entregar 82 cv (2 cv a mais que o antecessor), prometendo consumo de combustível bem inferior.
O novo 1.6 de quatro cilindros contava com cabeçote de 16 válvulas ante o de apenas 8 válvulas anterior. A potência foi elevada para 118 cv.
Mas as reclamações mais recorrentes são por problemas no 1.0. Donos do sedan relatam no Reclame Aqui defeitos no mancal do comando de válvulas: “Tenho um Logan 1.0 3 cilindros 12v 2019/20. Tem um barulho no motor (sic), foi constatado folga no mancal do comando de válvulas. Já procurei no Brasil todo e não encontrei. Parece que a única solução é comprar um cabeçote novo. Isso é simplesmente uma aberração. Um carro relativamente novo não uma peça de reposição. Absurdo total. Espero uma solução Renault para que não precise entrar com processo judicial”, conta o consumidor Joenilton, de São Paulo (SP).