Dez carros que, se quebram, quebram junto o bolso do dono

Peças desses carros são tão caras que deixam os proprietários na dúvida sobre arrumar ou vender de vez o carro para pagar a conta
Camila Torres
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17.03.2022 às 20:52 • Atualizado em 29.05.2024
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Peças desses carros são tão caras que deixam os proprietários na dúvida sobre arrumar ou vender de vez o carro para pagar a conta

Antes de qualquer coisa é preciso esclarecer que essa lista não trata de carros ruins. Pelo contrário, são modelos divertidos, que pertencem a marcas renomadas e você sorriria facilmente para alguns deles. Mas infelizmente todos têm um defeito em comum: são capazes de levar o dono a falência - e não estamos falando do momento da compra. 

Nenhum dos modelos listados é um carro popular ou relativamente barato. O que já pressupõe que as peças, mão de obra, manutenção e seguro devem ser compatível com as suas pedidas. No entanto, lendo caso a caso, é possível perceber que as marcas podem ter pesado demais a mão na hora de precificar alguns componentes. 

“Mas se o carro não der nenhum problema, não terá nenhum prejuízo”, consideram os mais otimistas. Claro que um ou outro dá para tentar a sorte, mas não se assuste se eles deixarem a sua conta desfalcada. 

Se os algoritmos fizeram essa matéria chegar até você, há uma grande possibilidade de que esteja procurando um desses modelos. Veja só se não é o destino te dando uma segunda chance ou, então, a oportunidade de rir um pouco da desgraça alheia.

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Seja você quem for, saiba que é bem-vindo para rir ou chorar conosco. Inclusive, se esquecemos algum modelo que merece estar nessa lista, por favor, nos avise. Detestamos injustiças.


10 carros se quebrarem vai custar muito, muito caro


1. Jeep Grand Cherokee

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O Jeep Grand Cherokee é simplesmente o melhor carro para abrir essa lista (ou o pior, depende do ponto de vista). 

Nós temos um bom caso para exemplificar o seu problema. A história já é conhecida e ganhou grande repercussão após o empresário Anael Fahel compartilhar um vídeo contando o prejuízo estratosférico que teve com seu Cherokee 2018, com apenas 34 mil km rodados. 

Imagine estar viajando tranquilamente com seu SUV até que ele simplesmente apaga. Sem sinal de vida, o carro é levado para a concessionária. Lá, os profissionais descobrem que a falha foi causada por uma avaria na bomba injetora e semanas depois o orçamento chega... 

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Você já lê receoso o formulário pois sabe que problemas com o carro sempre custam caro, mas se depara com o seguinte número: R$ 223.631,66. O primeiro pensamento é “deve ter algum engano”, porém a concessionária confirma o valor.

Claro que um problema de suspensão não é dos mais simples, e realmente a manutenção é custosa – principalmente quando se trata de um veículo robusto. Mas precisava de tudo isso?

Um amortecedor custa na faixa de R$ 3.000, uma barra estabilizadora custa mais de R$ 10.000, o conjunto de faróis mais de R$ 50.000, segundo orçamentos de alguns proprietários.

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2. Mitsubishi Pajero Sport

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O Mitsubishi Pajero Sport aguenta bastante o tranco (ainda bem!). Mas se ele quebrar quem não aguenta é o dono.

Para comprar, o interessado vai desembolsar R$ 400.000 na versão de topo, por exemplo. Mas depois de anos de uso e fazendo as manutenções para mantê-lo em pé, é necessário trocar algumas peças. Nessa hora bate o desespero, afinal, cada farol custa R$ 8.500, se for necessária a substituição. 

Além disso, as peças parecem ser ainda mais caras para os modelos que saíram de linha. Um coxim de um Pajero Sport 2015 sai na faixa de R$ 3.500, enquanto o do novo Pajero Sport sai por menos de R$ 500,00, de acordo com a concessionária. 


3. VW Amarok

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Comprar uma VW Amarok é como fazer uma aposta em um jogo de sorte ou azar, pode não dar em nada ou você pode arrumar uma bela conta para pagar. Os mais conservadores vão de Toyota Hilux ou Ford Ranger, enquanto os mais ousados, que querem algo mais esportivo, escolhem a Amarok. 

Sem dúvidas a picape da VW tem uma performance elogiável, além de ser robusta e visualmente agradável. Apesar de ela não ter cara de que pode dar um grande prejuízo para o dono, não falta potencial nesse quesito. 

Quando listamos os principais problemas da VW Amarok segundo os donos, aproveitamos para levantar os valores de algumas peças da picape. Sente-se antes de começar a ler:

Uma cesta de peças composta por farol do lado direito, retrovisor externo direito, para-choque dianteiro, lanterna traseira direita, filtro de ar-condicionado (elemento), filtro de ar do motor, jogo de quatro amortecedores, pastilhas de freio dianteiras, filtro de óleo do motor e filtro de combustível fica no valor de R$ 23.948,92 (tabela 2021).

Por isso é melhor tomar cuidado redobrado no trânsito e na hora de estacionar, pois só a franquia do seguro da Amarok é R$ 30.000, já a apólice ficou em R$ 7.427,02. Você pode conferir todos os detalhes aqui

Depois desse orçamento, melhor ir para o próximo modelo...

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4. Hyundai Santa Fe

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Só quem já comprou esse SUV ou conheceu algum dono sabe por que o nome combina tanto com ele. Afinal, é preciso visitar a oficina duas ou três vezes em um período curto e gastar pequenas fortunas para entender como é preciso de “fé” para resolver todos os problemas. 

O empresário Guilherme Braga que o diga. Há dois anos ele comprou um Santa Fe 2008 blindado, com o objetivo de deixá-lo como um segundo carro para levar as crianças à escola e viajar. 

De lá para cá, já foram três visitas ao mecânico. Tudo começou com um superaquecimento do motor. Para resolver esse problema, foi necessário desembolsar R$ 5.800. 

Pouco depois veio o segundo prejuízo: “O carro pulava muito. Um dia estava com o carro cheio e peguei um desnível na rua e acabou quebrando a mola”, contou o empresário. 

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Aqui a conta ficou mais cara ainda. Entre mão de obra e novos coxins, bandejas de suspensão, amortecedor e buchas foram gastos mais de R$ 7.000. 

Você achou que o problema do superaquecimento havia sido resolvido, né? Braga também, mas não foi tão fácil assim. O motor precisou ser retificado e vários outros componentes mecânicos tiveram de ser trocados, em uma despesa que ficou em R$ 13.490.

No total, foram mais de R$ 26.000 gastos. Agora que tudo parece estar em ordem, o empresário diz não ter planos de vender seu Santa Fe. Depois de tanta dor de cabeça, ele acredita que não terá nenhum outro problema tão cedo. 


5. VW Golf com câmbio DSG

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Sabe aquele relacionamento que você sabe que vai dar errado, sua mãe avisou, seus amigos alertaram, mas você insiste porque está apaixonado? O caso é parecido com alguns compradores de VW Golf com câmbio DSG. 

Todos acham que na sua vez será diferente, não importa se já deu errado com meio mundo. É claro que há exceções. Mas para que arriscar, não é mesmo? 

Em grupos de proprietários do hatch médios, alguns donos relatam que um câmbio DSG avariado pede manutenção acima da faixa dos R$ 20.000. Esse é aquele famoso caso que se o carro for financiado, o dono tem que escolher: pagar o carro ou o conserto. Ou, então, vende o carro para pagar o prejuízo.

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6. Volvo XC60

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Tem algumas marcas que dificilmente dão problema. Volvo, Toyota, Honda, Mercedes-Benz são algumas delas. Tanto que se consolidaram no mercado como marcas confiáveis.

O problema é que quando algum chassi é premiado, o prejuízo é para descontar o atraso. O administrador de empresas Dênis Cicuto bateu sua cota de azar com um Volvo XC60 2010. A falha foi na bomba de direção - e ainda bem que ele estava sentado quando o orçamento chegou. 

Foram cobrados R$ 2.500 pelo reparo na caixa de direção hidráulica, R$ 4.275 pela bomba de direção, R$ 540 do óleo e R$ 1.760 de mão de obra. Um total que passa de R$ 9.000. Um valor que seria bem acima do esperado para o tipo de problema, obviamente, se não fosse um Volvo.

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7. BMW X1 

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Quem nunca sonhou com um BMW? A marca alemã que já capturou alguns clientes da Mercedes-Benz por ter uma proposta mais jovem e esportiva, sabe cobrar bem caro pela diversão que oferece. 

Basta cair em um buraco para ir do riso ao choro, pois um conjunto de coxins avariado e suspensão danificada de um X1 2019, por exemplo, podem custar uma pequena fortuna: cerca de R$ 15.000.  

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8. Land Rover 

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A fama da marca nas redes sociais nos faz acreditar que qualquer Land Rover caberia nesta lista. Se você riu enquanto leu esse parágrafo, com certeza você não tem ou teve nenhum Land Rover. Pode até parecer piada, mas é sério. 

Os modelos da Land Rover já foram símbolo de desejo no mundo inteiro, mas a reputação da marca está um pouco abalada devido ao alto nível de insatisfação dos donos por problemas com o carro e principalmente com os custos para resolvê-los. 

Lembra do problema crônico nas turbinas da antiga geração do Evoque? Com sorte e depois de muito garimpo talvez consiga algo em por volta de R$ 7.000. Isso sem contar a mão de obra.

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A própria Land Rover já se posicionou em relação as reclamações depois JD Power elegê-la a pior marca para o consumidor. Em entrevista ao site Automotive News no primeiro trimestre de 2021, Thierry Bollore, CEO do grupo afirmou estar perdendo vendas por problemas de qualidade: 

"A insatisfação de nossos clientes realmente prejudica nosso volume natural. As oportunidades perdidas hoje são enormes. São mais de 100.000 vendas saudáveis
que poderíamos realizar", afirmou o CEO. 

Parece que a fama de “carros que quebram o dono” é mundial quando se trata da Land Rover. Se está ruim para eles que pagam em libra ou dólar, imagina para nós que pagamos em real.


9. Subaru Forester

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A maior preocupação do dono do Subaru Forester não é ele quebrar, é ele bater. O modelo ano 2021 custa R$ 198.000, mas R$ 30.000 é só o conjunto de faróis. Então, é bom colocar em prática a direção defensiva para não afundar os LEDs na traseira de outro carro pois a despesa será grande. 

Se mora em prédio, muito cuidado com os retrovisores nos pilares, cada um custa quase R$ 6.000, de acordo com o setor de peças da concessionária. Com um Subaru Forester qualquer cuidado é pouco, e qualquer peça pode custar muito. 

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10. Audi A3

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Achou que ia faltar esse clássico? Uma lista de problemas mecânicos caros sem o Audi A3, não é uma lista que se preze. Mas não estamos falando do atual, e sim do importado de 2014 a 2016. Aqui até o mecânico chora. 

Não à toa, o Audi A3 passou por três recalls. Em 2014, a falha foi na bomba de combustível. Em 2015 no airbag do passageiro. Em 2016, nas barras de direção. Você conferir os detalhes dos problemas do Audi A3 aqui

Isso sem falar no câmbio DQ200 de sete marchas e dupla embreagem a seco que tem problemas crônicos, se for necessário trocá-lo, o prejuízo fica em torno de R$ 15.000. O carro é alemão, mas adora uma roleta russa. 

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