Fiat Toro terá sistema híbrido mais avançado que de Pulse e Fastback; entenda
A Stellantis confirmou que Fastback e Pulse serão seus primeiros modelos nacionais híbridos flex, na última sexta-feira (25). Eles usarão um sistema híbrido do tipo leve, parecido com o de que Caoa Chery e Kia, com sistema 12V, e apontam que a nova Fiat Toro receberá solução mais avançada como carta na manga contra rivais que nem chegaram ao mercado.
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Enquanto Pulse e Fastback híbridos chegam em novembro próximo, a Fiat Toro demorará um pouco mais para se tornar mais amiga do meio ambiente. A picape se prepara para concorrer contra rivais que ainda nem estão em produção: VW Tarok, picape do Toyota Corolla Cross, Renault Niágara e picape do Nissan Kicks.
Essas são as rivais que mais podem balançar o mercado em que a Toro atua nos próximos anos. Como Ford Maverick e Chevrolet Montana não foram páreas para a picape da marca italiana, as novas concorrentes virão ainda mais equipadas e a primeira picape com estrutura monobloco do Brasil tem carta na manga para manter liderança do segmento de intermediárias por aqui.
A estratégia é deixar de lado o sistema 12 volts híbrido usado nos modelos de porte compacto da Stellantis, para usar um de 48 volts. Por mais que os números façam parecer que se trata de um sistema quatro vezes mais forte que a tecnologia híbrida de entrada do grupo automotivo, na prática não é bem assim.
Afinal, ainda que a Fiat não tenha confirmado, a expectativa é de que o sistema 12V auxilie o motor T200, aquele 1.0 turbo flex de até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, com mais 4 cv ou 5 cv. Parece pouco, mas por ser um sistema que praticamente substitui motor de partida e alternador por um elétrico de baixa capacidade, é um número dentro do esperado.
Com isso, o consumo dos modelos da marca pode melhorar em até 20%, como Mobiauto já contou em detalhes neste outro artigo.
Já a Fiat Toro ficará com um conjunto mais robusto para manter as “costas largas” contra as novas rivais. A tecnologia híbrida e-DCT 48V trabalhará junto da usina T270, que é a 1.3 turbo flex de até 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, e deve fazer o conjunto motriz entregar até 30 cv a mais.
Isso quer dizer que podemos ver, no Brasil, Compass, Commander e Toro com mais de 200 cv de potência, mantendo o motor 1.3 turbo flex no cofre.
O sistema é, de fato, mais robusto que o apresentado para Pulse e Fastback. Estamos falando de um sistema elétrico capaz de tracionar as rodas. Mesmo que por curtas distâncias, sua operação será parecida com a de um sistema híbrido convencional. Isso tudo com um custo menor do que o de tecnologias similares por ainda se tratar de um 48V que não necessita de baterias grandes para funcionar.
Esse sistema trabalhará nos momentos em que o motor térmico tem seu pior rendimento. Um sistema híbrido leve convencional atua em partidas e em velocidades de cruzeiro. Isso acontecerá no Hybrid e-DCT 48V da Fiat, mas com o adicional de o motor elétrico tracionar as rodas do veículo enquanto o motor térmico aquece e encontra sua melhor temperatura de funcionamento.
Isso, claro, além de reduzir as emissões de poluentes e adequar o veículo às novas regras de emissão do Proconve L8, deixará a Fiat Toro mais econômica. Dessa forma, a picape terá nos próximos anos uma carta na manga para seguir como mais vendida do mercado frente às novas rivais até que sua nova geração não chegue por aqui.
Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.