GM pode trazer a Cadillac ao Brasil depois da leva de elétricos da Chevrolet

Marca de luxo pode ser a saída para a GM aumentar a lucratividade na região e entrar em mercado inexplorado pelo grupo
Renan Rodrigues
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10.05.2023 às 15:00 • Atualizado em 29.05.2024
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Marca de luxo pode ser a saída para a GM aumentar a lucratividade na região e entrar em mercado inexplorado pelo grupo

Há dois anos, a General Motors anunciou que todos seus carros serão elétricos a partir de 2035. Dessa maneira, anunciou investimentos de US$ 35 bilhões para criar novos modelos e pretende cumprir a meta também no Brasil. 

O plano ainda engatinha por aqui, já que somente Bolt e sua versão SUV, lançada essa semana, estão disponíveis. Além disso, Equinox EV e Blazer EV também estão prometidos para meados de 2024. 

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E é justamente essa dupla que pode ajudar a GM a finalmente trazer ao Brasil a sua marca de luxo, Cadillac – de maneira oficial. 

Luxo impulsiona eletrificação 

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Se você reparar no segmento de carros elétricos, são duas grandes vertentes que impulsionam as vendas: luxo e logística. No primeiro, justamente a Cadillac se encaixa, enquanto no segundo há a startup BrightDrop.

No entanto, o foco do presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, neste momento, são os veículos de passeio. Tanto que, em comunicado no ano passado, disse que: “A eletrificação traz outra perspectiva para a GM na América do Sul, principalmente em função dos veículos, tecnologias e serviços que desenvolvemos globalmente. Estamos avaliando novas oportunidades”. 

Durante a apresentação do Bolt EUV para a imprensa, a Mobiauto, conjuntamente com o jornalista João Brigato, do Auto+, questionou o presidente sobre a possibilidade. A resposta não foi direta, mas deu indícios. 

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Segundo Santiago, o mercado de luxo está em expansão na América Latina e a General Motors tem zero participação e precisa participar. Logo, podemos deduzir que há planos para a introdução de uma marca nesse segmento, e é justamente onde a Cadillac se encaixa. 

Além disso, essa transição elétrica tende a, no primeiro momento, diminuir a lucratividade da empresa, enquanto os carros elétricos forem consideravelmente mais caros que os modelos a combustão. 

Ao trazer marcas de muito valor agregado, a GM pode amortizar esse problema, uma vez que a margem de lucro de carros da Cadillac é maior que os da Chevrolet, por exemplo. 

México e a plataforma Ultium 

Não é novidade que a Hummer se tornou uma divisão dentro da GMC, foi com a Hummer EV que o grupo estreou a arquitetura Ultium. Essa nova geração estará em todos os novos carros elétricos das mais variadas marcas do grupo. 

A arquitetura eletrônica, motores e módulos de baterias são intercambiáveis entre todas as marcas, o que aumenta a economia de escala. Além disso, as novas baterias da GM são de níquel-cobalto-manganês-alumínio (NCMA), que custam 60% menos. 

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Elas ainda prometem capacidade de recarga de até 350 kW. Esse conjunto novo ainda acumula 50% mais energia dos que as presentes no Bolt, por exemplo. Elas podem ser dispostas na longitudinal, transversal, em pé ou deitadas para se adaptarem a cada projeto. 

Essa arquitetura ainda prevê cinco motores já apresentados. O mais potente deles tem 345 cv para uso dianteiro ou traseiro. No entanto, a combinação de quatro deles pode levar para mais de 1.000 cv, como no Hummer EV. 

Tanto o Blazer como o Equinox serão feitos no México ainda este ano. É de lá que eles serão enviados para o Brasil. E é possível que essa planta receba a fabricação de um novo Cadillac. 

Qual Cadillac?

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Bom, hoje, o Cadillac que faria mais sentido para o mercado nacional é o Lyriq. Ele seria um claro competidor do Audi e-tron na casa dos R$ 500 mil. No entanto, a General Motors já registrou outros dois nomes por aqui: Optiq e Symboliq. 

Este outro modelo será um SUV, que já foi flagrado em testes e seria uma espécie de versão da Cadillac para o Equinox EV, assim como Blazer EV é baseado no Cadillac Lyriq. Apesar dos testes, ainda não informações sobre as especificações desse novo veículo. 

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