Novo Dacia Bigster é lançado como Jeep Commander que esqueceu de dois bancos
Depois de anos de especulações, espera e muitos flagras, a Dacia finalmente apresentou o novo Bigster, o inédito SUV que ficará posicionado logo acima do Duster. A marca de baixo custo da Renault revelou todos os detalhes do utilitário de porte médio, que ainda é dúvida para o mercado brasileiro.
Ao contrário do que era esperado, o novo Dacia Bigster não é um SUV de sete lugares, mas sim um utilitário convencional com espaço para cinco passageiros. Mas a promessa é de bastante espaço, já que estamos falando de um carro de 4,57 metros de comprimento, um pouco maior do que um Caoa Chery Tiggo 7 Pro, por exemplo, que mede 4,50 metros (7 cm menor).
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Como é o novo Bigster?
No mais, ele tem 1,81 metro de largura, 1,71 m de altura em uma distância entre-eixos de 2,70 m – um pouco maior do que um Volkswagen Taos (2 cm a mais). Mas o mais curioso é que, ao contrário do esperado, o Renault Bigster acabou fazendo sua estreia com visual de Duster, sendo basicamente uma versão do SUV com o balanço traseiro esticado. O porta-malas tem tamanho generoso de 667 litros, pouco maior que de um Jeep Commander (661 litros).
Basta reparar nos faróis estreitos com assinatura em Y e que se integram ao desenho da grade em uma linha horizontal e por meio dos LEDs na mesma peça, que soma o logotipo novo da Dacia. Na dianteira a maior diferença mesmo fica para a entrada de ar no para-choque com formato mais reto, enquanto os faróis de neblina ficam mais nas extremidades e numa posição mais elevada numa moldura verticalizada. De perfil. Destaque mesmo para as novas rodas de liga-leve de 19 polegadas.
Visto de traseira, o novo Bigster tem o balanço traseiro mais esticado que o Duster, o que nos leva aos 4,57 metros de comprimento contra os 4,34 m do irmão menor – são 23 cm extras no novo SUV médio. As lanternas seguem a temática em V deitado do Duster, assim como a posição da placa na tampa do porta-malas. O para-choque é um pouco diferente na seção central.
Por dentro temos também basicamente o mesmo layout da cabine do Duster, assim temos um estilo mais minimalista e com saídas de ar com acabamento na forma da letra Y. Chama a atenção ainda o painel de instrumentos digital configurável com tela de 10 polegadas e a central multimídia destacada com 10,1 polegadas. Também é item de série o ar-condicionado de duas zonas, carregador de celular por indução, piloto automático adaptativo e tampa do porta-malas com abertura/fechamento elétrico – algo bem-vindo em um SUV familiar.
Os motores do novo Bigster
A oferta de motores tem como destaque principalmente o novo motor Hybrid 155, que combina um motor a combustão de 108 cv de potência a outros dois elétricos – sendo uma de 50 cv que pode tracionar as rodas e outro acoplado diretamente na caixa de câmbio (que funciona como motor partida no lugar do alternador).
A potência combinada é de 157 cv (155 hp do nome da motorização), enquanto a bateria é de apenas 1,4 kWh. No entanto, a marca francesa garante que o novo Bigster pode rodar como elétrico por 80% do tempo. Infelizmente, a marca não divulgou qual a litragem deste motor híbrido pleno.
A outra motorização disponível para o novo Bigster é o TCe 140, que nada mais é um motor três cilindros 1.2 turbo com sistema híbrido-leve, onde o pequeno motor de partida também fica instalado junto ao câmbio, neste caso, manual de seis marchas. O SUV pode ter tração dianteira ou 4x4 – opcional.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.