O que o Renault Captur europeu faz rodando no Brasil?
O Renault Captur definitivamente não foi um sucesso no mercado brasileiro, sendo descontinuado no ano passado, e justamente por isso um flagra da variante europeia do SUV rodando por aqui levantou certas dúvidas. A foto tirada pelo perfil Placa verde (@placaverde) mostra a versão do modelo que é vendida na Europa. Mas então, o carro voltará ao Brasil?
Você pode se interessar por:
- Novo Renault Kangoo é anunciado com motor flex e mais caro que Fiorino
- Renault Kardian é lançado no México com item desejado no Brasil
- Renault Kwid 2025 fica mais caro e Fiat Mobi volta a ser o mais barato do Brasil
- Renault Kardian tem bom preço e dinâmica refinada
A resposta é curta e clara: não. O veículo, após registrar 300 emplacamentos em 2023, não voltará ao mercado brasileiro. Mas então o que o modelo fazia por aqui? Bom, o que o Renault Captur faz ao rodar no Brasil é testar o sistema híbrido de sua montadora. Vale lembrar que o Captur antes vendido aqui se quer era o mesmo da Europa, mas sim um baseado na plataforma do Duster, derivado do russo Kaptur.
Em artigo publicado há mais de um ano, a Mobiauto noticiou que os franceses já estavam trabalhando em desenvolver uma tecnologia híbrida-flex para o mercado brasileiro. De acordo com a apuração, o trem de força será composto um por motor 1.6 aspirado SCe aliado a outros dois elétricos, e é justamente este que está presente na unidade flagrada.
O conjunto em questão já equipa justamente a variante híbrida do Captur presente na Europa e também o novo Renault Duster, como também já foi comentado pela Mobiauto, com a diferença que este último roda somente com gasolina.
A estreia da nova tecnologia deve acontecer entre os anos de 2025 e 2026, e deve ocorrer em alguns futuros produtos derivados do Duster de terceira geração, são eles: Duster, Oroch e Bigster.
Também não são descartadas as possibilidades de o Kardian ganhar o tal sistema, assim como alguma picape derivada do conceito Niagara ou o SUV médio pelo qual a Renault dirigiu um investimento de 2 bilhões à sua fábrica do Paraná.
Como é o conjunto híbrido da Renault?
Sobre o conjunto 1.6 híbrido-flex presente no flagra, é importante ressaltar que o sistema trabalha do ciclo Atkinson, e assim reduz a pressão e o trabalho dos componentes, como também aumenta a concentração de ar na mistura do combustível. Deste modo, a eficiência energética, e por conseguinte o consumo, do veículo são melhorados, em detrimento dos números de potência e torque de seu conjunto motriz. É estimado que o consumo do conjunto fique perto de 20 km/l.
O rendimento do motor 1.6 aspirado SCe então é de 145 cv e 14,7 kgfm, quando movido a gasolina. Já o motor elétrico de tração tem números de 69 cv e 20,9 kgfm. Combinados, ambos os propulsores têm potência máxima de 143 cv, quando movido a combustível fóssil, e de 145 cv a 150 cv, quando faz uso do etanol.
Mas e o outro propulsor movido a bateria? Bom, enquanto um tem a função de tracionar em situações de acelerações e retomadas, e por vezes como gerador para o sistema elétrico, o outro atua somente como um gerador de partida.
Vale ressaltar que o sistema em questão é classificado como um HEV, ou seja, um híbrido pleno. Deste modo, o motor presente no Captur flagrado atua como o propulsor do Corolla Cross, dispensado a recarga da bateria por meio de tomadas.