Óleo de motor e câmbio: saiba a hora certa de fazer a troca
Por Guilherme Silva
Apesar de toda a evolução que a indústria automobilística vem sofrendo com o passar dos anos, o óleo lubrificante dos motores a combustão e da transmissão continua sendo essencial para o funcionamento dos automóveis.
Os lubrificantes são responsáveis pela proteção das peças móveis do motor e do câmbio, reduzindo o atrito e o desgaste desses componentes internos. No entanto, o motorista precisa ficar atento aos prazos de troca desses fluidos, que podem sofrer alterações de acordo com o tipo de uso do veículo, entre outros fatores.
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Muita gente ainda pensa que a troca de óleo do motor deve apenas respeitar as quilometragens indicadas no manual do fabricante do veículo, mas essas pessoas acabam ignorando o prazo de validade do lubrificante, que perde as suas propriedades após um tempo determinado.
Quando isso acontece, o óleo acaba virando uma graxa que pode entupir dutos e galerias do motor. Mesmo um carro que roda pouco pode, por exemplo, sofrer desgaste prematuro de peças, aumento do consumo de combustível e até superaquecimento do motor se o óleo não for trocado no período certo.
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Isso ocorre pelo fato de os motores serem projetados para exigir um padrão específico de lubrificação de seus componentes.
Qual a hora certa para a troca do óleo do motor?
Em geral, recomenda-se respeitar primeiramente a quilometragem indicada pelo fabricante do carro. Mas considere trocar o lubrificante do motor a cada seis meses, mesmo se você não rodar a distância prescrita no manual do fabricante.
Para veículos que rodam em condições severas, como congestionamentos diários, uso majoritariamente urbano ou em estradas de terra, vale reduzir o prazo de troca pela metade. Por exemplo: se o fabricante recomenda trocar o óleo a cada 10.000 km, faça a substituição a cada 5.000 km.
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Na hora de trocar o óleo do seu carro, o ideal é que o serviço seja feito em uma concessionária ou oficina especializada. Nesses locais, os profissionais recebem treinamento e utilizam equipamentos especializados. Por isso, quando for abastecer, recuse a sugestão do frentista de fazer a substituição ele mesmo.
Outra dica importante: substitua sempre o filtro de óleo por um novo a cada troca, para evitar a contaminação do lubrificante novo com impurezas do óleo velho.
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Verificar o nível do óleo ajuda a detectar a necessidade de troca
Essa verificação é essencial para a manter a vida útil do lubrificante e do motor. Recomenda-se que o motorista faça essa checagem semanalmente ou antes de alguma viagem.
O ideal é fazer essa medição com o veículo desligado, frio e parado em local plano. Dessa forma, o lubrificante estará concentrado no cárter do motor, indicando a sua quantidade correta. Você pode verificar o nível do óleo antes de sair com o carro pela manhã, por exemplo.
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Após o funcionamento do motor, é normal o nível de óleo parecer mais baixo, o que pode te levar erroneamente a querer completar o lubrificante. Se você acabou de dirigir o veículo e deseja conferir o nível de óleo, estacione em local plano e aguarde o motor esfriar.
Após seguir esses passos, localize a vareta de medição do nível. Puxe-a lentamente e utilize uma toalha de papel para verificar a coloração e a viscosidade do óleo (e também evitar respingos no motor).
Geralmente, o óleo novo apresenta uma coloração amarelada, enquanto o lubrificante escurecido indica que já passou da hora de ser trocado.
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Na vareta há duas marcações, uma correspondente ao nível máximo de óleo e a outra, ao nível mínimo (esta fica mais próxima da ponta). O ideal é que a quantidade correta esteja entre essas duas marcas.
Se o nível estiver mais próximo do mínimo, significa que você deve completar o óleo do motor. Caso esteja acima do máximo, será necessário drenar uma parte desse lubrificante.
Tipos de óleo
Antes de fazer a troca de óleo do motor do seu carro, verifique no manual do proprietário qual tipo de lubrificante deve ser utilizado.
No Brasil existem as seguintes categorias: minerais (obtidos da destilação do petróleo), sintéticos (feitos por meio de reações químicas em refinados de petróleo) e semissintéticos (mistura de óleos sintéticos e minerais).
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Os óleos sintéticos costumam ser mais duráveis, mesmo em condições severas, gerando menos borra. São mais indicados para motores de alto desempenho.
Já os minerais têm como principal vantagem o menor preço. No entanto, perdem as suas propriedades lubrificantes mais rapidamente. No caso dos semissintéticos, eles custam menos que os sintéticos, mas possuem qualidades superiores aos minerais.
Óleo de câmbio: é preciso trocar?
Diferentemente do motor, o câmbio manual não precisa ter o óleo trocado periodicamente. A não ser que o lubrificante sofra alguma contaminação ou a transmissão esteja com algum vazamento.
Isso porque o óleo do motor está constantemente sujeito a temperaturas elevadíssimas e aos gases da combustão, ele ainda pode receber impurezas do filtro de ar. Já o lubrificante do câmbio não sofre essas contaminações, pelo fato de a transmissão ser lacrada e não sofrer com temperaturas muito altas.
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Já o câmbio automático exige a troca periódica do fluido lubrificante. Em média, a cada 50.000 km ou conforme a indicação do fabricante do veículo.
Essa manutenção é obrigatória para evitar o acúmulo de impurezas que podem entupir componentes importantes, podendo levar a transmissão a falhas e superaquecimento – e, consequentemente, a quebra prematura de componentes.
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