Por que a Honda pode salvar a Nissan da falência?

Com perigo real de ir à falência, a Nissan vê na Honda uma possível esperança de salvação
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29.11.2024 às 10:35 • Atualizado em 02.12.2024
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Com perigo real de ir à falência, a Nissan vê na Honda uma possível esperança de salvação

A situação econômica da Nissan se tornou pública esta semana e ela não é nada boa. Segundo o relatório publicado pelo jornal Financial Times, a montadora japonesa tem pouco mais de um ano para elaborar um plano para se livrar da falência, e essa solução pode ser uma parceria com a compatriota Honda.

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De acordo com a publicação, dois funcionários de alto escalão da Nissan confessaram que a companhia tem “12 ou 14 meses para sobreviver”. A fabricante ligou o “modo de emergência” e agora procura um novo investidor majoritário capaz de fornecer um apoio sólido e de longo prazo. 

 

Inicialmente, pensava-se que a Renault poderia ser esse “acionista-âncora” uma vez que a montadora francesa é parceira da Nissan na aliança formada em 1999 com a participação da Mitsubishi. No entanto, a relação entre as fabricantes esfriou nos últimos anos. Segundo o Financial Times, a participação da Renault sobre a Nissan, que era de 46%, atualmente é de 36% e vem diminuindo periodicamente.

Com isso em vista, a Honda se mostra como uma opção plausível para manter as portas da Nissan abertas. O Financial Times ouviu fontes ligadas à Renault de que a empresa francesa estaria disposta a vender sua a participação na Nissan para outra fabricante.

 

No fim de julho, vale lembrar, Nissan e Honda juntaram-se à Mitsubishi com o intuito de padronizar seus softwares, produzir componentes e desenvolver inteligência artificial para os veículos das três marcas, a fim de reduzir custos de produção de modelos elétricos.

As duas, então, já tem uma relação, o que poderia viabilizar o negócio para a Honda em adquirir parte da Nissan. Vale mencionar, porém, que não há nada oficial em relação a compra de uma pela outra, o que existe são especulações baseadas no acordo firmado em julho.

 

Fora do setor automotivo, duas empresas de investimentos já entraram na jogada para tentar salvar a marca: o Effissimo Capital Management, com sede em Cingapura, e a Oasis Management, de Hong Kong, as quais compraram parte da Nissan no mês de novembro, subindo as ações da fabricante em 6% na época.

Mesmo antes da reportagem do Financial Times, a situação econômica da Nissan já não era segredo. Já era sabido que a marca vinha perdendo espaço nos Estados Unidos e na China, importantes mercados para as suas receitas. Além disso, a fabricante reduziu a sua previsão anual de lucros já no primeiro semestre de 2024.

No início do mês, o CEO da Nissan, Makoto Uchida, já havia anunciado medidas para tentar reverter a situação, como demitir 9 mil funcionários, cortar sua produção em 20% e vender suas ações da Mitsubishi. Mesmo com os esforços, existe um perigo real de falência, resta saber se a Honda é o investidor que tentará salvá-la.

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