Por que o Toyota Corolla Cross híbrido adora pegar um trânsito?

O Toyota Corolla Cross sentiu a chegada dos carros chineses, principalmente com BYD Song Plus e GWM Haval H6, que esquentaram a disputa entre os SUVs híbridos mais vendidos do Brasil. Com isso, a marca japonesa resolveu mudar, e deu uma nova cara ao produto.

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Sai a boca grande na dianteira e entra uma grade com visual mais futurista, e que parece ter sido inspirada nos carros elétricos. Os faróis também mudaram e ganharam setas dinâmicas, além de novo desenho interno, e o SUV ainda recebeu novo arranjo interno de lanterna e um tapa no abafador do escapamento. Por dentro, painel de instrumentos digital e freio de estacionamento eletrônico são outras novidades.

Mas tem coisas que não mudam. Uma delas é o bom consumo de combustível do Corolla Cross híbrido dentro da cidade. Não que ele vá mal na estrada, mas é que em perímetro urbano ele se dá bem melhor. E com isso é que chegamos à conclusão de que o SUV eletrificado adora pegar um trânsito. Quer entender o motivo? A gente explica.

Em grandes centros urbanos, escapar do trânsito em horários de pico é quase que inevitável, e acaba tornando a rotina mais estressante. Mas quem disse que um carro não pode se favorecer nesse momento?

Os dados do Inmetro apontam que um Corolla Cross híbrido roda 12,5 km/l de etanol na cidade e 10,1 km/l de etanol na estrada, enquanto com gasolina os números são 17,7 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada. Só que em perímetro urbano é possível tirar números melhores.

Durante os nossos testes com o modelo dentro da cidade, usando etanol, foi possível rodar 14,2 km/l com ar-condicionado ligado. E essas médias acima do prometido pelo Inmetro tem justificativa.

Os sistemas híbridos com o um todo vão melhor dentro da cidade porque o tempo de atuação do motor elétrico na tração das rodas é maior. Com isso, o motor térmico trabalha menos, e existe um menor consumo de combustível. E é por isso que o Corolla Cross híbrido é aquele tipo de carro que adora um trânsito.

Ultrapassar os 14 km/l dentro da cidade usando etanol só foi possível porque enfrentamos longos congestionamentos. Nesses momentos, o motor elétrico é que teve basicamente todo o trabalho para tracionar as rodas, enquanto o 1.8 aspirado flex de 98/101 cv de potência e 14,5 kgfm de torque descansava – junto do sistema elétrico, são 122 cv.

Os números até foram superiores aos 14 km/l durante a avaliação, mas quando o semáforo indicava o verde e o Corolla Cross ganhava mais embalo, o motor elétrico deixava o protagonismo para o motor 1.8 tracionar, isso na faixa dos 40 km/h, ou então em velocidades mais baixas quando a bateria de 1,3 kWh estava com a carga baixa.

E com o motor térmico tracionando as rodas, claro, o consumo ia piorando. No entanto, a média final ficou nos 14 km/l, o que é um ótimo número para um carro desse porte, sendo um SUV híbrido do tipo convencional, e com etanol, confirmando que o Toyota Corolla Cross híbrido gosta mesmo é de um sinal vermelho.

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