Ford Ranger FX4 quer encarar lama enquanto mantém motorista conectado
A Ford apresentou nesta terça-feira (8) a nova opção aventureira da Ranger, a FX4. O nome da configuração já é conhecido por aqui, afinal, é carregado pela irmã menor Maverick em sua configuração única vendida no Brasil.
Com preço sugerido de R$ 288.990, a nova versão da Ranger chega já marcando o clima de despedida da atual geração da picape. No ano que vem, o modelo trocará de carroceria e visual, com direito a um SUV derivado de sete lugares, o Everest.
Segundo a Ford, a Ranger FX4 tem o objetivo de sanar as necessidades do público que quer um veículo com uma pegada mais fora de estrada, como a atual versão Storm, mas não abre mão de tecnologia.
Obviamente, a montadora busca com a FX4 aumentar o volume de vendas da picape. Por isso, repete a receita das versões Storm e Black, que registraram bons volumes no ano passado. A primeira emplacou 2.002 unidades e a segunda, 1.286 - juntas, corresponderam a 16% do volume total do modelo.
Como é a Ranger FX4
A Ranger FX4 mantém boa parte do visual que já estamos acostumados a ver nas demais versões da picape. As diferenças estão em detalhes como a grade exclusiva pintada de preto com divisórias internas em colmeia, os faróis full-LED (exclusivos na gama) e o acabamento em preto brilhante no alojamento dos faróis de neblina.
De perfil, a FX4 exibe um adesivo com o nome da configuração ao pé da porta, um santantônio tubular em preto fosco e estribos. Já a traseira destaca a assinatura da picape em preto e a nomenclatura “FX4” em alto relevo no canto superior esquerdo da tampa da caçamba, em vermelho.
Nessa versão, o comprador ainda pode trocar o conjunto de rodas de 18 polegadas de liga leve e pneus Pirelli Scorpion ATR por rodas com uma polegada a menos de diâmetro e pneus Pirelli Scorpion AT+. O opcional custa R$ 2.000. Pode adicionar, ainda, um snorkel, que tem preço sugerido em R$ 4.364,77 para São Paulo.
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Por dentro, a configuração traz acabamento em couro preto e costuras vermelhas no volante, painel das portas e bancos. Este último ainda carrega a assinatura FX4 em baixo relevo e tem ajuste elétrico para o motorista.
Já o painel mescla o acabamento em plástico rígido com detalhes em preto brilhante para ficar mais sofisticado. O cluster parcialmente digital e a central multimídia Sync 3 de 8 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay via cabo, são herdados das versões de topo, XLT e Limited.
Além disso, a Ranger FX4 tem entre seus principais itens de série: sete airbags; assistência autônoma de frenagem; detector de fadiga; assistente de partida em rampas; câmera de ré; direção elétrica; controle de velocidade em descida; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
Um dos itens mais interessantes é o FordPass Connect, sistema de controle remoto da picape. Com ele, é possível dar partida, iniciar a climatização, travar e destravar portas, ver a localização do veículo e ter acesso aos status dele através de um aplicativo de celular.
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Emissões controladas
Para respeitar os novos limites de emissão da sétima fase do Proconve, a Ford fez alterações no sistema de escapamento de seus motores turbodiesel. Agora, os propulsores 2.2 e 3.2 receberão Arla 32 para controlar melhor as emissões de poluentes.
A Mobiauto já explicou o funcionamento desse sistema neste outro artigo. No caso da Ranger, haverá um tanque com capacidade de 20 litros, que promete uma autonomia entre 10.000 e 14.000 km e um custo de R$ 0,01 por quilômetro rodado, segundo a Ford.
Voltando a falar da FX4, a versão será equipada com o motor 3.2 sobrealimentado, que manteve os bons 200 cv de potência e 47,9 kgfm. O câmbio segue o automático de seis marchas e a tração, 4x4 com reduzida e bloqueio do diferencial traseiro.
A fabricante afirma que, fora o Arla 32, a única outra modificação na usina foi uma leve recalibração nas faixas de entrega de torque, justamente por conta do novo método interno de tratamento dos gases poluentes.
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Dimensões e capacidades
A Ranger FX4 mantém os 235 mm de vão livre do solo de outras opções do modelo, assim como os 28° de ângulo de ataque e 26° de ângulo de saída. A capacidade de imersão segue em 80 cm, a maior da categoria, mas não aumenta com a adição do snorkel.
Segundo a Ford, o equipamento eleva a saída de escapamento, mas os sensores e módulos eletrônicos da picape seguem na mesma altura das demais versões. Assim, o veículo corre o risco de apagar caso ultrapasse o limite de mergulho.
A Ranger FX4 tem 5.354 mm de comprimento, 2.163 mm de largura, 1.821 mm de altura e 3.220 mm de entre-eixos. O peso em ordem de marcha é de 2.247 kg. A suspensão é independente tipo McPherson na dianteira e por eixo rígido na traseira, o que permite à picape levar até 1.014 kg na caçamba.
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Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.