Mitsubishi terá no Brasil SUV com suspensão para encarar buracos e enchentes
A HPE Automotores, representante oficial da Mitsubishi no país, investirá R$ 4 bilhões até 2032 para modernizar a fábrica de Catalão (GO) onde serão produzidos novos produtos, como a nova geração da picape média L200 e modelos com tecnologia híbrida flex.
Você também pode se interessar por:
- Mitsubishi ASX muda totalmente e pode antecipar motor híbrido do Duster
- Mitsubishi se junta a Nissan e Honda em parceria contra elétricos chineses
- Exclusivo: Nova Mitsubishi L200 fará marca mudar estratégia de 20 anos
- Mitsubishi lançará novo SUV médio capaz de bater de frente com Jeep Compass
A empresa ainda não divulgou detalhes e a data de lançamentos desses modelos, mas a reportagem da Mobiauto apurou que o SUV XForce, apresentado há um ano na Ásia, tem grandes chances de ser lançado no mercado brasileiro como sucessor do ASX, descontinuado em 2023.
Questionada pela reportagem da Mobiauto, a HPE Automotores respondeu por meio de sua assessoria de comunicação que “não há previsão para quando esses modelos devem chegar ao mercado brasileiro. Esperamos que o mais breve possível”.
Como é o Mitsubishi XForce
Pouco menor que o Eclipse Cross, o XForce tem praticamente as mesmas dimensões do ASX, medindo 4,39 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,66 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos.
Visualmente inspirado no conceito XFC, o SUV tem desenho repleto de vincos, principalmente na dianteira, que chama a atenção pelos faróis em LED em formato de T. As laterais têm linha de cintura mais elevada a partir das portas traseiras, criando um alargamento nos para-lamas traseiros.
A cabine possui painel de instrumentos e central multimídia integrados por telas de 8 e 12,3 polegadas, respectivamente. O XForce conta com sistema de som com oito alto-falantes desenvolvido pela Yamaha, além de carregador de celular por indução e portas USB para passageiros do banco traseiro. Os bancos são revestidos de “mélange”, um tipo de tecido mais resistente a manchas.
Desenvolvido para mercados emergentes, como África, América Latina, Oriente Médio e Sudeste Asiático, o XForce tem atributos pensados para encarar as condições de rodagem dessas regiões, como asfalto esburacado e vias sem pavimentação – ideal para a maior parte das ruas e estradas brasileiras.
O SUV é construído com suspensões reforçadas (McPherson, na dianteira, e eixo de torção, na traseira) com 22,2 cm de altura livre do solo, que favorecem a transposição de buracos, lombadas e pequenos alagamentos.
Embora tenha tração apenas dianteira, o XForce é dotado de controles de estabilidade e tração com modos de condução (piso molhado e controle ativo de guinada), que gerenciam a entrega de potência do motor e a precisão dos freios a disco nas quatro rodas de 18 polegadas.
Apesar desses atributos, a motorização do XForce não empolga muito, ao menos em números. O motor 1.5 aspirado a gasolina entrega 105 cv de potência a 4.000 rpm e 14,3 kgfm a 6.000 rpm, combinado a um câmbio automático CVT, para empurrar os 1.235 kg do SUV.
Esse motor deverá receber tecnologia híbrida flex para se enquadrar aos novos parâmetros de emissões do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) que será implementado nos próximos anos.