Nova Ford Ranger terá visual de Maverick bombada e multimídia gigante
A Ford desistiu de fabricar carros populares, mas segue firme e forte com seus veículos de etiqueta mais elevada. Nesta quarta-feira (24), a marca americana apresentou globalmente a nova geração da picape média Ranger, com plataforma, motorização, tecnologias e visual inteiramente renovados.
A picape, que é rival de Toyota Hilux, Chevrolet S10 e cia, será produzida em um primeiro momento na África do Sul, e chegará em alguns mercados já em 2022. Por aqui, deve desembarcar só um ano mais tarde, quando a fábrica de General Pacheco, na Argentina, dará início à sua produção.
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A Ranger clamava por um novo visual há tempos e finalmente foi renovada. Agora, a picape terá linhas que correspondem à atual filosofia de design das outras picapes da marca americana, como Ford Maverick - que você pode conhecer melhor aqui - e a grandalhona F-150.
A grade frontal segue com formato hexagonal, mas foi dividida horizontalmente por linhas que invadem os faróis. Estes são enormes e têm tecnologia Matrix LED - pelo menos na versão de topo -, luz de condução diurna de LED integrada e formato de “C”.
Já as luzes de neblina estão alojados no pára-choque, que conta ainda com um contorno de grade encorpado, que vai até o underbody.
A traseira recebe a mesma receita da Ford Maverick, com vincos marcantes na tampa da caçamba e assinatura “Ranger” em baixo relevo. As lanternas são novas, mas mantêm o formato vertical em peça única.
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Por dentro, a Ranger terá saídas de ar-condicionado verticais com design exclusivo e um envolvente do painel simplório. O destaque está no quadro de instrumentos digital de 10,1 polegadas e na central multimídia vertical de 12 polegadas, à lá Ram 1500 e Fiat Toro.
Ainda não há muitas informações sobre os equipamentos e as versões que compõem a gama da nova Ranger. As primeiras imagens oficiais mostram apenas uma versão que se chamará Wildtrak, assim como o Bronco Sport.
Através delas, porém, pode-se observar que a picape deve oferecer, pelos menos em suas opções mais caras, carregador de celulares por indução e porta-objetos espalhados por todo interior da cabine.
Novas dimensões e motores
A nova Ranger também ficou maior. A Ford não revelou todas as dimensões, mas adiantou que a picape cresceu 50 mm tanto em entre-eixos quanto na largura, o que deve melhorar o espaço interno no habitáculo e aumentar o compartimento de carga.
Como a Mobiauto já havia contado neste outro artigo, serão três as motorizações da nova geração: 2.0 quatro-cilindros biturbo diesel, 3.0 V6 turbodiesel e 2.3 turbo a gasolina.
A fabricante não forneceu dados, mas a imprensa australiana já adiantava no último mês que o 2.0 renderia 213 cv e 50,9 kgfm, praticamente o mesmo que oferecem as versões turbodiesel de Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Já o 3.0 V6, que também será turbodiesel, deve gerar 253 cv e 60,8 kgfm. São 5 cv a menos, porém 1,7 kgfm a mais, do que a VW Amarok V6. Por sua vez, o motor 2.3 turbo a gasolina seria híbrido plug-in, com potência estimada em 367 cv, torque de 69,3 kgfm e consumo na casa de 33 km/l.
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Embora a configuração não tenha sido confirmada, a Ford já preparou a picape com um cofre de motor mais espaçoso, justamente para comportar o V6 ou receber uma motorização híbrida que comporte as baterias do conjunto elétrico.
Por aqui, ainda é cedo para saber quais versões vão desembarcar ou quais opções de câmbios serão utilizados. No entanto, para os amantes de off-road, a Ranger terá dois tipos de tração, sendo um 4x4 convencional e outro, uma espécie de tração integral, como vemos na VW Amarok.
Vale lembrar que, na África do Sul, Ford e VW vão compartilhar o projeto da nova Ranger, que será usado como base para dar origem à segunda geração da própria Amarok. O projeto, porém, foi cancelado na América do Sul. Por aqui, a picape média da VW será substituída pela compacta-média Tarok.
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Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.