Novo Fiat Doblò europeu ensaia volta com registro no Brasil junto de irmãos

Multivans compartilham a mesma plataforma e seguem receita de rebadge
Diego Dias
Por
10.12.2024 às 14:06 • Atualizado em 11.12.2024
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Multivans compartilham a mesma plataforma e seguem receita de rebadge

Fora de linha do Brasil desde 2021, o Fiat Doblò talvez possa voltar a ser comercializado no mercado nacional. Isso porque a Stellantis registrou os desenhos dos novos Fiat Doblò europeu e também seus quase irmãos gêmeos: Citroën Berlingo e Peugeot Rofter – que nada mais é do que o sucessor do famoso Partner.

Os desenhos dos três modelos da Stellantis foram registrados no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), algo que pode indicar um eventual interessante do grupo em vender algum dessas chamadas multivans. Vale lembrar que o segmento até fez relativo sucesso no mercado nacional no começo dos anos 2000, quando o Fiat Doblò, Peugeot Partner, Citroën Berlingo e o Renault Kangoo brigavam diretamente.

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Agora a história é outra, já que a Fiat, Citroën e Peugeot estão sob o mesmo guarda-chuva da Stellantis. E como se pode notar, os três modelos, Doblò, Rifter e o Berlingo, são praticamente os mesmos carros, mudando basicamente a dianteira e lanternas entre eles. O modelo original é o Citroën Berlingo, cuja terceira geração foi lançada em 2018 e deu origem as multivans da Peugeot e Fiat.

Visual

Começando pelo Fiat Doblò, que é o modelo de maior apelo para o mercado brasileiro, ele traz faróis mais retos e grade afilada integrada ao mesmo desenho, design este que nos faz lembrar até a carros da Renault como o atual Logan. As laterais são basicamente compartilhadas entre os três modelos, enquanto na traseira as lanternas são verticais e casam seu formato com o vidro traseiro.

Já quando olhamos para o Citroën Berlingo, ele é que traz o estilo mais diferente dos três. Isso porque os faróis trazem um recorte na base inferior que é ladeada por uma assinatura em LED, deixando assim os elementos afastados. A grade também é própria e mais estreita, que soma ainda possivelmente o novo logotipo da Citroën, que na Europa já fica alocado em uma superfície oval. O para-choque do modelo da Citroën também parece ter design próprio, algo que não acontece no Fiat e Peugeot.

Falando agora do Peugeot Rifter, ele basicamente compartilha seu para-choque com o Fiat Doblò, que traz os faróis de neblina alocados nas extremidades e em uma parte mais elevada da peça. Já a tomada de ar inferior do para-choque é idêntica. O que muda mesmo são os faróis com um recorte lateral e assinatura em LED com a garra do leão, enquanto a grade parece ser também compartilhada com a multivan da Fiat.

Os registros no INPI do trio da Stellantis indicam a presença tanto de modelos voltado para passageiros, como veículo de passeio e também versões furgão voltadas para o trabalho – mirando assim diretamente o novo Renault Kangoo com motor 1.6 e sua versão elétrica.

Como você pode ter notado até aqui, os modelos se tratam basicamente de um rebadge – quando um mesmo carro é compartilhado entre marcas diferentes. Prova disso é que o estilo da cabine é basicamente o mesmo para os três, com ressalva para o Peugeo Rifter que traz painel de instrumentos em posição elevada. Mas o layout básico com as saídas de ar, volante e central multimídia é o mesmo, mudando apenas os emblemas e revestimento interno.

Na Europa, as versões de passageiros do Fiat Doblò, Citroën Berlingo e Peugeot Rifter são vendidas apenas com motor elétrico, que rende até 136 cv de potência e utiliza uma bateria LFP de 50 Kw. A autonomia declarada para o Berlingo, por exemplo, é de até 320 km no padrão WLTP.

Para o Brasil, o mais indicado seria a adoção da motorização 1.0 turbo da Stellantis, que entrega até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, trabalhando sempre com o câmbio automático CVT de 7 marchas simuladas. Caso o trio, ou ao menos o Doblò venha para o mercado, a aposta é numa opção de veículo familiar com amplo espaço interno (superior a muitos SUVs), diversos porta-objetos e o resgate de um segmento que parecia abandonado.

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