Toyota estuda produzir carros híbridos plug-in flex de 300 cv no Brasil
Pioneira ao apostar na tecnologia híbrida flex no Brasil, ao lançar a atual geração do Corolla, em 2019, a Toyota dará um passo adiante em seu processo de eletrificação no mercado nacional. A fabricante anunciou nesta semana o início de testes do sistema híbrido plug-in flex (PHEV-FFV), com foco em utilizá-lo em futuros modelos de fabricação nacional.
O estudo faz parte do novo ciclo de investimentos da fabricante programado para nosso país, que deve ser implantado no período entre 2026 e 2030. Ainda em aprovação, este plano também inclui o fabrico local de uma nova geração dos Yaris hatch e sedan com motores híbridos flex convencionais (HEV).
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Ou seja, ainda não há chance de que o Corolla sedan e o Corolla Cross de geração atual sejam munidos do sistema híbrido plug-in flex. Ambos serão reestilizados entre este e o próximo ano, porém, dentro do ciclo atual de investimentos da marca, que acaba em 2025, e devem apenas receber uma atualização do atual motor híbrido flex para 140 cv.
O modelo usado nas análises em laboratório é um protótipo do SUV médio RAV4, que utiliza um motor 2.5 aspirado de ciclo Atkinson de 185 cv de potência e 23,1 kgfm de torque aliado a um conjunto com dois motores elétricos de tração, um dianteiro e um traseiro.
O conjunto soma robustos 306 cv de potência e 27,5 kgfm de torque combinados com gasolina. Com etanol, os números podem ficar ainda maiores. O gerenciamento é feito pelo mesmo PCU do conjunto híbrido flex HEV da marca, bem como o câmbio transeixo eCVT. A eficiência energética prometida pela fabricante é de 70%.
Já o banco de baterias possui 96 células que totalizam 18,1 kWh de capacidade, perfazendo uma autonomia de até 75 km em modo apenas elétrico, segundo o ciclo europeu WLTP. Diferentemente das baterias do Corolla, feitas de níquel-cádmio, as do RAV4 PHEV já são de íons de lítio, por isso são chamadas pela Toyota de “baterias de alta capacidade”.
Por outro lado, não são adaptadas para recarga rápida do tipo DC (corrente contínua), aceitando apenas recargas lentas do tipo AC (corrente alternada). Assim, uma recarga em wallbox a até 6,6 kW ocorre em pouco mais de 2 horas.
O conjunto híbrido plug-in flex em estudo pela Toyota pode ser usado tanto em possíveis novas gerações da própria família Corolla, bem como a picape Hilux ou, ainda, uma inédita e misteriosa picape compacta-média derivada do próprio Corolla que a marca japonesa vem desenvolvendo secretamente.
Jornalista Automotivo